Resumo
Movimento comunista deflagrado no Brasil em 1935 foi dominado e, durante 1936, a forte reação governamental cooperou para que o movimento vermelho perdesse muito de sua presença no País. Mas, a Ação Integralista Brasileira, instituição política cópia dos regimes totalitários existentes na Europa, que combatia esse movimento, julgou que deveria haver algo que novamente o evidenciasse, evitando, assim, que se reproduzisse. Para o que elaborou documento de ficção simulando a possibilidade de novo ataque. Este documento chegou às mãos do chefe do Estado-Maior do Exército, Góis Monteiro, que o trouxe a público quando julgou oportuno, com a possibilidade de que o receio de sua veracidade provocasse no Congresso a promulgação do Estado de Guerra, o que facilitaria a continuidade da presidência de Getúlio Vargas e a mudança do regime como o partido dominante desejava. Foi isso que aconteceu e, em 1937, instalou-se no Brasil a ditadura chamada o Estado Novo, contando com o apoio das Forças Armadas e da Ação Integralista, que aderira ante a promessa de Getúlio de colocar seu chefe, Plínio Salgado, em posição que ele próprio chamou de “condestável do país”, à semelhança de Mussolini na Itália. Mas Getúlio, não acreditando na força do integralismo, logo proibiu sua existência, do que resultou como reação, em maio de 1938, a tentativa de uma intentona, facilmente vencida, permanecendo os nove anos de ditadura.
Palavras-chave: Ação Integralista Brasileira; Estado Novo; Revolta Integralista.
|
Abstract
In 1935 Brazil controlled the communist rebellion which had erupted that year and, during 1936, the strong government reaction contributed to the decline of the ‘red’ presence in the country. However, the Ação Integralista Brasileira (AIB), a political organization that mirrored totalitarian regimes that existed in Europe and that opposed the communist, believed there was a need to expose it thus preventing its expansion. To that end AIB drafted a fictional document simulating the possibility of a new attack. That document reached the hands of the Chief of Staff of the Brazilian Armed Forces, Góis Monteiro, who disclosed it when he thought it possible that the fear of its veracity could lead the Congress to declare a State of War which, in turn, would help maintain the Getulio Vargas administration in power. That is indeed what happened and, in 1937, the ‘Estado Novo’ dictatorship was inaugurated, supported by the Armed Forces and by the Ação Integralista, who joined based on Getulio Vargas’ promise to make its leader, Plínio Salgado, the country’s ‘condestavel’, similar to Italy’s Mussolini. Vargas, however, doubted the strength of ‘integralismo’, and soon banned it; in reaction, in May 1938, a rebellion was attempted and easily overcome, bringing forth a dictatorship which lasted nine years.
Key Words: Ação Integralista Brasileira; Estado Novo; Fascist Uprising.
|