Abertura

Instituto Abre o Ano Social com Reflexão sobre a Política Externa Brasileira

volume 280 abertura 1

O Instituto realizou, em 13 de março, em seu Salão Nobre, a sessão inaugural de suas atividades sociais, com a conferência do embaixador Luiz Felipe de Seixas Corrêa, sobre o tema “A política externa do Brasil em tempos de transformação: tradição, continuidade e mudança”.

Seixas Corrêa traçou um abrangente panorama da atuação da diplomacia brasileira ao longo da história do país e de sua contribuição para a construção da própria identidade brasileira. E mostrou como a diplomacia brasileira, sem jamais perder o foco nos objetivos nacionais de desenvolvimento e de ampliação da inserção do Brasil no mundo, sempre buscou compatibilizar os elementos de tradição, continuidade e transformação.

Demonstrou, ainda, como a consolidação da democracia no país deu credibilidade às suas postulações externas e, ao mesmo tempo, permitiu que o país ocupasse posições de preeminência na condução de praticamente todas as chamadas questões globais.

Tal desempenho, sublinhou Seixas Corrêa, acarreta desafios cada vez maiores, diante de um mundo em permanente transformação, a que o Brasil tem sabido responder com maturidade, coerência e fina sintonia com seus objetivos permanentes.

O presidente Arno Wehling cumprimentou o conferencista pela contribuição que trouxe ao estudo do tema e lembrou os laços que unem o Instituto ao Itamaraty, desde os tempos do Barão do Rio Branco, presidente do IHGB e patrono da diplomacia brasileira.

A sessão contou com a presença do ex-chanceler Luiz Felipe Lampreia, de numerosos convidados e representantes de instituições culturais e foi seguida de coquetel no terraço.

Administração

Atos do Presidente

– Portaria nº 1/13, de26 de março – Designar como membros da Comissão responsável pela revisão dos textos digitados do Dicionário Biobibliográfico de Historiadores, Geógrafos e Antropólogos Brasileiros, para fins de divulgação no sítio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, os sócios: Cybelle Moreira de Ipanema, Carlos Wehrs eTânia Maria Bessone Tavares da Cruz Ferreira.

– Edital nº 4/13, de 14 de março – Declara aberta a vaga no quadro de sócios correspondentes brasileiros em decorrência do falecimento do sócio Vicente Salles.

– Edital nº 5/13, de 28 de março – Declara aberta a vaga no quadro de sócios honorários brasileiros em decorrência do falecimento do sócio João de Scantimburgo.

Representando o Instituto

– Inauguração do Museu de Arte do Rio - MAR, no dia 1 de março, na Praça Mauá - o presidente Arno Wehling.

– Velório do sócio correspondente Vicente Salles, em 11 de março - o 1º vice-presidente Victorino Chermont de Miranda.

– Abertura da exposição O BESNumismática e o Brasil, em 20 de março, no Museu Histórico Nacional - o presidente Arno Wehling.

– Sessão Magna dos 130 anos da Sociedade Brasileira de Geografia em 26 de março – a 1ª secretária Cybelle de Ipanema.

Atividades de Março
13 17h Abertura do Ano Social – com a conferência A política externa do Brasil em tempos de transformação: tradição, continuidade e mudança, por Luiz Felipe de Seixas Corrêa.
20 15h Sessão em homenagem ao Centenário de nascimento do sócio Dom Pedro Gastão de Orleans e Bragança, tendo como oradores, Fernando Tasso Fragoso Pires, Jaime Antunes da Silva e Maurício Vicente Ferreira Júnior.
  16:30h CEPHAS com a comunicação: Açúcar - Ouro - Café: Memória dos 3 Ciclos Econômicos por Fernando Tasso Fragoso Pires.
  17h Inauguração da Exposição de Arte Rupestre, por Maria Beltrão.
27   Não houve sessão.
Programação de Abril
2, 3 e 4 9:00 as 17h Seminário Brasil-Portugal por ocasião das comemoraçõ0es do ano de Portugal no Brasil
10 15h Apresentação e lançamento do livro Varnhagen no Caleidoscópio, por Raquel Glezer, Lúcia Guimarães, Temístocles Cezar, Arno Wehling, Lúcia Bastos e Guilherme Pereira das Neves.
15 a 19 17h Seminário História & Literatura
17 15h Apresentação do Projeto Memória dos Sócios por Arno Wehling, Vera Cabana, Pietro Novellino e Luiz de Castro Souza, e Lançamento e apresentação do livro No Instituto Histórico e outras lembranças, de Luiz de Castro Souza.
24 15h CEPHAS com a comunicação: Grafia da vida: o historiador e a escrita, por Alexandre Sá Avelar, A Cátedra Sérgio Buarque de Holanda e a Maison des Sciences d’homme, por Isabel Lustosa, Uma visão de 31 de março, porJonas de Morais C. Neto. Registro da doação da documentação do comendador Manuel Antonio Esteves por sua trineta Maria de Lourdes Brandão, e entrega da R.IHGB nº 457 do Seminário Brasil-Itália ao Cônsul Geral da Itália no RJ.
  Nota: A programação do dia 10 foi suspensa, aguardando designação de nova data.
Estatísticas

Frequência de consulentes: 109.

Corpo Social

Notícias de Sócios

Alberto da Costa e Silva recebeu a medalha de Mérito Geográfico da Sociedade Brasileira de Geografia. Dia 26.

Armando Alexandre dos Santos publicou, na edição de março da revistaHerdeiros do Porvir artigo intitulado Monarquia: segurança de unidade nacional.

Arnaldo Niskier autografou, na Academia Mineira de Letras, seu novo livroMemórias de um sobrevivente. Dia 13.

Arno Wehling prefaciou o livro Silvestre Pinheiro Ferreira - As difi culdades de um império luso-brasileiro, Edições do Senado Federal.

Candido Mendes comentou, em artigo intitulado Virada de página, em O Globo, a eleição do papa Francisco. Dia 17.

Carlos Eduardo Barata realizou palestra, no Colégio Brasileiro de Genealogia, sobre “Ruas “femininas” do Rio”, em evento comemorativo do Dia Internacional da Mulher. Dia 8.

Cybelle de Ipanema e Maria Beltrão foram agraciadas com a Medalha Edmo Rodrigues Lutterbach, da Academia Fluminense de Letras. Dia 7.

Esther Caldas Bertoletti foi agraciada com a Comenda Nise Magalhães da Silveira, do governo do Estado de Alagoas. Dia 26.

Isabel Lustosa refutou, em artigo publicado em O Globo, as críticas feitas pela antiga direção da Fundação Casa de Rui Barbosa a seus pesquisadores. Dia 2.

José Almino de Alencar comenta, em sua coluna no Jornal do Commercio, de Pernambuco, a evolução do ideário nacionalista, no Brasil, desde o século XIX. Dia 31.

Pe. Jesus Hortal foi entrevistado pela mídia televisiva do Rio de Janeiro sobre a eleição do papa Francisco, jesuíta como ele. Dia 13.

Jonas de Morais Correia Neto ministrou a aula inaugural dos cursos da Escola de Equitação do Exército, ressaltando aspectos históricos e a passagem de sua turma (1949). Dia 6.

José Murilo de Carvalho participou da audiência pública da Comissão Nacional da Verdade (CNV) sobre o episódio de extinção da Panair do Brasil. Dia 23.

Lilia Moritz Schwarcz assina, com Boris Kossoy, a curadoria da exposiçãoUm olhar sobre o Brasil - A fotografia na construção da imagem da nação, promovida pelo Grupo Segurador Banco do Brasil - Mapfre Seguros, no CCBB, aberta de 1 de março até 7 de abril.

Luiz Felipe Lampreia assina, em O Globo, artigo intitulado Os riscos no dilúvio pós-Chavez sobre o momento político na Venezuela. Dia 7.

Roberto DaMatta comentou em sua coluna, no mesmo jornal, o livro de poesias de Michel Temer e os dilemas de sua condição de político. Dia 21.

Sergio Paulo Rouanet discorreu sobre Kierkgaard e Adorno, no Ciclo de Conferências “Existência e alternativas: um olhar sobre Kierkgaard”, promovido pela ABL. Dia 12.

Vamireh Chacon abordou, no mesmo Ciclo, o tema “ Kierkgaard, Unamuno e Ortega y Gasset”. Dia 26.

Vasco Mariz foi entrevistado pela Globo News sobre sua vida e produção bibliográfica. Dia 29.

Vera Lucia Cabana realizou palestra sobre “Teresa Cristina, imperatriz”, no evento promovido pelo CBG no Dia Internacional da Mulher. Dia 8.

Victorino Chermont de Miranda foi eleito secretário-geral da Academia Brasileira de Arte para o biênio 2013-2014. Dia 21.

Falecimento de Sócios

O Instituto registrou, com pesar, o falecimento de dois de seus destacados membros: o paraense Vicente Salles, historiador, musicólogo e folclorista, e o paulista João de Scantimburgo, jornalista, filósofo e escritor, ocorridos em 7 e 22 de março, no Rio de Janeiro e São Paulo, respectivamente.

volume 280 corpo social 1

Vicente Salles bacharelou-se em Ciências Sociais pela Faculdade de Filosofia da Universidade do Brasil, hoje UFRJ, especializando-se em Antropologia. Ingressando no serviço público, foi diretor-redator chefe da Revista Brasileira do Folclore (1961-1972), secretário da Câmara de Artes do Conselho Federal de Cultura (1972-1975) e assessor musical da FUNARTE (1976-1980), além de redator de programas radiofônicos da Radio MEC. Foi também professor de Cultura Popular no Instituto Villa-Lobos, no Rio de Janeiro, e de Folclore na Faculdade Brasileira de Artes, de Brasília, e diretor do Museu da UFPA. Era membro da International Directory of Eighteenth Century Studies, da Sociedade Brasileira de Folclore, da Academia Brasileira de Música, da Associação Paraense de Escritores e do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás. Em 2008, foi agraciado pelo MinC com a Ordem do Mérito Cultural.

Deixou extensa bibliografia, destacando-se Música e músicos do Pará, O negro no Pará, A música e o tempo no Grão-Pará, Memorial da Cabanagem,Marxismo, Socialismo e os Militantes excluídos, Vocabulário crioulo: contribuição do negro ao falar regional amazônico, Épocas no Teatro no Grão-Pará e A modinha no Grão-Pará.

Foi eleito sócio correspondente em 28.06.1995.

volume 280 corpo social 2

João de Scantimburgo era doutor em Filosofia e em Ciência Política e mestre em Economia. Foi professor da Fundação Armando Álvares Penteado, de São Paulo, e da Universidade Estadual Paulista - UNESP e diretor dos Diários Associados, em São Paulo, e do jornais Correio Paulistano, Diário do Comércio e Digesto Econômico. E integrou o Conselho Diretor da Fundação Moinho Santista e o Conselho Curador da Fundação Bienal de São Paulo.

Era membro da Academia Brasileira de Letras, da Academia Paulista de Letras, do Instituto Brasileiro de Filósofos Católicos, do Centro Dom Vital, da American Catholic Philosophical Association e da International Society for Metaphysics, de Washington, da Societá Tomista Internazionale, de Roma, da Societé Maurice Blondel, de Louvain, na Bélgica, do Institute International de Philosophie, da França e do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo.

Publicou, entre outros, A crise da república presidencial: do marechal Deodoro ao presidente Castelo Branco, Gastão Vidigal e sua época, No limiar do novo humanismo, Tratado geral do Brasil: (estudo de problemas brasileiros para uso nos cursos superiores, de acordo com o programa oficial).

Foi eleito sócio honorário em 24.11.1993.

Posse de Sócio
volume 280 corpo social 13

Em sessão realizada no gabinete da presidência, em 20 de março, o sócio Jorge dos Santos Caldeira Neto, de São Paulo, eleito na AGE de 21/09/201121, tomou posse como sócio correspondente brasileiro, firmando o respectivo termo e prestando o compromisso regimental.

O presidente Arno Wehling, depois de dar-lhe boas vindas, fez a imposição da insígnia acadêmica, após o que Jorge Caldeira agradeceu a honra que lhe foi conferida e reafirmou a disposição de contribuir para o progresso do Instituto.

 

Instituições

Notícias de Instituições Congêneres

– O Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte empossou, em 15 de março, sua diretoria para o triênio 2013-2015, encabeçada pelo historiador Valério Alfredo Mesquita. O ato teve lugar no auditório da Academia Norte-Riograndense de Letras.

– O Museu Imperial comemorou, em 16 de março, os setenta anos de sua fundação com a exposição “Paisagem Petropolitana”, reunindo 30 obras nos mais diferentes ângulos, horários e estações do ano, em pinturas, desenhos, litografias, fotografias , álbuns e guias de viagem da Petrópolis do século XIX.

Outras Notícias

– O Instituto inaugurou, em 20 de março, com um coquetel no terraço de sua sede, exposição de Arte Rupestre, reunindo 32 painéis de pinturas descobertos por >Maria Beltrão em suas explorações arqueológicas na Bahia. A mostra permaneceu aberta até 19/04.

volume 280 outras noticias 1

– O Instituto dedicou a 1ª parte da sua sessão da CEPHAS, de 20 de março, à celebração do centenário de nascimento de seu sócio grande-benemérito, D. Pedro Gastão de Orleans e Bragança, transcorrido em 19 de fevereiro. O ato contou com a presença de dois de seus filhos, os príncipes D. Francisco e D. Manuel.

volume 280 outras noticias 2

O “Príncipe de Petrópolis”, como D. Pedro Gastão era conhecido, teve sua vida evocada em depoimentos de Fernando Tasso Fragoso Pires, que lembrou sua marcante presença na cidade serrana, Jayme Antunes da Silva, que o ajudara a organizar o Arquivo da Família Imperial, depois por ele transferido ao Museu Imperial, e, retido em Brasília, enviou texto lido pelo presidente Arno Wehling, e Mauricio Vicente Ferreira, diretor do Museu Imperial, que pôs em destaque a significação desse arquivo para a memória nacional e apresentou algumas fotografias que recordavam o ontem e o hoje da presença de D. Pedro II e de seus descendentes na vida de Petrópolis.

D. Manuel, em nome da família, agradeceu a homenagem e recordou o apreço e o prazer que seu pai sentia em participar das sessões do Instituto. Encerrando a homenagem, o presidente recordou as palavras de Max Fleiuss, quando do ingresso de D. Pedro Gastão no IHGB (29 de setembro 1942) e o perfil que dele traçou Carlos Lacerda, outro apaixonado por Petrópolis, num de seus livros.

Livros Recebidos

BOAVENTURA, Edivaldo M. A convivência acadêmica. Salvador : Quarteto, 2012. 500 p.

CABRAL, Dilma (Org.). Ministério da Justiça 190 anos : justiça, direitos e cidadania no Brasil. Rio de Janeiro : Arquivo Nacional, 2012. 246 p.

O CONTESTADO. Florianópolis : Insular Livros, [s.d.]. 155 p.

DELGADO, Alexandre Miranda. Basílio de Magalhães : breves considerações sobre sua vida e obra por ocasião do cinqüentenário de seu falecimento. Rio de Janeiro : Ed. do Autor, 2013. 31 p.

DISITZER, Márcia. Um mergulho no Rio : 100 anos de moda e comportamento na praia carioca. Rio de Janeiro : Casa da Palavra, 2012. 358 p.

FERREIRA, Diogo et al. A emigração do Distrito do Porto para o Brasil : (1930-1945). Porto : Fronteira do Caos : CEPESE, 2012. 208 p.

FREIRE, José de Mello Carvalho Muniz. Cartas a S. M. o Imperador. Organizador Getúlio Marcos Pereira das Neves. 2. ed. Vitória : Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo, 2012. 43 p.

GOMES, Charles P. (Org.). Centenário da Segunda Conferência da Paz, de Haia. Rio de Janeiro : Fundação Casa de Rui Barbosa, 2012. 211 p.

ISHAQ, Vivien ; FRANCO, Pablo E. ; SOUSA, Tereza E. de. A escrita da repressão e da subversão : 1964-1985. Rio de Janeiro : Arquivo Nacional, 2012. 337 p.

MATTA, Alfredo Eurico Rodrigues. Casa Pia dos Órfãos de São Joaquim : de recolhido a assistido. Salvador : Secretaria da Cultura e Turismo, 1999. 221 p.

MONTEIRO, Denílson. Divino Cartola : uma vida em verde e rosa. Rio de Janeiro : Casa da Palavra, 2012. 207 p.

MORAES, Paulo Stuck de. Tópicos de genealogia capixaba. Vitória : Ed. do Autor, 2012. 130 p.

OLIVEIRA FILHO, Silas Nunes de ; SILVA, Salvador Mata e. O bairro Santa Catarina : síntese histórica. Niterói : UNICOP, 2011.84 p.

PIRES, Aloildo Gomes. A epopea de Luís Barbalho. Salvador : A. Gomes Pires, 2012. 74 p.

PORTO, Ângela. O Barão do Rio Branco e a caricatura : coleção e memória. Rio de Janeiro : Fundação Alexandre de Gusmão, 2012. 175 p.

SILVA, Salvador Mata e. Filhos de Itaboraí. Niterói : UNICOP, 2012. 84 p.

___ . Filhos de Maricá. Niterói : UNICOP, 2012. 118 p.

___ ; MACHADO, Neuza Feijó. Escolas municipais de Niterói e seus patronos: 1959-2008. Niterói : Muiraquitã, 2013. 190 p.

VIEIRA, Antonio. Defesa perante o Tribunal do Santo Oficio. Introdução e notas Hernani Cidade. Salvador : Livr. Progresso, 1957. 2 v.

Algumas Pesquisas

CALAZANS, Marília de Oliveira (Mestranda) – USP. Assunto: arqueologia em sambaquis no século XIX. Finalidade: pesquisa de mestrado.

DAMASCENO, Arthur Cavalcanti de Oliveira (Universitário/Bolsista) – MAST/UFRJ. Assunto: astrônomo Julião de Oliveira Lacaille. Finalidade: pesquisa para projeto no MAST.

FARIAS, Amy Caldwell de (Professora) – Monmouth College (USA). Assunto: Brasil no século XIX. Finalidade: artigo.

GÓES, Mônica Martins Salgado (Cientista Social) – UERJ. Assunto: Maricá. Finalidade: Projeto Biota.

KÜHL, Paulo (Professor) – UNICAMP. Assunto: história da arte. Finalidade: pesquisa.

LEMOS, João Igor Cavalheiro da Silva (Universitário) – UFRJ. Assunto: Rio Dona Eugênia, Baixada Fluminense. Finalidade: projeto de extensão da faculdade.

MACHADO, Guilherme de Almeida (Universitário) – UNIRIO. Assunto: heráldica. Finalidade: dados heráldicos de D. Miguel I.

MALEVAL, Isadora (Doutoranda) – UERJ. Assunto: historiografia do séc. XIX. Finalidade: tese de doutorado.

MAUÉS, Luiza de Souza (Museóloga) – Centro de Conservação de Bens Culturais. Assunto: Comissão Científica de Exploração do Ceará. Finalidade: montagem de exposição.

PEREIRA, André Luís Bezerra (Universitário) – UFMA. Assunto: escravidão no Maranhão. Finalidade: projeto de pesquisa.

RIBEIRO, Priscila Felipe (Museóloga) – Clube de Engenharia. Assunto: Hotel Avenida. Finalidade: exposição.

SILVA, Filipe Oliveira da (Universitário) – UFF. Assunto: Igreja de Nossa Senhora da Glória. Finalidade: compilação de informações do local para conservação e restauração.

SOUZA, Adriana Barreto de (Professora) – UFRRJ. Assunto: trajetória de ofi ciais militares negros. Finalidade: verbete biográfico.

SOUZA, Cleyton Gomes de (Mestrando) – UFF. Assunto: Manoel Bomfi m. Finalidade: pesquisa para mestrado.

TAVEIRA, Elisa Machado (Mestranda) – Universitat Politécnica de Catalunya. Assunto: mapas do Espírito Santo no séc. XIX. Finalidade: dissertação de mestrado.

WENDLING, Michelle Menezes (Doutoranda) – UFRJ. Assunto: psicanálise e história. Finalidade: tese de doutorado.

WILLIAMS, Daryle (Professor) – University of Maryland (USA). Assunto: Questão Christie. Finalidade: livro.

ZECCA, Raynana do Val (Universitária) – UFRJ. Assunto: ensino no século XIX. Finalidade: pesquisa acadêmica.

Escrita da História

O problema para os historiadores profissionais é que seu objeto tem importantes funções sociais e políticas. Essas funções dependem de seu trabalho – quem mais descobre e registra o passado além dos historiadores? –, mas ao mesmo tempo estão em conflito com seus padrões profi ssionais. Essa dualidade está no cerne de nosso objeto. Os fundadores da Revue Historique tinham consciência disso quando declararam, no avant-propos de seu primeiro número que “estudar o passado da França, que será nosso interesse principal, é hoje uma questão de importância nacional. Isso nos possibilitará restabelecer a nosso país a unidade e força moral de que necessita”.

É claro que nada estava mais longe de suas mentes confiantes e positivistas que servir sua nação de outro modo que não pela busca da verdade. No entanto, os não-acadêmicos que necessitam e consomem a mercadoria que os historiadores produzem, e que constituem o seu mercado mais amplo e politicamente decisivo, não se incomodam com a nítida distinção entre os “procedimentos estritamente científicos” e as “construções retóricas” que era tão fundamental para os fundadores da Revue. Seu critério do que é “boa história” é a “história que é boa para nós” – “nosso país”, “nossa causa”, ou simplesmente “nossa satisfação emocional”.

Quer gostem disso ou não, os historiadores profissionais produzem a matéria-prima para o uso ou abuso dos não-profissionais.

Eric Hobsbawn, Sobre História, São Paulo: Companhia das Letras, 2004, p. 284-285.