Av. Augusto Severo, nº 8 - Glória - 20021-040 - Rio de Janeiro - RJ.
Edição: Victorino Chermont de Miranda - Colaboração: Arno Wehling
Só os nomes dos sócios do IHGB são grafados em negrito
Informações para o Noticiário também pelo e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

ABERTURA DA EXPOSIÇÃO
“IMAGENS QUE NÃO SE CONFORMAM” NO MUSEU DO MAR

IHGB Noticiario Exposicao Imagens que nao se conformam01Fotografias: Reprodução apresentação desenvolvida por Paulo Knauss de Mendonça

IHGB Noticiario Exposicao Imagens que nao se conformam02

O IHGB, em parceria com o Museu de Arte do Rio – MAR, a Organização de Estados Ibero-Americanos para Educação, Ciência e Cultura – OEI e o Instituto Odeon, e com o patrocínio do Instituto Cultural Vale, inauguraram, em 29 de junho, na sede do MAR, exposição intitulada “Imagens que não se conformam”, reunindo peças dos acervos de ambas as instituições.

Com curadoria de Marcelo Campos, pelo MAR, e de Paulo Knauss, pelo IHGB, a exposição propõe-se a engajar o IHGB em projetos culturais, mediante ações conjuntas com o objetivo de valorizar o “capital ativo” de suas coleções e acervos visando o ingresso de recursos para viabilizar sua sustentabilidade, prevendo ainda ações conjuntas de educação ao longo do corrente ano.

Em proposta inovadora, como explicitado pelos curadores, a exposição apresenta peças da  coleção do IHGB em diálogo com a arte contemporânea, promovendo a interrogação sobre os sentidos do antigo e do novo no marco de reflexão sobre os usos e representações do passado, em quatro seções: presentismo, a cor da história, usos do passado e reparação histórica.

A mostra contem 58 peças das coleções do IHGB (biblioteca, arquivo, iconografia e museu), representativas de sua diversidade tipológica e temática (arqueologia, arte, histórica, heráldica), dando destaque à excepcionalidade das peças, a partir do Crânio do Homem da Lagoa Santa, e permanecerá aberta ao público, de quinta-feira a domingo, até 30 de setembro.

No correr dos próximos meses, terão lugar iniciativas de caráter educacional, em três oficinas de curta duração, para veiculação na Internet, voltadas para a divulgação de aspectos tradicionais e contemporâneos da Heráldica, Paleografia e Genealogia e na produção de um podcast com uma série de 10 entrevistas de até 30min com membros do IHGB intitulada “Para pensar o Brasil”.

O ato inaugural, seguido de café da manhã, no terraço do museu, contou com a presença dos presidente e diretora do Instituto Cultural Vale, Luiz Eduardo do Amaral Osório e Flávia Martins Constant, do diretor da OEI Brasil, Raphael Callou Neves Barros, do diretor presidente do Instituto Odeon, Carlos Antônio da Silva Gradin, dos presidente e 1º vice-presidente do IHGB, Victorino Chermont de Miranda e Jaime Antunes da Silva, de ambos os curadores e restrito número de convidados em razão da crise sanitária.

A exposição obteve ampla divulgação na mídia (172 inserções e 2.843.388 visitantes na PageView do Yahoo (Brasil), conforme clipping que se acha no power point constante de nosso site e foi destaque na coluna de Ancelmo Gois, em O Globo, e, no IHGB, o admirável trabalho de Paulo Knauss contou com o apoio da chefe do Arquivo, Sônia de Lima, e da museóloga Magda Cunha, na descrição e preparação das peças.

Rubens Ricupero, nosso consócio, em mensagem dirigida à presidência, destacou “o acerto do conceito intelectual que presidiu à sua organização” e “o destaque merecido conferido às peças únicas de nossa coleção”, felicitando o IHGB pelo que chamou de “inteligente iniciativa”, o mesmo tendo feito Mary del Priore, que destacou o nível internacional da mostra.

INVENTÁRIO DE DIFERENÇAS

Conceituação geral da exposição que apresenta a coleção IHGB em diálogo com a arte contemporânea, promovendo releituras da história do Brasil e relativizando as distância entre o antigo e o novo na história e na arte. Se inicia com duas versões da imagem do patrono: o busto d. Pedro II, de autoria de A. Gobineau ,e o retrato alegorizado do imperador, de autoria do pintor contemporâneo Daniel Lannes.

Daniel Lannes. Exílio, 2014 Tinta a óleo sobre tela de linho | Coleção MAR
Arthur de Gobineau. [Dom PedroII], c. 1870. Herma mármore branco | Coleção IHGB
ANTIGO E MODERNO: objetos conceituais
Desconhecido. Carrinho imperial e pá usados no início dos trabalhos da primeira ferrovia brasileira, 1852. Jacarandá e prata | Coleção IHGB.

PRESENTISMO

Propõe a discussão sobre a ordem do tempo diante do regime de historicidade presentista, valorizando o tempo histórico como duração e experiencia em contraponto à noção tradicional linear da cronologia.
Apresenta, por exemplo, o crânio do Homem da Lagoa Santa, de 11 mil anos a.C, e a criação videográfica do contemporânea do artista Paulo Nazareth, em que o artista se mistura a crânio do Museu da Polícia da Bahia.

Apresenta-see, ainda, esculturas tradicionais junto aos videos de Diambe Silva, que cria intervenções que sugerem libertar o peso do passado pelo fogo em torno de monumentos cívicos da cidade.
Vale destacar o trabalho de Sofia Borges, criado especialmente para a exposição, que aborda a representação em bronze da mão do imperador jovem como motivo de inspiração, produzindo fotografias de detalhes de mão de retratos do século XIX.

Crânio do homem da Lagoa Santa. Coletado por Peter Wilhelm Lund. Coleção IHGB.
Paulo Nazareth Antropologia do Negro I e II, 2013 Vídeo-performance
Coleção de esculturas IHGB. Bronze, séc. XIX. Diambe. Devolta, 2020. Performance / coreografia.
Sofia Borges As mãos. Fotografia2017 Coleção MAR

REPARAÇÃO HISTÓRICA

Trata a possibilidade da imaginação artística contemporânea desmonumentalizar representações do passado predominantes relacionadas a memórias traumáticas da sociedade atual.
Apresenta retratos da elite escravocrata ao lado da videografia de Heô Sanvoy.
Além disso, valorizou-se a Roda dos Expostos em situação monumental.

François-René Moreaux
Joaquim José de Souza Breves | Maria Isabel Breves de Moraes, c.1840
Óleo sobre tela | cColeção IHGB
Helô Sanvoy
Da cabeça às costas, 2019
Vídeo e objeto com couro de boi e cabelo do artista | Galeria Andrea Rehder
Desconhecido. Roda dos expostos (ou dos enjeitados) da Santa Casa da Misericórdia, 1738. Madeira entalhada | Coleção IHGB
Moisés Patrício
Sem Título, 2020
Acrílica sobre tela | Galeria Estação

A COR DA HISTÓRIA

Trata a presença da arte e da ciência da heráldica no Brasil e propõe associações contemporâneas que traduzem a história da diáspora africana no Brasil.
Apresenta a criação do século XIX, especialmente de Luis Aleixo Boulanger e das louças brasonadas da aristocracia tropical do Império do Brasil, relacionada com a pesquisa artística contemporânea de Rubem Valentim, que inventa emblemas de orixás de lógica concretista, e de Juliana Santos, que tematiza a experiencia étnica da cor azul.

Serviço do Barão do Rio Branco, século XX
Porcelana francesa, com marca da casa comercial de Bourgeois | Acervo IHGB
Serviço do Conde de Passé, século XIX
Porcelana possivelmente francesa | Acervo IHGB
Juliana dos Santos
Série Experiência Azul, 2019
Pintura com flor de Clitoria Ternatea sobre papel algodão
Vista de obras de Ruben Valentim
Luís Aleixo Boulanger
Armorial Brasiliense, 1870
Manuscrito aquarelado sobre papel | Coleção IHGB

USOS DO PASSADO

Propõe repensar as relações entre história e memória e os sujeitos da sua elaboração social.
Apresenta, o Marco de Cananéia e as versões das famosas representações de indígenas das pinturas de Eckhout ao lado da criação de artistas indígenas contemporâneos.
Outra relação é a representação do passado em perspectiva masculina e feminina.

Yacuna Tuxa
Filhas da terra e suas resistências invisíveis III e IV Ilustração digital | Coleção da artista
Karl F. P. von Martius. Historia naturalis palmarum, [1823 e 1850]. Coleção IHGB.
Uýra Sodoma. Elementar (A Última Floresta - Terra pelada), 2018
Gê Viana
Série Paridade, 2018
Fotografia e fotomontagem | Coleção da artista

ATOS DO PRESIDENTE

- Portaria nº 01, de 5 de abril de 2001 – Regulamenta o recebimento de correspondência e livros na portaria e seu encaminhamento à Secretaria e Gerência Administrativa.
- Portaria nº 02, de 5 de abril de 2021- Exonera, a pedido, Vera Lucia Bottrel Tostes das funções de Diretora do Museu.
- Ofício nº 03 de 10 de março de 2021 – Agradece à consócia Vera Lúcia Bottrel Tostes a gestão à frente do Museu do IHGB.
- Portaria nº 03, de 6 de abril de 2021 – Nomeia Paulo Knauss de Mendonça para as funções de Diretor do Museu.
- Termo de Cooperação com a Organização de Estados Ibero-Americanos para Educação, Ciência e Cultura (OEI) e o Instituto Odeon para realização da Exposição “Imagens que não se conformam” com o Museu de Arte do Rio – MAR. Dia 01/03/2021
- Termo de Cooperação Técnica, Financeira e Pedagógica com Centro Educacional Celso Furtado, para realização de cursos nas áreas de História Econômica, História das Propriedades e dos Direitos de Acesso e História da Administração Pública no e do Brasil e temas afins. Dia 27 abr.
- Edital de convocação das Assembleias Gerais Ordinária e Extraordinária pelo modo virtual dos exercícios de 2019 e 2020. Dia 28 maio
- Termo de Renovação do Convênio firmado com a Confederação Nacional do Comercio para o exercício de 2021. Dia 28 jun.

NOTÍCIAS DE SÓCIOS

JANEIRO

Joaquim Falcão traçou, em O Globo, um paralelo entre o comportamento das instituições norte-americanas e brasileiras no tocante às ameaças à democracia. Dia 9.
Marco Lucchesi teve publicados, na Antologia Virüs, um ensaio e várias traduções de seus poemas para o turco, feitas pelo poeta Tozan Alkan, e concedeu entrevista a TV Bandeirantes sobre o Projeto “Novas Palavras”. Dia 28. (*)
Nísia Trindade foi reconduzida à presidência da Fiocruz para o próximo quadriênio. Dia 11.
Pedro Karp Vasquez realizou, pelo youtube do Sesc Pará, palestra intitulada “Notas para uma história técnica da fotografia”. Dia 28.
Roberto DaMatta abriu o ano, em sua coluna em O Globo, denunciando a “sabotagem política da vacina” e apontando o isolamento social e a vacinação em massa como o único caminho para a superação da pandemia. Dia 6. (*)
Sergio Paulo Muniz Costa lançou o site“O Brasil e sua História”.

FEVEREIRO

Marco Lucchesi participou de filmagem para a maratona literária virtual “Dante nel mondo”, organizada pelo Centro do Livro e da Leitura e o jornal Corriere della Sera (dia 3), da conferência online intitulada “Frente à Covid: a resposta solidária da sociedade brasileira”, organizada pela Academia Nacional de Medicina (dia 4), das comemorações dos 700 anos da morte de Dante Alighieri, pela plataforma zoom, com o embaixador Francesco Azzarello, assinou a tradução e prefácio do lançamento online do livro Margens da noite, do poeta romeno Ion Barbu (dia 27) e lançou nova edição de seu livro A flauta e a lua, pela Bazar do tempo.

Marcos Azambuja comentou, em artigo publicado, em O Globo, a crise existente nas relações Brasil-França e proclamou a necessidade de uma aproximação entre Rio e Paris, apoiada na cultura e na história. Dia 18.
Synesio Goes Filho lançou, pela Record, seu livro Alexandre de Gusmão – o estadista que desenhou o mapa do Brasil. (*)

MARÇO

Ana Pessoa foi uma das organizadoras do o Seminário “O Gosto Neoclássico – A Dimensão Americana: Instituições, atores e obras”, moderadora e conferencista da mesa Visualidades em mutação com a comunicação Uma arcádia tropical? Vassouras, RJ, sec. XIX, na Fundação Casa de Rui com o apoio IeU/Prourb/FAU/UFRJ. Dia 17.
Carlos Eduardo Barata e Victorino Chermont de Miranda participaram de live in memoriam do genealogista Marcelo Bogaciovas, de São Paulo, promovida pela Associação Brasileira de Pesquisadores de História e Genealogia – ASBRAP. Dia 26.
José Almino de Alencar teve publicados, na Folha de São Paulo, capítulos da obra e da vida de João Cabral, sujeito teimoso e arredio que resistiu a ter sua vida contada em livro, por ele escrita. (*)
Júlio Bandeira proferiu palestra Do Capitão Carlos Julião a Maurício Rugendas e a camisola neoclássica no Brasil, no Seminário O Gosto Neoclássico – A Dimensão Americana: Instituições, atores e obras, na Fundação Casa de Rui. Dia 17.
Lilia Schwarcz lançou, com Flavio dos Santos Gomes e Jaime Lauriano, Enciclopédia negra: biografias afro-brasileiras, pela Companhia das Letras, Dia 21.
Marco Lucchesi concedeu entrevista sobre Dante Alighieri, para a UFMG, transmitida pelo Youtube, participou da 3ª reunião do Grupo de Trabalho do Plano Nacional de Fomento à Leitura nos Ambientes de Privação de Liberdade (dia 12), preparou uma seleção e apresentação das novelas do Decameron, de Giovanni Boccaccio, para a editora Nova Fronteira, traduziu e organizou, para a editora Mauad, os originais do livro Prelúdio, do poeta paquistanês Muhammad Iqbal, e teve transmitido pelo jornal italiano online Corriere Della Sera a gravação da leitura do Canto 33, do Paraíso (dia 25).
Marcus Monteiro foi entrevistado pelo jornal Extra – Coluna Mais Baixada sobre os planos da Secretaria de Cultura de Nova Iguaçu, de que é titular, visando transformar a cidade num polo cultural, turístico e histórico.
Paulo Knauss participou da mesa redonda “Visualizações em mutação”, do Seminário A dimensão americana: instituições, atores e obras, promovido pela Fundação Casa de Rui com o apoio IeU/Prourb/FAU/UFRJ, com a comunicação O desafio da pedra: o gosto neoclássico e a escultura no Brasil. Dia 17
Pedro Karp Vasquez realizou um workshop on line sobre Georges Leuzinger e a invenção da paisagem na fotografia carioca. Dias 9 e 11.
Synesio Goes Filho teve seu livro sobre Alexandre de Gusmão resenhado na Veja – São Paulo, por Guilherme de Queiroz. Dia 17.

ABRIL

A.J.R. Russell-Wood teve seu Histórias do Atlântico português lançado em segunda edição pela Editora Unesp.
Alberto da Costa e Silva lançou, pela Nova Fronteira, seu novo livro A África e os africanos na História e nos mitos e falou à coluna de Ancelmo Gois sobre as diferenças entre o racismo brasileiro e o americano. Dia 24.
Ana Pessoa participou com a comunicação “Os barões da Lagoa: uma família portuguesa no Brasil imperial, 2021 sobre os “Estudos históricos, políticos e do patrimônio cultural” do X Colóquio do Polo de Pesquisa Luso-Brasileira (PPLB) do Real Gabinete Português de Leitura. Dia 29.
Armando Alexandre dos Santos teve resenhado, na Revista do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil, nº 108, 2001, seu livro Dom Luiz na Grande Guerra.
Celso Lafer (*) e Joaquim Falcão abordaram, com Tercio Sampaio Ferraz Jr., em O Globo, o tema do momento – A Constituição e a CPI na pandemia. Dia 13.
Fernando Henrique Cardoso, em sua coluna em O Globo, exorcizou a sensação de volta do autoritarismo e conclamou à união de pessoas e partidos em torno de um programa de ação que seja progressista, social e economicamente. Dia 4.
José Murilo de Carvalho assina, em O Globo, artigo “Até quando?” acerca de pronunciamentos militares sobre o momento político. Dia 4.
Lúcia Maria Paschoal Guimarães foi mediadora da mesa “Estudos sobre deslocamentos, migrantes, exilados, retornados, refugiados” no X Colóquio Relações Luso-Brasileiras: Gentes e Paisagens em Movimento pelos 20 Anos do Polo de Pesquisas Luso-Brasileiras – PPLB no Real Gabinete Português de Leitura. Dia 30.
Marcílio Marques Moreira participou da live “Fratelli Tutti – um olhar econômico na Faculdade de São Bento do Rio de Janeiro -FSBRJ. Dia 10.
Marco Lucchesi participou de reunião virtual com a diretoria do Movimento Humanos Direitos (MHuD), concedeu entrevista ao jornalista Luis Dill, sobre seu romance Adeus, Pirandello, para Rádio FM de Porto Alegre, e participou do lançamento virtual da referida obra no YouTube, assim como da mesa-redonda “A Divina Comédia: antídoto humanista em tempos de tragédia”, promovida pelo projeto Bell’Anima, de Porto Alegre.
Rubens Ricupero participou de live da revista Isto é sobre política externa em tempos de pandemia e a relação do Brasil com outros países após a mudança de comando no Itamarati. Dia 20.
Synesio Goes Filho publicou artigo, em O Globo, intitulado Alexandre de Gusmão, um ilustre desconhecido. Dia 11.
Victorino Chermont de Miranda participou, com Ricardo Tacuchian (ABM) e Gustavo Sá (Itamarati) de mesa redonda virtual, na Academia Brasileira de Música, sobre o centenário de Vasco Mariz. Dia 20.

MAIO

Alberto da Costa e Silva lançou, pela Nova Fronteira, seu novo livro A África e os africanos na história e nos mitos e foi saudado por Felipe Fortuna a propósito de seus 90 anos, em artigo em O Globo. Dia 12.
Ana Pessoa participou do I Colóquio Acadêmico em História, Patrimônio Cultural e Educação, 2021. Universidade de Vassouras, com a comunicação “Nobres e sóbrias mansões dos senhores do café” e foi conferencista convidada, com o grupo de pesquisa, evento “A casa de elite do Brasil oitocentista: casas rurais e urbanas do ciclo do café, CCMJ- Museu da Justiça, Dia da Memória do Poder Judiciário/CCMJ. Dias 14 e 31.
Arno Wehling realizou palestra sobre “Na transição do Antigo Regime para o Constitucionalismo- a Casa da Suplicação do Brasil”, no I Encontro sobre Memória do Poder Judiciário, promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (Dia18), teve publicados, no livro “200 anos do Tribunal de Justiça de Pernambuco”, o capítulo que escreveu sobre “A justiça colonial em Pernambuco – traços estruturais da dinâmica joanina” (dia 4) e no nº 1 da Revista de História do Direito, do Instituto Brasileiro de História do Direito, o artigo sobre “Os desembargadores da Casa da Suplicação na estrutura de poder – o caso da Assembleia Constituinte”. (*)
Celso Lafer ministrou aulas no Ciclo de Debates “História da Diplomacia Brasileira – do Império ao Século XXI”, promovido pelo CEBRI, sobre o tema “Juscelino Kubitschek (1956-1961) – A Política Externa de JK: a convergência entre o “interno” e o “externo” – uma diplomacia a serviço do desenvolvimento (dia 18). Aula 9 (01/06) – “Fernando Collor de Mello (1990-1992)” – A Política Externa da Presidência Collor: a inserção do Brasil no mundo pós guerra fria.
Eduardo Silva proferiu conferência “Sobre princesas & plebeias: a participação da mulher no Movimento Popular Abolicionista!“, ne abertura da sessão comemorativa da Abolição e do 175º aniversário da princesa Isabel realizada no Instituto Histórico de Petrópolis. Dia 13.
Getúlio Marcos Pereira Neves publicou no Jornal de Letras o artigo “Histórias da Academia na correspondência de Machado”. Dia 20.
Gustavo Siqueira lançou o livro Pequeno Manual de Metodologia de Pesquisa Jurídica e teve a edição traduzida para espanhol.
Lucia Bastos proferiu palestra “Para além dos grandes vultos: rastros de personagens comuns como fontes para a abordagem das Independências do Brasil” no Seminário 3x22 – 1822 Independência: memória e historiografia no Centro de Pesquisas e Formação – SESC São Paulo. Dia 25.
Marco Lucchesi gravou para o site da ABL homenagem ao Dia Mundial do Livro, comemorado no dia 5, foi entrevistado no site Botequim Virtual e convidado para integrar a comissão de planejamento das comemorações dos 60 anos da Fapesp (dia 28), participou de live para alunos do Colégio Santo Antônio, de Belo Horizonte (dia 30) e deu um depoimento para o programa Persona em Foco, da TV Cultura de São Paulo, sobre o acadêmico Ignácio de Loyola Brandão.
Roberto DaMatta evocou, em tocante texto, a genialidade do ator Paulo Gustavo e sua capacidade de “reviver o riso”. Dia12.

Rogério Faria Tavares tomou posse para um segundo mandato, no biênio 2021-3023, como presidente da Academia Mineira de Letras. Dia 17.

JUNHO

Arno Wehling apresentou o trabalho “Os deputados brasileiros nas Cortes de Lisboa”, no III Colóquio de História do Direito Luso-Brasileiro, da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, e discorreu sobre “Joaquim Veríssimo Serrão e a história luso-brasileira”, na sessão de homenagem àquele na Academia Portuguesa da História. Dia 30.
Christian Lynch foi entrevistado pela Revista Consultor Jurídico sobre o poder que o judiciário passou a deter, no pós lava jato, na governabilidade do país. Dia 27.
Cláudio Moreira Bento teve seu discurso na Câmara dos Deputados, por ocasião do Centenário da Guerra de Canudos, sobre o papel que nela tiveram as forças terrestres do Brasil, digitalizado para ser colocado no site da FAHIMTB e cópia impressa doada à AMAN para o programa Pergamium de Bibliotecas do Exercito.
Fernando Henrique Cardoso lançou, pela Companhia das Letras, seu novo livro Um intelectual na política – Memórias e, no youtube, participou de webnar com Fernando Gabeira sobre utopias e experiência pública na democracia. Dia 18.
José Murilo de Carvalho foi entrevistado pelo Globo sobre os riscos da politização das Forças Armadas para a democracia a partir do envolvimento de seus membros na política. Dia 5.
Marco Lucchesi fez parte do corpo de jurados da 30a edição do Prêmio Reina Sofía de poesia ibero-americana; proferiu palestra virtual sobre “Eduardo Lourenço: Guerra e Paz” na abertura do Colóquio Internacional “A raia na água – Eduardo Lourenço e o mundo hispânico”, organizado pela Cátedra de Estudos Ibéricos da Universidade de Évora; participou de reuniões online com o presidente da Casa das Palmeiras, Pietro Accetta, com o diretor cultural do Museu Vale, Ronaldo Barbosa, e com o embaixador da Itália, Francesco Azzarello, das mesasredondas “A Divina Comédia: antídoto humanista em tempos de tragédia”, comemorativa da data nacional da Itália (dia 2), e sobre seu livro Adeus, Pirandello, e da reunião virtual com a diretoria do Movimento Humanos Direitos, além de fazer gravações para o Museu da Justiça do Estado do Rio de Janeiro sobre “Justiça e pandemia” e sobre suas pesquisas na instituição, como também de reunião online com o presidente da Academia de Letras do Paquistão, Muhammad Yousuf Khushk, e o embaixador do Paquistão, no Brasil, Ahmad Hussain Dayo (dia 7), deu depoimento para José Eduardo Camargo sobre a importância das bibliotecas e para o jornalista Marcio Ferrari, na edição digital de comemoração dos 60 anos da Fapesp, e gravou podcast sobre o centenário de nascimento do sócio correspondente da ABL, Edgar Morin.
Lúcia Paschoal Guimarães, Lúcia Bastos Pereira das Neves, Arno Wehling e André Heráclio do Rego participaram do lançamento virtual do livro Oliveira Lima e a longa história da Independência, editado pela Alameda, o qual contém, além dos artigos por eles escritos, os de George Cabral de Souza, Guilherme Pereira das Neves, Maria de Lourdes Viana Lyra e Synesio Sampaio Goes Filho. Dia 24.
Paulo Knauss teve publicado na revista Comunicação & Memória, de junho de 2021, editada pela Memória da Eletricidade, em versão impressa e eletrônica, seu artigo “Morte e vida da memória nacional”, que pensa a atualidade do patrimônio cultural no Brasil tendo como referência reportagem da década de 1960 do jornalista Franklin de Oliveira.

Roberto DaMatta foi entrevistado pelo Projeto Depoimentos Cariocas, do Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro.
Sergio Paulo Muniz Costa foi entrevistado no site Anatomia do Poder, por Ives Gandra Martins sobre seu livro Cinco séculos de História Militar do Brasil: espaço, cultura, sociedade e nação (Dia 6).

(*) Os assinalados tiveram também textos seus publicados na seção Tribuna de nosso site.

SÓCIOS FALECIDOS

O IHGB viu-se desfalcado, nesse semestre, de dois de seus ilustres membros: Carlos Wehrs, falecido no Rio de Janeiro, a 2 de maio, e Marco Antônio de Oliveira Maciel, no Recife, a 12 de junho.

Carlos Werhs era natural de Niterói, onde nasceu em 31.03.1927, formou-se em Medicina em 1950, especializando-se em Patologia Clínica. Trabalhou no Hospital Pro Matre – Rio e no dos Servidores do Estado (IPASE) e presidiu o Centro de Estudos da Maternidade e Policlínica Alexander Fleming, havendo sido laureado com as medalhas Fernando Magalhães (prata) do Hospital Pro Matre (1951) e e Madame Durocher (ouro), da Academia Nacional de Medicina (1960).
A história de Niterói foi o eixo de sua produção historiográfica, tendo publicado, os livros Niterói, cidade-sorriso (1984), Niterói, ontem e anteontem (1986), Niterói, tema para colecionadores (1987), Capítulos da memoria niteroiense (1987), Francisco de Paula Brito e Niterói e Iconografia niteroiense. No campo biográfico, traçou, dentre outros, os perfis do General Fonseca Ramos, Charles Dunlop, Anibal Monteiro, Silva Jardim, Artur Alves Barbosa e voltou-se também para a história do Rio de Janeiro, em recortes das obras de Aluísio de Azevedo e Machado de Assis, e de modo especial seu Meio século de vida musical
no Rio de Janeiro (1889-1939).
Fluente em alemão traduziu e anotou as memórias e o diário de seu avô C. Carlos J Wehrs e livro O Rio de Janeiro de 1828, visto por H. Trachsler.
Membro das Academias Fluminenses de Letras e Medicina, dos Institutos Históricos de Niterói e Rio de Janeiro e um dos fundadores da Associação de Cartofilia do Rio de Janeiro – ACARJ, foi agraciado com as medalhas José Geraldo de Menezes e José Cândido de Carvalho, da Secretaria de Cultura de Niterói, e com a medalha Tiradentes, da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
Ingressou no IHGB em 1989 como honorário, passando a titular em 1992 e a emérito em 2010, tendo dirigido, por muitos anos, nossa Revista, onde também escreveu, e participado da Comissão de Admissão de Sócios. Arno Wehling evocou-lhe a memória na Tribuna de nosso site, destacando-lhe a dedicação e o sentimento de pertencimento ao Instituto, e o site Cultura Niterói homenageou-o com extensa biografia, fotos de seus livros e a reprodução do artigo “O velho Rio do moço Wehrs”, que lhe dedicou Carlos Drummond de Andrade, a propósito do título quase homônimo do livro de seu avô, por ele traduzido e atualizado.

Marco Maciel, nascido no Recife em 21 de julho de 1940, bacharelou- se em direito pela Universidade Federal de Pernambuco. Foi promotor e Consultor-Geral do Estado, tendo também lecionado Direito Internacional Público na Universidade Católica de Pernambuco.
Foi secretário de Fazenda de seu estado, prefeito do Recife, duas vezes deputado federal, tendo presidido a Câmara no biênio 1977–1979, ministro da Educação e Cultura (1985/1986). chefe do Gabinete Civil
da Presidência da República (1986/1987), elegendo-se, a seguir, senador. Em 1987 assumiu a presidência do PFL e, em 1990, o governo de Pernambuco, após o que foi eleito vice-presidente da República na chapa de Fernando Henrique Cardoso, cargo que exerceu de 1995 a 2003 após o que retornou ao Senado, assumindo, em 2007, a presidência de sua Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania.
Foi membro da Academia Brasileira de Letras, da Academia Pernambucana de Letras e do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano, dentre outras instituições.
Ingressou no IHGB como sócio correspondente em 2006.

DESTAQUES DO PERÍODO

Os destaques no período ficaram para o nonagésimo aniversário dos confrades Alberto da Costa e Silva, na coluna de Ancelmo Gois, de 24 de abril, e Fernando Henrique Cardoso, na edição do Jornal Nacional, de 18
de junho. A ambos nossos parabéns.

EFEMÉRIDES DE 2021

1921 – Centenários de Nascimento – Vasco Mariz (22 jan.), Oscar Dias Corrêa (1 fev.), Wilson Martins (3 mar.), José Arthur Rios (24 maio), Lenine Campos Póvoas (4 jun.), Mario Barata (20 jul.), Hélio Antônio Scarabotolo (1 ago.), Alípio Mendes (9 set.) e Thalita de Oliveira Casadei (12 nov.).

1871 – Sesquicentenários de Nascimento – Pe. João Baptista Hofkmeyer (12 jan.), Ermelino Agostinho de Leão (14 jan.), Arthur Machado Guimarães (9 mar.), Aníbal Veloso Rebelo (28 maio), Alberto Rangel (29 maio), José Bonifácio de Andrada e Silva (12 set.), Eduardo Marques Peixoto (15 out.) e João Lyra Tavares (23 nov.).

1821 – Bicentenários de Nascimento – Miguel Arcanjo Galvão (17 fev.), Visconde de Ubá (12 maio), Francisco Inácio Ferreira (31 jul.), Visconde de Souza Fontes (9 ago.), 2º Marquês de Paranaguá (21 ago.) e Tristão de Alencar Araripe (7 out.).

1971 – Cinquentenários de Falecimento – D. Jaime de Barros Câmara (18 fev.), José Augusto Bezerra de Menezes (28 maio), Thiers Fleming (31 ago.), Levi Carneiro (5 set.) e Antônio da Rocha Almeida (2 out.).

1921 – Centenários de Falecimento – Barão de Alencar (26 mar.), Ernesto Lassance Cunha (6 maio), D. Carlos Luiz d’Amour (9 jul.), Paulo Barreto (23 jul.), Pedro Lessa (25 jul.) e Gregório Thaumaturgo de Azevedo (23 ago.).

1871 – Sesquicentenário de Falecimento – José Martins Pereira de Alencastre (12 mar.), José da Silva Mafra (3 jun.), Francisco Luís da Mota (2 ago.), 2º Barão de Jaguarari (11 ago.), Braz da Costa Rubim (11 ago.), Manoel Ferreira Lagos (25 out.) e João Antônio Lopes da Silveira (25 dez.)

1771 – Bicentenários de Nascimento – Pe. Antônio Marques de Souza (?) e D. Marcos Antônio de Souza (10 fev.)

CLÁSSICOS DA HISTÓRIA

Todas as tentativas de se estabelecer uma divisão clara entre a Idade Média e o Renascimento  resultam num aparente recuo das fronteiras. As pessoas viam na longínqua Idade Média formas e movimentos que pareciam já trazer a marca do Renascimento, e o conceito de Renascimento, para abranger essas manifestações, foi sendo estendido até perder toda a sua elasticidade. Mas o contrário também se aplica: quem for examinar o espírito do Renascimento sem um esquema predefinido há de encontrar muito mais coisas “medievais” nele do que a teoria parece disposta a admitir. No que se refere à forma e ao conteúdo, Ariosto, Rabelais. Margarida de Navarra, Castiglione e todas as artes plásticas estão repletos de elementos medievais. E mesmo assim não podemos deixar o contraste de lado: para nós, Idade Média e Renascimento passaram a ser termos nos quais, de forma tão nitidamente distinta, sentimos o gosto de essência de uma época do mesmo modo como discernimos uma maçã de um morango, muito embora seja quase impossível descrever essa diferença em maiores detalhes.

Johan Huizinga, O outono da Idade Média.
São Paulo: Cia das Letras, 2021, p. 471