Abertura

Av. Augusto Severo, nº 8 - Glória - 20021-040 - Rio de Janeiro - RJ.
Edição: Victorino Chermont de Miranda - Revisão: Cybele de Ipanema - Colaboração: Arno Wehling
Só os nomes dos sócios do IHGB são grafados em negrito
Informações para o Noticiário também pelo e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

 

AS PENAS DE ESCREVER, TINTEIROS E MATA-BORRÕES DO ACERVO DO IHGB

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O Instituto possui, em sua coleção museológica, objetos ligados a diversas figuras de nossa história. Nesta edição, apresentamos um dos itens mais raros: as penas de escrever, depois sucedidas pelas canetas-tinteiro, com os ancilares tinteiros e mata-borrões.

Das primeiras, o Instituto possui um exemplar: a pena de pato usada para escrita, que serviu à estojo-princesa Princesa Isabel para assinatura, em 1871, da Lei n 2.033, de 20/09/1871 (Lei da Reforma Judiciária). E das segundas, uma caneta, em metal amarelo com pedras vermelhas incrustadas, oferecida à família do visconde de Mauá pelo Clube de Engenharia, quando da inauguração do monumento em homenagem àquele (1910), e outra, em metal amarelo, com as iniciais na tampa, que pertenceu ao cardeal D. Sebastião Leme, com as armas cardinalícias gravadas em placa de igual metal em estojo de veludo vermelho (c.1930), doação de sua família.

De época, são igualmente os tinteiros e mata-borrões, hoje reduzidos à condição de peças de museu. Dentre os primeiros, um em prata, estilo art nouveau, com dois depósitos de tinta e pó, em cristal e, no centro, um medalhão com as iniciais “PR”, encimadas por uma coroa de conde, atribuído a José Pereira Rego, barão com honras de grandeza do Lavradio, sócio do Instituto (1845-1929) e um segundo, em metal e vidro, comemorativo da inauguração do Monumento ao Ipiranga (1922), doação do comandante Evandro Santos, e, dentre os segundos, um de prata e o outro em madeira com gravação em dourado, outrora de uso do Instituto.

Administracao

ATOS DO PRESIDENTE

– Edital nº 07/16, de 13 de junho – declara aberta a vaga no quadro de sócios honorários brasileiros em decorrência do falecimento do sócio Jarbas Gonçalves Passarinho.
– Edital nº 08/16, de 20 de junho – declara aberta a vaga no quadro de sócios correspondentes estrangeiros em decorrência do falecimento do sócio Thomas Skidmore.
– Portaria nº 01/16, de 22 de junho – O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, de acordo com o Estatuto do IHGB e o Regulamento que instituiu os Núcleos de Pesquisa do IHGB. Resolve: 1. Criar o Núcleo e Laboratório de Arqueologia do IHGB, nos termos propostos pela Sócia Emérita Maria da Conceição de Moraes Coutinho Beltrão. 2. O Núcleo e Laboratório de Arqueologia do IHGB funcionará na sala 204 do Edifício Pedro Calmon.

Noticiário do Corpo Social

Atividades de Junho

01 15h

Sessão solene de posse da sócia honorária brasileira Ismênia de Lima Martins, recebida pelo sócio honorário brasileiro Paulo Knauss de Mendonça.

08 15h

Sessão em homenagem ao sesquicentenário de nascimento do sócio Euclides da Cunha, por Alberto Venancio Filho e Miridan Britto Falci.

15 15h

Sessão em homenagem ao centenário de nascimento do sócio Vicente Tapajós, por Carlos Wehrs, Miridan Britto Falci, Marcos Guimarães Sanches, Lúcia Guimarães e Arno Wehling.

22 15h

Apresentação e lançamento dos livros da FUNAG, por Sergio Eduardo Moreira Lima, Synésio Sampaio e Luis Cláudio Villafañe.

29 15h CEPHAS com as comunicações: Clóvis Beviláqua e a Justiça Internacional: entre o sim e o não a Rui Barbosa, por Paulo Emílio Borges de Macedo, e Homenagem ao Centenário de Falecimento do sócio José Veríssimo, por Claudio Aguiar.

 

Atividades de Julho

05 e 06 17h

Seminário Belém 400 anos

13 15h

CEPHAS com as comunicações: Religiões no Brasil: uma perspectiva histórica, por Edgar Leite Neto, e A recepção do direito alemão no Brasil nos séculos XIX e XX, por Renato Beneduzi.

20 15h Sessão temática – O Centro Histórico do Rio Colonial e Republicano, por Nireu Cavalcanti e Augusto Ivan.
27 15h

CEPHAS com as comunicações: O Rio antes do Rio – A cidade tupinambá, por Rafael Freitas da Silva, e Rodolpho Garcia: erudição e coautoria, por Lucia Maria Paschoal Guimarães.

 

Estatísticas

Frequência de consulentes: 136

Corpo Social

NOTÍCIAS DE SÓCIOS

Antonio Carlos Villaça (†) foi tema de Colóquio no Centro Dom Vital, reunindo intelectuais católicos. Dias 20 e 21.
Arno Wehling e Claudio Aguiar foram agraciados com a Comenda da Ordem Padre José de Anchieta pela Academia Carioca de Letras. Dia 27.
Candido Mendes realizou palestra no Centro Dom Vital sobre “As ideias católicas no Brasil de Antônio Carlos Villaça, 40 anos depois”. Dia 21.
Cícero Sandroni participou do painel “Jornalismo hoje: carreira e mercado”, no Seminário Brasil, brasis, promovido pela ABL. Dia 30.
Dora Alcântara foi entrevistada, emO Globo, sobre a tradição do uso de imagens religiosas nas fachadas de casas de bairros de colonização lusitana no Rio de Janeiro. Dia 12.
Getulio Marcos Pereira Neves escreveu o artigo “Século de História”, sobre o centenário do Instituto Histórico e Geográfi co do Espírito Santo publicado no Caderno Pensar, do jornal A Gazeta de Vitória. Dia 18.
João Eurípedes Franklin Leal lançou, em Vitória,seu novo livro Espírito Santo: História e foi agraciado com o título de professor emérito da Escola de Arqueologia da UNIRIO. Dias 13 e 17.
Luiz Alberto Moniz Bandeira sustentou, em entrevista ao jornal “Viomundo”, estarem os Estados Unidos interessados, a partir das mudanças políticas ocorridas na Argentina e Brasil, em ampliar sua presença econômica e geopolítica na América do Sul. Dia 14;
Marcos de Azambujafoi o convidado de Ar mando Strozemberg no ciclo “Os sócios convidam”, comemorativo dos 10 anos da Casa do Saber Rio O Globo. Dia 18.
D. João Henrique de Orleans e Bragança comentou, em OGlobo, a visibilidade nacional e internacional trazida pela FLIP para Paraty. Dia 26.
D. Orani João Tempesta publicou Carta Pastoral sobre Esporte e Fé – Pela Paz e Desenvolvimento Humano, a propósito dos próximos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. Dia 23.
Pedro Karp Vasquez autografou, na Travessa de Botafogo, seu novo livro O uso criativo de acervos fotográfi cos. Dia 21.
Roberto DaMatta comentou, em sua coluna em O Globo, intitulada “Telefonia e democracia”, os efeitos da Operação Lava-Jato para o desmonte da corrupção no Brasil. Dia 1.
Sergio Paulo Muniz Costa homenageou a memória de Jarbas Passarinho em sua coluna no Diário do Comércio, de São Paulo. Dia 6.

ISA ADONIAS, A PRIMEIRA MULHER DECANO DO IHGB

noticiario 312 ihgb img10Com o falecimento de Luiz de Castro Souza, em 5 de abril , passou à condição de Decano, a sócia emérita Isa Adonias, única mulher também a ter ocupado a 3ª vice-presidência do Instituto. 

Nascida no Rio de Janeiro, Isa formou-se bacharel e licenciada em Geografi a e História pela Faculdade de Filosofi a, Ciências e Letras Santa Úrsula, tendo se especializado em Geografi a Humana com Pierre Monbeig, em Geomorfologia com Francis Ruellan e História da Cartografi a, Geografi a das Fronteiras do Brasil e Mapoteconomia, entre outros com Arthur Cesar Ferreira Reis.

Trabalhou no Conselho Nacional de Geografi a, foi chefe da Mapoteca do Itamaraty (1946-1988), assistente de Jayme Cortesão, no Curso de Aperfeiçoamento para Diplomatas, do M.R.E., professora de Catalogação Especializada da Escola de Biblioteconomia e Documentação da Faculdade Santa Úrsula e do Curso de Conhecimentos e Informações sobre Cartografia, da Sociedade Brasileira de Cartografia.

Dentre suas obras, destacam-se As peças raras da Mapoteca do Ministério das Relações Exteriores (1953), Mapas e planos manuscritos do Brasil colonial conservados no Ministério das Relações Exteriores (1960), A Cartografi a da Região Amazônica (1500/1961), O acervo de documentos do Barão da Ponte Ribeiro: centenário da sua incorporação aos arquivos do Ministério das Relações Exteriores (1884-1984), Real Forte Príncipe da Beira (1984) e Fauna e Flora Brasileiras: século XVIII (1986), estas em coautoria.

Isa ingressou no IHGB em 1968 e passou a benemérita em 1989.

POSSE DA SÓCIA

Em sessão solene realizada, em 1º de junho, no Salão Nobre, sob a presidência de Arno Wehling, tomou posse como sócia honorária Ismênia de Lima Martins, eleita na AGE do dia 30/09/2015.

noticiario 312 ihgb img13Introduzida no recinto pelos sócios Maria BeltrãoJosé Arthur Rios e Carlos Werhs, a empossanda prestou o compromisso regimental, fi rmou o termo de posse e recebeu a insígnia acadêmica da sócia emérita Cybelle de Ipanema.

O discurso de recepção foi feito pelo sócio Paulo Knauss de Mendonça, seu ex-aluno e posteriormente colega na UFF, tendo Ismênia, em resposta, depois dos agradecimentos de praxe, discorrido sobre “História, vida e militância. Os desafi os do ofício”, resumindo sua trajetória universitária.

A solenidade foi seguida de coquetel no terraço panorâmico do IHGB.

SÓCIOS FALECIDOS

O IHGB viu-se desfalcado, no mês de junho, de trêss de seus ilustres membros: Jarbas Gonçalves Passarinho, no dia 6, em Brasília, aos 96 anos, Thomas Elliot Skidmore, em 11, em Rhode Island, aos 83 anos, e João Hermes Pereira de Araújo, em 25, aos 90 anos.

noticiario 312 ihgb img12Jarbas Passarinho nasceu no Xapuri, AC, em 11/01/1920, Militar, alcançou o posto de tenente-coronel e exerceu a chefi a do Estado-Maior do Comando Militar da Amazônia e da 8ª Região Militar. Foi governador do Pará, ministro de Estado das pastas do Trabalho, Educação, Previdência e Justiça, senador por três mandatos e presidente do Senado Federal (1981-1983). Era membro da Academia Brasileira de Arte, do Instituto Histórico e da Academia Paraense de Letras, da Academia Brasiliense de Literatura e Doutor Honoris Causa pela Universidade de Guadalajara, México. Publicou, entre outros: Terra encharcada (Prêmio Samuel Wallace Mac-Dowell), Evocação a Machado de Assis (1989) e Jarbas Passarinho: um híbrido fértil (1996). Ingressou no IHGB como sócio honorário em 29/04/1970.

noticiario 312 ihgb img11Thomas Skidmore nasceu a 22/07/1932 em Ohio, EUA. Era Doutor em história moderna europeia pela Universidade de Harvard e professor da Universidade de Wiscousin, onde lecionou por 20 anos e editou a Luso-Brasilian Review, e, posteriormente, na Universidade de Brown, onde dirigiu o Centro de Estudos Latino-Americanos até se aposentar em 1999. Esteve, no Brasil, em bolsa de pós-doutorado nos anos de 1961-64, tornando-se um dos grandes brasilianistas americanos. É autor de vários clássicos da historiografi a americana sobre a vida política brasileira, como De Getúlio a Castello(1969), Preto no Branco: raça e nacionalidade no pensamento brasileiro (1976), O Brasil visto de fora (1994), Uma História do Brasil (1998) e De Castello a Tancredo (2004), entre outros. Em 2006 foi premiado pela Associação de Estudos Brasileiros. Ingressou no IHGB em como sócio correspondente estrangeiro em 05/07/2000.

noticiario 312 ihgb img14João Hermes Pereira de Araújo nasceu a 30/03/1926, em Piracicaba, SP. Diplomata. Diplomou-se pelo Instituto Rio Branco em 1951, tendo seu primeiro posto, em 1954, como 3º secretário junto à Santa Sé, onde permaneceu até 1960. Serviu, depois, como ministro conselheiro em Buenos Aires e, fi nalmente, como embaixador em Paris, tendo integrado inúmeras outras funções e comissões no MRE, inclusive a de diretor do Museu do Palácio do Itamaraty, no Rio de Janeiro. Era detentor de diversas ordens honorífi cas. Escreveu: A processualística dos atos internacionais (1958), A Ordem de Malta e o Brasil Imperial (1957), A fazenda dos Três Poços e A fazenda de S. José do Pinheiro (1957), O IPRI: Instituto de Pesquisas das Relações Internacionais e a Política Exterior do Império (1989) e Três ensaios sobre diplomacia brasileira (1989), este em colaboração. Ingressou no IHGB em1971, como correspondente brasileiro, passando a titular em 1992 e a emérito em 1998, tendo sido 3o, 2o e 1o vice-presidente na gestão Arno Wehling.

Outras Noticias

Outras Notícias

– Alunos do Curso de Turismo do SENAC visitaram o IHGB, em 16 de junho, tendo sido ciceroneados pela 1ª secretária, Cybelle de Ipanema, e pela museóloga Magda Vilela, percorrendo a Sala Teresa Cristina, Sala de Leitura, Sala Barão do Rio Branco, Salão Nobre, Museu e Terraço.

– A sócia Maria Beltrão arrematou, em leilão promovido pelo Escritório de Arte Castro Leal, para o IHGB, uma tela a óleo de João Carneiro da Silva, 1º barão de Ururaí (1781-1851), prestigioso fazendeiro em Quissamã, RJ. A imagem é o único registro iconográfico que se conhece do referido titular.

– O Instituto Histórico e Geográfi co do Espírito Santo comemorou, em 13 de junho, seu centenário de fundação. O ato teve lugar no Palácio Anchieta, em Vitória, tendo o presidente Arno Wehling proferido palestra sobre o tema O Centenário do Instituto Histórico e Geográfi co do Espírito Santo: o papel dos institutos históricos na sociedade brasileira contemporânea. À solenidade, presidida pelo Dr. Getulio Marcos Pereira Neves, estiveram presentes e fi zeram uso da palavra o vice-governador do estado do Espírito Santo, César Colnago; o reitor da Universidade Federal do Espírito Santo, Reinaldo Centoducate; o Secretario de Estado da Cultura, João Gualberto Vasconcelos; o sub-secretário de Estado da Cultura, Jose Roberto Santos Neves; a vice-presidente da Academia Espírito-santense de Letras, Ester Abreu Vieira de Oliveira. Na plateia, entre outros, o desembargador Corregedor Geral de Justiça do Tribunal de Justiça do ES, Ronaldo Gonçalves de Souza, e o desembargador José Paulo Calmon Nogueira da Gama. IHGES é o 13º instituto estadual a atingir tal marco.

– O Instituto Histórico e Geográfi co Brasileiro recebeu em doação os seguintes livros: Cenilde Loch Vieira da Cunha. 40 v. (Genealogia e Heráldica); Pedro Henrique de Miranda Rosa. 27 títulos (História do Direito e das Instituições) e Marilda Corrêa Ciribelli. 37 v. (Ciências Sociais).

Livros Recebidos

ALCÂNTARA, Dora Monteiro e Silva de; BRITO, Stella Regina Soares de; SANJAD, Thais Alessandra Bastos Caminha (Org.). Azulejaria em Belém do Pará: inventário, arquitetura civil e religiosa, século XVIII ao XX. Brasília: IPHAN, 2016. 344 p.

BARATA, Carlos Eduardo; GASPAR, Claudia Braga. A Fazenda Nacional da Lagoa Rodrigo  de Freitas na formação de Jardim Botânico, Horto, Gávea, Leblon, Ipanema, Lagoa e Fonte da Saudade. 1. ed. Rio de Janeiro: Cassará, 2015. 280 p.

BITTENCOURT SAMPAIO, Sérgio. Música: velhos temas, novas leituras. 2. ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: Mauad, 2016. 326 p.

CAMPOS, Adriana Pereira et al. A cidade à prova do tempo: vida cotidiana e relações de poder nos ambientes urbanos. Vitória: GM Ed.; Paris: Université de Paris-Est, 2010. 328 p.

O DESAFIO de retratar o país: entrevistas com os presidentes do IBGE no período de 1985 a 2015. Organização, introduções e notas Nelson de Castro Senra, Silvia Maria Fonseca, Teresa Cristina Millions. Rio de Janeiro: IBGE, 2016. 480 p.

FUKUYAMA, Francis. O fi m da história e o último homem. Tradução de Aulyde Soares Rodrigues. Rio de Janeiro: Rocco, 1992. 489.

MATTOSO, José. D. Afonso Henriques. [Lisboa]: Círculo de Leitores, 2007. 432 p.

MEIRA FILHO, Augusto. Evolução histórica de Belém do Grão-Pará: fundação e história: 1816-1823. Organização Márcio Meira. 2. ed. rev. e aum. Belém: M2P Arquitetura e Engenharia, 2015. 576 p.

PINTO, Margarida Rebelo. Minha querida Inês. 2. ed. Lisboa: Clube do Autor, 2014. 213 p.

SILVA, Rafael Freitas da. O Rio antes do Rio. 2. ed. Rio de Janeiro: Babilônia Cultura, 2015. 428 p.

VITORIA, Francisco de. Relectiones: sobre os índios e o poder civil. Organização e apresentação José Carlos Brandi Aleixo. Brasília: Ed. Universidade de Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, 2016. 234 p.

Algumas Pesquisas

BOUSKELA-SVENSJO, Kristina (Universitária) - UCAM. Assunto: capitalismo. Finalidade: acervo jurídico

CARDOSO, Luciene Pereira C. (Professora) - PUC-RIO. Assunto: saneamento. Finalidade: artigo.

CIRINO, Raissa Gabrielle Vieira (Doutoranda) - UFJF. Assunto: João Inácio da Cunha. Finalidade: tese de doutorado.

ELESBÃO, Juliane de Sousa (Doutoranda) - UERJ. Assunto: religião. Finalidade: tese de doutorado

KAWAKAMI, Nya Kristina M. (Doutoranda) - Pontifícia Universidade Católica de Chile. Assunto: Francisco Freire Alemão. Finalidade: tese de doutorado.

LISBÔA, Tábata (Mestranda) - UFRJ. Assunto: Morro do Castelo. Finalidade: dissertação de mestrado

MERKEL, Ian (Doutorando) - New York University. Assunto: São Paulo. Finalidade: tese de doutorado.

MOREIRA, Leandro da Silva. Assunto: Congresso Eucarístico Nacional. Finalidade: artigo.

RIBEIRO, Maria Teresa Teixeira (Jornalista/Professora) - PUC-SP. Assunto: Família Drummond. Finalidade: livro.

SILVA, Aldones Santos da (Professor) - UFRJ. Assunto: morte. Finalidade: acadêmica.

SILVA, Daniela Marques da (Mestranda) - UFRRJ. Assunto: Câmara dos Deputados. Finalidade: dissertação de mestrado

SILVA, Ivo Pereira da (Doutorando) - UFPA. Assunto: direito constitucional. Finalidade: tese de doutorado.

SILVA, Neise Freitas da. Assunto: Historia do Rio de Janeiro no século XVII. Finalidade: livro.

ESCRITA DA HISTÓRIA

A interpretação que Furet propõe da Revolução começa por ser uma recusa: uma renúncia à ideia segundo a qual a Revolução é o produto de uma estratégia de classe destinada a instalar a burguesia no poder. Para ele, a Revolução não pode dizer-se “burguesia” no sentido de Marx – que foi também o dos historiadores da Restauração – porque a burguesia que faz 89, do que, aliás, não é o único ator, compõe-se majoritariamente de legistas, advogados, juízes e procuradores: burgueses, sim, mas no sentido antigo do termo, de modo algum portador do desenvolvimento capitalista. Por outro lado, se a Revolução Francesa é muito simplesmente o advento da sociedade burguesa, tese comum aos liberais e a Marx, o problema é resolver o enigma seguinte: como pode uma mesma classe produzir ao mesmo tempo Mirabeau e a monarquia constitucional, Robespierre e a ditadura jacobina, Barras e a República do Termidor, Bonaparte e o despotismo do Estado centralizado? Pelo caminho, Furet rompe também com uma outra ideia, esta propriamente marxista, que vê esta Revolução burguesa prenhe de uma revolução futura, a do proletariado, autenticamente emancipadora: ideia que teve a vantagem paradoxal, para a historiografi a dominante, de integrar na Revolução burguesa o episódio terrorista da Revolução Francesa, com toda a evidência o menos burguês.

Este processo de soltar a Revolução da classe social levou portanto Furet a substituir a defi nição da Revolução como gesto da burguesia pela sua própria defi nição: a Revolução como mundo dos indivíduos autónomos que se propõem reconstruir o país sobre vontades livres, rompendo com a tradição. E acarreta muitas consequências, todas elas objeto de debate veemente.

Sales, Véronique. Os historiadores, Lisboa, Teorema, 2009,p.357