Abertura

Seminário Contestado, Leituras e Significados

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Fotos: Ivanoe

Capítulo quase desconhecido, senão propositalmente encoberto, da história republicana, a chamada Guerra do Contestado, envolvendo os estados de Santa Catarina e Paraná e, depois, o próprio Exército, a completar 100 anos, foi tema do Seminário promovido, em 26 e 27 de setembro, pelo IHGB em parceria com o Instituto de Geografia e História Militar do Brasil
e o apoio dos Institutos Históricos dos estados acima referidos.

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Considerada, por muitos, como o maior conflito na história da República, com quatro anos de duração, mais de 15.000 mortos e pronunciado acento messianísta, a guerra do Contestado foi analisada em duas conferências e nove mesas redondas, por especialistas e membros das instituições patrocinadoras.

A conferência de abertura, após os discursos dos presidentes Arno Wehling e Aureliano Pinto de Moura, a cargo deste último, abordou o papel do Exército brasileiro na mencionada Insurreição, seguindo-se a 1ª das mesas, com as comunicações de José Murilo de Carvalho (O Contestado e os povos da Primeira República) e Paulo Pinheiro Machado, da UFSC (Centenário do movimento do Contestado: memória, história e historiografia).

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A 2ª contou com as comunicações de Ernani Costa Straube (A região do Contestado à vista dos mapas), Augusto César Zeferino, do IHGSC (O acervo documental do IHGSC sobre o Contestado) e Miguel Frederico Espírito Santo, do IHGRS (O Contestado e o Rio Grande do Sul).

No dia subsequente, coube a Guilherme de Andrea Frota e Marcio T. Bettega Bergo, do CEPHiMex, a abordagem, na 3ª mesa, dos temas “O quadro santo e as intervenções estaduais” e “Guerra do Contes-tado: transição de uma era” e, na quarta e última, a Gunter Axt, da UFSC, e Marco Antonio da Silva Mello, da UFRJ, “As memórias do Gen. Vieira da Rosa como fonte para o estudo da Guerra do Contestado” e “A ideologia da terra e o paradigma do milênio na Guerra Santa do Contestado”.

Todas as sessões foram seguidas de debates, com numerosas e enriquecedoras intervenções.

A conferência de José Arthur Rios encerrou os trabalhos do Seminário, tratando do papel do Messianismo no conflito em questão.

Administração

Atividades de Setembro
05 15h Sessão temática: “Noventa anos de Morte do Conde D’Eu”, por Dom João de Orléans e Bragança, Mary Del Priore e Vasco Mariz.
12 15h CEPHAS com as comunicações: “Comentários gerais sobre o Cangaço”, porMelquíades Pinto Paiva, e “Uma evocação do Pacto Roerich antecipando o octogésimo aniversário de sua proposição” por Pedro Karp Vasquez.
19 15h CEPHAS com as comunicações: “Luiz Rafael Vieira Souto e o debate sobre a reforma urbana do Rio de Janeiro”, por Maria Letícia Corrêa, e “A historiografia como arte da prudência” por Felipe Charbel.
26 e 27   Seminário Contestado, Leituras e Signifi cados.
Programação de Outubro
03 15h CEPHAS com as comunicações: “Um mestre-de-campo general mandado ao governo do Estado do Brasil: a administração de Roque Costa Barreto (1678-1682)”, por Wilmar Vianna , e “As fontes do arquivo do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e a problemática da imigração: breves considerações” por Lucia Maria Paschoal Guimarães.
10 15h Sessão temática – “Dom Rodrigo de Sousa Coutinho: as faces do Império Luso-Brasileiro”, por Nívia Pombo, Arno Wehling, Maria de Lourdes Viana Lyra e Guilherme Pereira das Neves.
17 15h CEPHAS com as comunicações: “500 anos de viagens na Amazônia Brasileira”, por João Meirelles , e “Confedereados americanos no Brasil” porJosé Arthur Rios.
24 15h Sessão Magna comemorativa do 174º aniversário de fundação do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.
31 15h CEPHAS com as comunicações: “‘Ciência e Política em Família’: A Trajetória dos Irmãos Andradas - Expoentes da Ilustração Luso-Americana (1780-1823)”, por Alex Varela, e “Manoel Antonio Esteves: um capitalista esquecido no Vale (1850-1879)” por Raimundo César Mattos.
Estatísticas

Frequência de consulentes: 117.

Corpo Social

António Manuel Hespanha foi homenageado pela Reitoria e pela Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa, juntamente com o Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, com a realização do Congresso Internacional “Entre a História e o Direito” sobre sua produção científica, tendo Arno Wehling como um dos participantes . Dias 27 e 28.

Arnaldo Niskier lançou, em tarde de autógrafos na ABL, seu novo livroMemórias de um sobrevivente, sobre a história da ascensão e queda da revista Manchete. Dia 20.

Ático Villas Boas da Mota participou da mesa redonda “Identidade e cultura: ser goiano hoje”, no Seminário Formação de Goiás Contemporâneo: identidade histórico-geográfica e política cultural realizado pelo IHGGO em comemoração aos 80 anos de fundação. Dia 25.

Berthold Zilly recebeu do Instituto Martius-Staden o Prêmio Martius-Staden/2012 pelo seu mérito do trabalho de professor, tradutor e crítico literário dedicado às Literaturas Brasileira e Alemã. Dia 4.

Candido Mendes destacou, em sua coluna em O Globo, a posição do governo em relação aos movimentos paredistas dos funcionários públicos. Dia 1.

Carlos Lessa foi o homenageado da 12ª edição da Primavera dos Livros inaugurada nos jardins do Museu da República sob o tema “Rio: Patrimônio e plataforma cultural do país”. Dia 27.

Carlos Wehrs lançou em edição ampliada e ilustrada o livro Niterói, ontem e hoje, no Calçadão da Cultura, em Niterói. Dia 6.

Dora Alcântara e Myriam Ribeiro foram entrevistadas, em O Globo, sobre o projeto de restauro dos altares da igreja da Glória do Outeiro. Dia 2.

Fernando Henrique Cardoso analisou, em sua coluna de O Globo, a herança deixada pelo governo Lula nos campos político e econômico. Dia 2.

Francisco Weffort lançou, com um grupo de intelectuais, o blog “Qualidade da democracia”. Dia 15.

Galeno Amorim, presidente da Fundação Biblioteca Nacional, realizou conferência no PEN Clube sobre “Ações e programas de incentivo à tradução”. Dia 3.

Guilherme Andrea Frota integrou a Comissão Brasileira ao 38º Congresso de História Militar realizado em Sofia, na Bulgária. Dias 26 ago./ 1 set.

José Almino Alencar assina a tradução da peça “A arte e a maneira de abordar seu chefe para pedir um aumento”, de Georges Perec, ora em cartaz no Centro Cultural dos Correios.

Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho foi agraciado pela Câmara Municipal de Mariana com a Comenda de Mérito Cultural Padre José Dias Avelar. Dia 28 ago.

José Murilo de Carvalho coordena, na ABL, o Ciclo de Conferências Visões da História, inaugurado em 25 de set. e que terá como conferencistas, em outubro, entre outros, Arno Wehling, Sergio Paulo Rouanet e Tarcísio Padilha.

José Pedro Pinto Esposel foi agraciado com a medalha Sobral Pinto, da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção Rio de Janeiro. Dia 13.

Lucia Paschoal Guimarães foi agraciada com o título de “Cientista do nosso Estado”, pela Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro – FAPERJ. Dia 19.

Mary Del Priore foi entrevistada por O Globo sobre a sexualidade no Brasil antigo, tema de sua pesquisa sobre o amor e o comportamento feminino. Dia 8.

Lourenço Luiz Lacombe (†) teve seu livro Biografia de um Palácio lançado pelo Instituto Histórico de Petrópolis, com apresentação de Maurício Vicente Ferreira Junior e Maria de Fátima Argon. Dia 24.

Melquíades Pinto Paiva teve publicado, no recém lançado volume 125 daRevista do Instituto do Ceará, artigo de sua autoria intitulado “Cearenses no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro – IHGB (séculos XIX e XX)”.

Pedro Karp Vasquez assumiu as funções de subeditor do setor infantojuvenil da Rocco.

Roberto DaMatta comentou, em sua coluna em O Globo, o alcance pedagógico do julgamento do mensalão para a reforma das práticas políticas no Brasil. Dia 26.

Vera Cabana de Andrade apresentou comunicação intitulada “Educação e Trabalho em Petrópolis – A Cidade de Pedro”, no X Colóquio sobre Questões Curriculares/ VI Colóquio Luso Brasileiro de Currículo, realizado pela UFMG. Dias 4 a 6.

Destaque na Imprensa
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O destaque do mês ficou para Lilia Schwarcz por sua entrevista à jornalista Mariana Timóteo da Costa, publicada na edição de 1 de setembro de O Globo, na seção de História.

Lilia, que tem a seu cargo a organização da coleção “História do Brasil Nação: 1808-2010”, lançada pela editora Objetiva, com apoio da Fundação Mapfre, analisou o papel do Brasil no concerto da América Latina e as desconfianças que, de parte à parte, existem com seus vizinhos.

Depois de assinalar as diferenças de trajetória histórica e o exotismo com que o pais, até bem pouco tempo, era visto no mundo (samba, carnaval, capoeira), chamou atenção para o fato de que, malgrado os avanços obtidos em termos de inclusão social, o país ainda falha muito na imagem republicana, como o demonstram os indicadores do último censo e os dados de desigualdade divulgados pela ONU.

O Brasil, disse ela, “combina inclusão e exclusão de maneira perversa. Para reverter esta relação, temos que investir no fortalecimento de nossas instituições”.

Posse de Sócio
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Foto: Ivanoé

Em sessão administrativa, no gabinete da presidência, no dia 26 de setembro, tomou posse como sócio correspondente brasileiro o historiador Ernani Costa Straube, presidente do IHGPR, eleito na AGE de 21/09/2011 o qual, depois de receber as boas vindas do presidente Arno Wehling, prestou o compromisso regimental e recebeu a insígnia acadêmica. Straube declarou-se honrado com a eleição e reafirmou o compromisso de trabalhar, em seu estado natal, pelo engrandecimento da Casa da Memória Nacional.

Instituições

Essa seção voltará em futuras edições.

Outras Notícias

– O acervo de arte, mobiliário e louça imperial do Instituto, assim como sua coleção de buttons de propaganda política da história republicana, hoje com mais de cem peças, foi destaque na reportagem “A memória da qual ninguém se lembra”, de Simone Candida, na edição de 16 de setembro, deO Globo.

Livros Recebidos

ALBUQUERQUE, Ricardo (Org.). Iconografia do cangaço. São Paulo : Terceiro Nome, 2012. 214 p.

BALESTRERO, Heribaldo L. A obra dos jesuítas no Espírito Santo : sinopse histórica. 2. ed.
Viana : JEP, 2012. 171 p.

___ . O povoamento do Espírito Santo : a marcha da penetração do território. Viana : JEP, 2012. 306 p.

___ . Subsídios para o estudo da geografia e da história do Município de Viana. Viana : JEP, 2012. 300 p.

BANDEIRA, Julio. O Brasil na rota da navegação francesa. Rio de Janeiro : Reler, 2006. 128 p.

BANDEIRA, Julio. Canibais no paraíso : a França Antártica e o imaginário europeu quinhentista. Rio de Janeiro : Mar de Idéias, 2006. 198 p.

BANDEIRA, Julio et al. Brasil atlântico : um país com raiz na mata. Rio de Janeiro : Mar de Idéias : Instituto Bioatlântica, 2010. 336 p.

COSTELLA, Antonio Fernando. O Museu e eu : história sentimental do Museu Casa da Xilogravura, 2012. 109 p.

FUNDAÇÃO ARMANDO ALVARES PENTEADO. Moda no Brasil. São Paulo : FAAP, 2012. 173 p.

HELLER, Milton Ivan. A atualidade do Contestado. Curitiba : JM, 2012. 273 p.

LIMA, Israel Souza. Biobibliografia dos patronos : Maciel Monteiro, Manuel Antônio de Almeida. Rio de Janeiro : Academia Brasileira de Letras, 2012. 378 p.

MACHADO, Paulo Pinheiro. Lideranças do Contestado : a formação e a atuação das chefias caboclas (1912-1916). Campinas : Ed. Unicamp, 2004. 397 p.

MARTINELLI, Gustavo ; BANDEIRA, Julio. Campos de altitude. Fotos João de Orleans e Bragança. Rio de Janeiro : Index, 1989. 160 p.

MENEZES, Pedro da Cunha e ; BANDEIRA, Julio. O Rio de Janeiro na rota dos mares do Sul. 2. ed. Rio de Janeiro : Andréa Jakobsson Studio, 2007. 238 p.

MONIZ BANDEIRA, Luiz Alberto. A expansão do Brasil e a formação dos Estados na Bacia do Prata : Argentina, Uruguai e Paraguai : (da colonização à Guerra da Tríplice Aliança). 4. ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro : Civilização Brasileira, 2012. 320 p.

NISKIER, Arnaldo. Memórias de um sobrevivente : a verdadeira história da ascensão e queda da Manchete. Rio de Janeiro : Nova Fronteira, 2012. 308 p.

PELOSO, Silvano. O canto e a memória : história e utopia no imaginário popular brasileiro. Tradução e organização de Sonia Netto Salomão. São Paulo : Ática, 1996. 224 p.

TEIXEIRA, Felipe Charbel. Timoneiros : retórica, prudência e história em Maquiavel e Guicciardini. Campinas : Ed. Unicamp, 2010. 231 p.

ULRICH, Sonia Maria Xavier de Araújo. Guia de fontes manuscritas para a história do Brasil na Bélgica : (1500-1922). Apresentação Esther Caldas Bertoletti. Brasília : Ministério da Cultura, Diretoria de Relações Internacionais, 2011. 235 p.

VASQUEZ, Pedro Karp et al. 5 visões do Rio na Coleção Fadel. Rio de Janeiro : Edições Fadel, 2009. 222 p.

VISCONTI, Tobias Stourdzé (Org.). Eliseu Visconti : a arte em movimento. Rio de Janeiro :
Hólos Consultores Associados, 2012. 276 p.
VISCONTI, Tobias Stourdzé et al. Eliseu Visconti : a modernidade antecipada. Rio de Janeiro : Hólos Consultores Associados, 2012. 192 p.

VOGEL, Arno ; MELLO, Marco Antônio da Silva ; BARROS, José Flávio Pessoa de. Galinha d’angola : iniciação e identidade na cultura afro-brasileira. 3. ed. Rio de Janeiro : Pallas, 2012. xx,204 p.

Algumas Pesquisas

CAMILOTTI, Virginia Célia (Professora) – Unimep (SP) e PPGE - Unesp - Franca. Assunto: Revista Illustração Brasileira. Finalidade: pesquisa para produção de texto.

CARIELLO, Karine (Consultora de Literatura) – Editora Ática e Scipione (Grupo Abril Educação). Assunto: Minas Gerais. Finalidade: pesquisa.

CARRARA, Douglas (Mestrando) – Instituto Ecologia da Mente. Assunto: Duque de Saxe. Finalidade: tese de mestrado.

GOMES, Isabela Alves (Universitária) – UERJ. Assunto: Pereira Passos e Avenida Central. Finalidade: pesquisa.

LIMA, Rebeca Peres (Universitária) – UNIRIO. Assunto: patrimônio cultural na Argentina. Finalidade: pesquisa acadêmica.

MACEDO, Adriana Matos C. (Doutoranda) – UFRJ. Assunto: Ramiz Galvão. Finalidade: tese de doutorado.

MARQUES, Carlos Bittencourt Leite (Professor) – Universidade de Pernambuco. Assunto: levantamento das elites pernambucanas de 1640-1822. Finalidade: projeto CNPq.

MEDRADO, Joana (Doutoranda) – UFF. Assunto: pecuária brasileira – modernização 1870-1930.

MERET, Geraldine (Doutoranda) – EHESS (Paris). Assunto: franceses no Maranhão (1612-1615). Finalidade: tese de doutorado.

PAIVA, Assed. Assunto: escravidão. Finalidade: livro.

PENJON, Jacqueline (Professsora) – Sorbonne Paris 3. Assunto: estudo sobre as revistas na primeira metade do séc. XIX. Finalidade: artigo em um programa de pesquisa.

RAMOS, Gislaine Borba (Mestranda) – UFRGS. Assunto: Abolição/Partido Liberal. Finalidade: pesquisar documentos para a dissertação.

RODRIGUES, Rodrigo Candido (Doutorando) – Universidade de Lisboa. Assunto: José Bonifácio de Andrada de Silva. Finalidade: pesquisa para doutoramento.

ROSSATO, Mônica (Mestranda) – UFSM. Assunto: Gaspar Silveira Martins. Finalidade: pesquisa para dissertação de mestrado.

SILVA, Thais Patrícia Mancilio da (Universitária) – Universidade Federal Fluminense. Assunto: Libero Badaró. Finalidade: pesquisa de acervo.

SILVA, Wlamir (Professor) – Universidade Federal de São João Del-Rei. Assunto: Império, história política. Finalidade: pesquisa acadêmica.

SIMÕES, Lorenna Nunes Ferreira (Universitária) – UNIRIO. Assunto: turismo, patrimônio cultural, preservação. Finalidade: pesquisa de bolsa de iniciação científica.

SOUZA, Daniele Santos de (Professora/Doutoranda) – Instituto Federal de Ciência e Tecnologia da Bahia / UFBA. Assunto: escravidão e tráfico de africanos para o Brasil, séc. XVIII. Finalidade: tese de doutorado.

SUÁREZ, Mineida (Professora) – Universidad Católica Andrés Bello. Assunto: garimpeiros do Brasil. Finalidade: pesquisa.

Escrita da História

... as realizações de Vico são assombrosas. Ele apresentou ideias audaciosas e importantes sobre a natureza do homem e da sociedade humana; atacou as noções correntes da natureza do conhecimento, da qual revelou, ou pelo menos identificou, uma variedade central até então não discutida; ele virtualmente inventou a ideia de cultura; a sua teoria da matemática teve de esperar até o nosso século para ser reconhecida como revolucionária; antecipou a estética dos românticos e historicistas, e quase transformou o assunto; ele virtualmente inventou a antropologia e a filosofia comparada, e inaugurou a nova abordagem da história e das ciências sociais que isso acarretava; as suas noções de linguagem, mito, lei, simbolismo e da relação da evolução social com a cultural encarnavam intuições de gênio; foi o primeiro a traçar a famosa distinção entre as ciências naturais e os estudos humanistas que tem continuado a ser uma questão crucial desde então.

Isaiah Berlin, A força das ideias, São Paulo: Companhia das Letras, 2005, p.85