Abertura

Recordando San Tiago Dantas no Seu Centenário

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Do livro Atualidade de San Tiago Dantas

O Instituto realizou, em 23 de novembro, sessão especial da CEPHAS em comemoração do centenário de nascimento de San Tiago Dantas, o jurista, intelectual e estadista, cuja figura marcou, de modo especial, a vida pública brasileira do terceiro quartel do século passado.

Coube a Marcílio Marques Moreira traçar-lhe o perfil, em conferência intitulada “San Tiago: demasiado cedo ou tarde demais?”, onde assinalou as fulgurações de uma inteligência infelizmente incompreendida pelos políticos de seu tempo. E mostrou-nos um San Tiago à frente dos “ismos” de sua época e preocupado em buscar consenso para a construção de políticas capazes de ajudar o país a enfrentar as desigualdades sociais e os desafios da modernidade.

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Foto: Ivanoé

Marcílio lançou luz sobre uma personalidade a todos os títulos fascinante, pela inteligência, pelo espírito público, pelo senso ético, cedo chamado à notoriedade, pelas funções exercidas na imprensa, na cátedra universitária e no serviço público, mas a quem o destino, quando afi nal chegara à maturidade, acabou por não lhe permitir chegar ao poder para o qual, de sobejo, se qualificara.

E, em texto à altura do homenageado, repassou-lhe os lances principais da trajetória intelectual e política, como advogado notável, delegado brasileiro em organismos e reuniões internacionais, duas vezes deputado federal, candidato derrotado a vice-governador de Minas Gerais, na chapa de Tancredo Neves, ministro das Relações Exteriores no 1º gabinete parlamentarista, posteriormente indicado, sem sucesso, para a presidência do Conselho de Ministros e, finalmente, Ministro da Fazenda, no governo já então presidencialista de João Goulart.

San Tiago – lembrou Marcílio - buscou o poder para fazer-se instrumento de suas nobres aspirações, mas a radicalização política, primeiro, e a doença, depois, não lho permitiram. Pouco antes de seu falecimento, foi eleito “Homem de Visão 1963”, oportunidade em que proferiu notável discurso, ainda hoje lembrado pelo descortínio das idéias, e, assim, passou à história como modelo de homem público.

Mas este registro não estaria completo sem uma alusão à obra prima de sua produção literária – D. Quixote: um apólogo da alma ocidental – em cuja saga, como bem viu Marcílio, San Tiago soube captar a lição evangélica de que, mais que a eficiência, vale “a simples entrega de si mesmo, para operar pelo exemplo e pela germinação”.

Administração

Atos do Presidente

Edital nº 10/11, de 9 de novembro – Estabelece prazo de 20 dias, a contar desta data para a apresentação das chapas para eleição de diretoria, conselho fiscal e comissões permanentes.

– Edital nº 12/11, de 16 de novembro – Declara aberta a vaga para sócio emérito em decorrência do falecimento de Max Justo Guedes.

 Portaria nº 05/11, de 16 de novembro – Designa para a 2ª vice-presidência o sócio emérito Affonso Arinos de Mello Franco, em substituição ao sócio benemérito Max Justo Guedes.

– Portaria nº 06/11, de 16 de novembro – Exonera a pedido, do cargo de orador, o sócio emérito José Arthur Rios.

– Portaria nº 07/11, de 16 de novembro – Nomeia para a 3ª vice-presidência do Instituto, em decorrência de vaga por motivo de transferência do sócio emérito Affonso Arinos de Mello Franco para a 2ª vice-presidência, o sócio emérito José Arthur Rios.

 Portaria nº 08/11, de 16 de novembro – Nomeia para ocupar o cargo de orador do Instituto, o sócio titular Alberto Vasconcellos da Costa e Silva, em substituição a José Arthur Rios.

– Edital nº 11/11, de 1 de dezembro – Convida os sócios para AGE, em 14/12, em 1ª convocação às 12h e em 2ª, às 14h para eleição de diretoria, conselho fiscal e comissões permanentes para o biênio 2012-2013.

Atividades de Novembro
9 15h CEPHAS com as comunicações: “José Gonçalves da Silva à Nação Brasileira: O Tráfico ilegal de escravos no antigo Cabo Frio”, por Nilma Teixeira Accioli, e “Alexandre Rodrigues Ferreira – Um Naturalista Brasileiro na Amazônia, século XVIII”, por Miranda Neto.
21 14h Encontro – Pensar a Favela, pensar a História: uma homenagem a José Arthur Rios.
22 17h Sessão solene de posse do sócia honorária estrangeira Maria João Espírito Santo Bustorff Silva.
23 15h Sessao Temática – “A Missão Cruls e a fundação de Brasília”, por Gilberto Pessanha Ribeiro, Pedro Jorge de Castro, Ronaldo Mourão, e Maria de Lourdes Viana Lyra.
  17h Sessão Comemorativa do Centenário de Nascimento de San Tiago Dantas – “San Tiago: demasiado cedo ou tarde demais?”, por Marcílio Marques Moreira.
  18h Apresentação e lançamento do livro: “Peabirus: Os caminhos dos índios e sua importância para a identidade nacional” pela autora Maria Beltrão.
30 17h Sessão solene de posse do sócio honorário brasileiro Maurício Vicente Ferreira Junior.
Programação de Dezembro
7 17h Sessão itinerante no Museu Imperial – “De Pedro a João: os fotógrafos da Casa Imperial” por Dom João de Orleans e Bragança.
15 15h CEPHAS com as comunicações: “A estátua de d. Pedro II: arte, memória e política”, por Fátima Argon, “Cultura e ludicidade em José Ortega y Gasset e Johan Huizinga” por Norma Côrtes, e apresentação do livro “Acervo Iconográfico da Biblioteca Nacional”, por Renata Santos, Marcus Vinicius Ribeiro e Maria de Lourdes Viana Lyra.
Estatísticas

Frequência de consulentes: 108.

Corpo Social

Notícias de Sócios

• Novembro

Alberto da Costa e Silva foi agraciado pelo Instituto dos Advogados Brasileiros com a Medalha Rui Barbosa. Dia 4.

António de Almeida Lima foi homenageado pela Academia Luso-Brasileira de Letras. Dia 29.

Arnaldo Niskier abordou, em sua coluna, em O Globo, as conclusões das pesquisas feitas pelo Centro de Integração Escola-Empresa sobre a situação do ensino no Brasil. Dia 11.

Arno Wehling participou da reunião do Grupo de Pesquisas de História do Direito e das Instituições, UFSC, UFF e UFPE (Projeto Procad), da CAPES.

Carlos Francisco Moura teve, de seu livro Astronomia na Amazônia no século XVIII, resenha publicada no recém lançado v. 6, n. 12, Boletim do Museu Paraense Emilio Goeldi, de autoria de Heloisa Meireles Gesteira.

Cybelle de Ipanema foi entrevistada pelo programa “Hoje em dia”, da TV Record, sobre a Ilha do Governador. Dia 10.

Eduardo Silva participou, em São Paulo, da Comissão Julgadora do Prêmio “Clarival do Prado Valladares”, conferido pela Odebrecht a projetos no campo da História do Brasil. Dias 16 e 17.

D. Eugênio Sales recebeu, no Sumaré, a visita do cardeal Kazimierz Nycz, arcebispo de Varsóvia, e dos monsenhores Edward Nowakwski e Stanislaw Bogacz, em viagem ao Rio de Janeiro.

Galeno Amorim, presidente da Fundação Biblioteca Nacional, foi eleito presidente do Centro Regional de Fomento ao Livro na América Latina e no Caribe – Cerlac, da UNESCO.

Gilberto Freyre (†) foi o homenageado da VII Festa Literária de Pernambuco - FLIPORTO, no Recife, que contou com painéis com a participação de Cláudio Aguiar, José Roberto Teixeira Leite, Marcos Vinicius Vilaça e Vamireh Chacon. Dias 12-15.

Jonas Correia Neto proferiu palestra sobre o tema “O imaginário militar: sua importância na formação militar”, no Centro de Estudos e Pesquisas em História Militar da DPHCEx. Dia 17.

José Arthur Rios foi homenageado no IHGB, com o Encontro “Pensar a Favela, pensar a História: uma homenagem a José Arthur Rios”. Dia 9.

José Murilo de Carvalho defendeu, em artigo em O Globo, a inclusão de emenda, no projeto de lei que modifica a distribuição dos recursos advindos da exploração do petróleo, destinando parcela expressiva à Educação. Dia 15.

Maria Beltrão lançou, no IHGB, seu novo livro Peabirus: os caminhos dos índios e sua importância para a identidade nacional e foi agraciada com o Prêmio 8º Conde dos Arcos, pela Academia Portuguesa da História.

Mary Del Priore foi entrevistada pelo Jornal de Letras sobre seu livroHistórias íntimas e a evolução da sexualidade no Brasil.

Nelson Werneck Sodré (†) teve relançado, no Teatro Casa Grande, seu livro História da imprensa no Brasil. Dia 21.

• Dezembro

Edmundo Ferrão Moniz de Aragão (†) foi homenageado pela Associação Brasileira de Imprensa, pelo transcurso de seu centenário, com o lançamento do livro Eternas Lutas de Edmundo Moniz, de Sergio Caldieri. Dia 12.

D. Eugenio Sales foi agraciado com Medalha Direitos Humanos D. Helder Câmara, pelo Senado Federal. Dia 8.

Fernando Henrique Cardoso apresentou, na Livraria Cultura, seu novo livro A Soma e o Resto: um olhar sobre a vida aos 80 anos. Dia 7.

Pe. Jesus Hortal Sánchez comemorou o Jubileu de Ouro de sua ordenação sacerdotal e foi agraciado com o Prêmio Guilherme Arinos do Conselho Cultural da Arquidiocese. Dias 7 e 8.

Melquíades Pinto Paiva tomou posse como sócio do Instituto Cultural do Cariri, na cidade de Crato (CE).

Paulo Knauss e Esther Caldas Bertoletti foram eleitos presidente e vice-presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Rio de Janeiro para o biênio 2012-2013. Dia 8.

Roberto Cavalcanti lançou o livro Nabuco e outros tempos no Museu Estado de Pernambuco. Dia 15.

Vicente Salles recebeu o título de Doutor Honoris Causa pela UFPA. Dia 2.

* As notícias de dezembro posteriores ao dia 16 serão publicadas no próximo número.

Destaque na Imprensa
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O destaque do mês ficou para Ronaldo Rogério Mourão por sua participação no programa Debates Especiais Grandes Nomes, transmitido ao vivo, em 8 de novembro, pela rádio O Povo/CBN e pelo portal O Povo Online, de Fortaleza, CE, e objeto de matéria publicada na edição do dia seguinte do jornal O Povo, da mesma cidade.

Apontado como um dos maiores pesquisadores do mundo no campo das estrelas duplas, asteróides (um dos quais leva seu nome) e cometas, Ronaldo falou sobre as origens de seu interesse pela astronomia, sobre seu primeiro livro, em que tratava da seleção dos cromossomos X e Y, sobre a complementariedade das ciências, as parcerias que firmou com outros cientistas ao longo de sua carreira, as relações entre religião e ciência e a importância desta e da tecnologia para o desenvolvimento do país.

Manifestou-se também favorável à divulgação das pesquisas científicas para leigos, criticando o uso de nomenclaturas científicas como estratégia de distanciamento do grande público, e criticou a insuficiência de investimentos governamentais em pesquisas. Perguntado, ao final, sobre sua posição em face da discutida questão da existência de vida em outros planetas, declarou-se convicto quanto a sua existência: “Não somos os únicos na Terra. O problema é que nossa tecnologia ainda é muito rudimentar”.

Falecimento de Sócio
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O Instituto viu-se desfalcado, em 8 de novembro, de um de seus mais prestigiosos membros: o sócio benemérito e 2º vice-presidente Max Justo Guedes.

Nascido no Rio de Janeiro, RJ, em 6.08.1927, ingressou no Colégio Militar em 1940 e na Escola Naval em 1946, atingindo o posto de contra-almirante. Dirigiu por muitos anos o Serviço de Documentação da Marinha e criou o Museu Naval e Oceanográfico, de que foi também diretor.

Historiador naval de reconhecidos méritos, cartógrafo respeitado no Brasil e no exterior, participou, entre outras, das comissões organizadoras do Quinto Centenário do Nascimento de Pedro Álvares Cabral, da XVII Exposição Européia de Arte, Ciências e Cultura (Portugal), das Comemorações dos Descobrimentos Portugueses e do Bicentenário da Chegada da Família Real e foi secretário-geral do Comitê Internacional de História da Náutica e da Hidrografia, curador da “Exposição Portugal-Brasil: a Era dos Descobrimentos
Atlânticos”, realizada em Nova Yorque e Lisboa (1990) e representante do Brasil no Centro de Estudos de História do Atlântico, na ilha da Madeira. Integrou o Conselho Consultivo do IPHAN e presidiu a Fundação Eva Klabin.

Detentor de numerosas condecorações nacionais, da Cruz do Mérito Naval, da Armada Espanhola, do Mérito Militar e da Ordem de Santiago da Espada, de Portugal, era membro também da Academia Portuguesa da História, da Academia de Marinha de Portugal e do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil.

Deixou extensa produção bibliográfica, destacando-se Derrotas dos grandes navegadores (1963), O Descobrimento do Brasil (1966), O Brasil em dois atlas geográficos de 1570 (1967), A Armada de Fernão de Magalhães e o Brasil (1975), Relíquias navais do Brasil (1983), A carreira da Índia: evolução do seu roteiro (1985) e a organização e edição da História naval brasileira, a partir de 1975.

Ingressou no Instituto em 1967, como sócio efetivo, passando a benemérito em 1990. Em 2009 foi eleito 3º vice-presidente, passando a 2º em 2010.

Posse de Sócios
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fotos Ivanoé

Novembro ficou assinalado, nos anais do Instituto, por duas posses da maior significação: a da ex-ministra da Cultura de Portugal e presidente da Fundação Ricardo Espírito Santo Silva, Maria João Espírito Santo Bustorff Silva, e de Maurício Vicente Ferreira Junior, diretor do Museu Imperial, nos dias 22 e 30, respectivamente, como sócios honorários estrangeiro e brasileiro.

A primeira, que teve a recebê-la o sócio António de Almeida Lima, cônsul geral de Portugal no Rio de Janeiro, recebeu a insígnia acadêmica do Pe.Jesus Hortal Sánchez. Maria João discorreu sobre “Brasil e Portugal: o legado como projeto” , abordando os diversos projetos de restauração de verdadeiras jóias do patrimônio cultural brasileiro de origem portuguesa que vem realizando, à frente da Fundação Espírito Santo, em Igaraçu, Salvador, Ouro Preto e Rio de Janeiro, cujas fotografias projetou.

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O segundo, saudado pela sócia Maria de Lourdes Viana Lyra, recebeu o colar do Instituto do sócio Paulo Knauss, diretor do Arquivo Estadual, na presença dos príncipes D. Francisco, D. Manuel, D Cristina e D. João Henrique de Orleans e Bragança. Maurício deu à sua conferência o título “Conhecendo o Brasil: o IHGB na formação do jovem imperador D. Pedro II”, mostrando, como desde cedo o jovem monarca se empenhara em “descobrir” o país que fora chamado a governar e como nisto se valeu do Instituto e dos homens que o integravam para realizar seu intento.

Ambas as solenidades tiveram concorrida assistência e foram seguidas de coquetel no terraço.

Instituições

Esta seção retorna em futuras edições

Outras Notícias

– O Instituto recebeu, em 7 de novembro, a visita do professor Enrique Florescano, acompanhado pelo cônsul geral do México no Rio de Janeiro, Armando Arriazola. Recebidos pelo 1º vice-presidente Victorino Chermont de Miranda, conheceram o Salão Nobre e percorreram a biblioteca, arquivo e museu, onde tiveram oportunidade de conhecer as diversas coleções de nosso acervo.

– Quem também esteve em visita ao IHGB foi a delegação da Universidade Tor Vergata, ora em viagem ao Rio de Janeiro, para tratar das comemorações do Ano da Itália no Brasil. Acompanhadas de Nello Avella estiveram na CEPHAS de 23 de novembro, onde foram saudados pelo presidente Arno Wehling. Na oportunidade o vice-reitor, Paolo Giuntarelli, em nome da prefeitura de Roma, ofereceu à coleção do Instituto a Medalha Comemorativa ao 50º aniversário dos Jogos Olímpicos de Roma (1960-2010).

– O Instituto foi também homenageado, pelo Cônsul Geral de Portugal no Rio de Janeiro e Sra. António de Almeida Lima, com um jantar, em 23 de novembro, no Palácio São Clemente. Ao ato estiveram presentes membros da Diretoria, os ex-ministros de Portugal Maria João Espírito Santo Bustorff Silva e Rui Patrício, o presidente do Real Gabinete Português de Leitura, Antonio Gomes da Costa, e o príncipe D. Antonio João de Orleans e Bragança, além de convidados. Agradecendo a saudação do anfitrião, o presidente Arno Wehling ergueu um brinde ao casal Almeida Lima.

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Foto Roberto Alves

– Em solenidade no Museu Histórico Nacional, em 7 de dezembro, o Instituto foi agraciado com a Medalha Henrique Sérgio Gregori, da Associação dos Amigos daquele Museu. Coube ao presidente Arno Wehling agradecer em nome dos homenageados.

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Foto Ivanoé

– Realizou-se, em 7 de dezembro, pela 3ª vez, no Museu Imperial, em Petrópolis, por iniciativa de seu diretor, Maurício Vicente Ferreira Junior, a sessão da CEPHAS comemorativa do aniversário de D. Pedro II, patrono de ambas as instituições. A conferência deste ano ficou a cargo de D. João Henrique de Orleans e Bragança, que, depois de recordar o pioneirismo de seu trisavô na história da fotografia no Brasil, mostrou os trabalhos fotográficos que vem realizando, pelo Brasil afora, retratando não apenas o patrimônio natural brasileiro, mas o modo de vida de nossas populações. O presidente Arno Wehling cumprimentou e expositor e destacou a significação do encontro para ambas as instituições, irmanadas, que são, nos propósitos institucionais de contribuir para a produção e divulgação do conhecimento histórico e da memória nacionais. O ato contou com a presença da representante da família imperial, D. Cristina de Orleans e Bragança, do presidente do Instituto Histórico de Petrópolis, Luiz Carlos Gomes, e de D. Maria Pia da Rocha Miranda, representante da Associação dos Amigos do Museu Imperial, além da de sócios do IHGB e frequentadores da CEPHAS provindos do Rio de Janeiro. Após a sessão, foi servido um lanche.

– Diretoria, Conselho Fiscal, Conselho Consultivo e Comissões Permanentes do Instituto foram reconduzidos, pela Assembléia Geral de 14 de dezembro, para o biênio 2012-2013. A posse será realizada em 14 de março de 2012.

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– O Instituto foi agraciado, em 16 de dezembro, com a Medalha Pedro Ernesto, da Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Iniciativa da vereadora Sonia Rabello de Castro, do PV, o ato teve lugar na Sala Pedro Calmon, quando aquela edil fez a entrega do diploma e da medalha respectivos, expressando o reconhecimento do legislativo municipal à contribuição do Instituto à história e à memória nacionais.

– Pelo segundo ano, realizou-se o Jantar de Confraternização de Natal, no terraço do Instituto. O ato teve lugar em 16 de dezembro, reunindo, em 7 mesas, animados grupos de antigos e novos sócios, em clima de verdadeiro congraçamento. O jantar foi precedido de coquetel. Estiveram presentes, entre outros, o presidente Arno Wehling e sra., a vereadora Sonia Rabello de Castro, como convidada especial e assessora, os sócios Alberto Venancio Filho e sra., António de Almeida Lima, Antonio Celso Alves PereiraAntonio Izaias Abreu e sra., Armando de Senna Bittencourte sra, Carlos Eduardo BarataCarlos Francisco MouraCarlos Wehrs, Cláudio Aguiar e sra., Cybelle de Ipanema e filha, Dora Alcântara, Eduardo Silva e sra., Fernando Tasso Fragoso Pires e sra., Guilherme Pereira das Neves e sra., Isabel LustosaJaime Antunes da Silva, D.João Henrique de Orleans e BragançaJoão Maurício de Araújo PinhoJosé Almino de Alencar e sra., José Murilo de Carvalho e sra.,Lucia Maria Paschoal Guimarães, Marcus Monteiro, Maria Beltrão, Maria Cecília Londres, Maurício Vicente Ferreira e sra., Melquíades Pinto Paiva e sra, Myriam RibeiroNuno de Castro e sra., Ondemar Ferreira Dias e sra., Pedro Corrêa do Lago e sra., Ronaldo Mourão e filho, e Victorino Chermont de Miranda e sra.

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Algumas Pesquisas

ANTUNES, Eliana Vilela (Museóloga). Fundação Museu da Imagem e do Som. Assunto: arte sacra. Finalidade: pesquisa.

CAMPOS, Carlo Sandro de Oliveira (Pesquisador) – UFMG. Assunto: índios de Minas Gerais. Finalidade: pesquisa.

COSTA, Maria Cristina da (Mestranda) – UFF. Assunto: pensões de estudos no contexto da construção do Estado Imperial . Finalidade: pesquisa de mestrado.

CRUZ, Henrique de Vasconcelos (Museólogo) – Fundação Joaquim Nabuco. Assunto: colecionismo de cartões postais e numismática do Brasil holandês. Finalidade: elaboração de artigos científicos.

FERREIRA, Dirceu Franco (Historiador) – Instituto Hercule Florence. Assunto: Expedição Langsdorff, Visconde de Taunay. Finalidade: doutorado.

MACEDO, Adriana Mattos (Doutoranda) – UFRJ. Assunto: Ramiz Galvão. Finalidade: pesquisa de doutorado.

MARTINI, Lúcia Helena Souto (Jornalista). Pesquisa: Visconde de Souto. Finalidade: biografia.

MOTA, Isabela (Jornalista) – Ficheiro Pesquisa. Assunto: Mineração, Itabira, Estrada de Ferro Vitória a Minas. Finalidade: levantamento de imagem para pesquisa.

PINHO, Roberto Rodrigues (Historiador) – Museu Espacial. Assunto: aviação. Finalidade: pesquisa institucional.

PLONCZYNSKI, Nancy Corrêa (Mestranda) – Universidade Trás os Montes e Alto Douro. Assunto: Casa da Bragança e leilão do Paço Imperial. Finalidade: dissertação de mestrado.

SANTOS, Natália Cabral dos (Universitária/Estagiária) – UNIRIO/IPHAN. Assunto: Igreja do Mosteiro de São Bento da Bahia. Finalidade: composição de verbete para publicações de livros do IPHAN.

SILVA, Antonio Cosme Lima da (Mestrando) – Universidade do Estado da Bahia. Assunto: Primeiro Congresso de História da Bahia. Finalidade: pesquisa de mestrado.

TOSTES, Ana Paula Cabral (Mestranda) – UFRJ. Assunto: região rural, Rio de Janeiro, séc. XVIII. Finalidade: dissertação de mestrado.

WOOLE Y CARDOSO, Patrícia (Professora) – Faculdades Integradas Simonsen. Assunto: História do Brasil colonial, especialmente história regional (Piauí). Finalidade: concurso professor adjunto UESPI.

A Escrita da História

A paisagem historiográfica atual caracteriza-se por uma tensão entre dois pólos, durante muito tempo considerados como alternativos, mas que podem ser pensados de maneira complementar. De um lado, alguns pesquisadores colocam o acento na história como escritura subjetiva, como prática ligada à tradição narrativa da literatura e, de outro, contra as derivas negacionistas, alguns insistem sobre a noção de prova, sobre o caráter precário, falsificável, da asserção histórica em função das fontes documentárias e, portanto, sobre seu caráter de saber objetivado. Ora, é na articulação desses dois imperativos categóricos, entre ciência e ficção, que se define a história.

François Dosse, A História, Bauru, Edusc, p. 303.