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Carlos Francisco Theodoro Machado Ribeiro de Lessa nasceu no dia 30 de julho de 1936 na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Carioca, carioquíssimo que unia a sua denominação patrícia ao fervor e a voracidade com que amava a sua cidade, sua memória e a sua maneira de ser. Atributos, aliás, que fazia valer em tudo o que se metia.

 Em apresentação aqui no Instituto declarou: sou economista, formado na antiga Universidade do Brasil em 1959. Fiz mestrado no extinto Conselho Federal de Economia, em 1960. Obtive o doutorado em 1976 na Unicamp. Gosto de me descrever com uma frase “Sou professor e gosto do que fiz a vida inteira. Tenho ex-alunos de grande valor e alguns canalhas”. A provocação era uma das suas marcas. Vejamos o que diz o seu colega economista, Fábio Sá Earp:

Orador brilhante, usando uma retórica que levava a platéia do enlevo ao riso e daí à indignação, Lessa é há meio século um dos mais populares palestrantes da história do país. Universidades, sindicatos, associações de classe as mais variadas foram palco para sua oratória sedutora, que transformam uma apresentação sobre o árido terreno da economia em uma experiência próxima de uma atividade de entretenimento, permeada por tiradas inesquecíveis¹.

Ensinou economia nas mais diferentes instituições e lugares: no inicio de carreira foi professor no Curso de Formação de Diplomatas do Ministério de Relações Exteriores. Posteriormente, foi professor Instituto Latino-Americano de Planejamento Econômico e Social (ILPES/ CEPAL), do Instituto de Economia da Universidade do Chile, fundador da UNICAMP, onde ensinou Política Econômica. Professor titular, em seguida Emérito de Economia Brasileira da Universidade Federal do Rio de Janeiro (de 1978 a 2005). Foi reitor eleito da UFRJ em 2002, posição da qual renunciou, como declarou à época, para assumir a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social a pedido do presidente Lula.

Professor brilhante e muito apreciado pelos estudantes, ativista da cena político-intelectual talvez essas características tenham contribuído para o fato de que sua contribuição mais importante para o debate político e econômico no Brasil não se deu por meio da obra escrita, mas das aulas e das incontáveis conferências e entrevistas deu praticamente até o final de sua vida, aos oitenta e quatro anos.

Dizia que passou a estudar história e economia política em busca de uma filosofia da história que explicasse a miséria social brasileira². A leitura da Formação Econômica do Brasil de Celso Furtado lhe teria sido fundamental nos inícios³. Foi sensível ao argumento de que o subdesenvolvimento brasileiro era engendrado por mecanismos originários das economias mais desenvolvidas, que resguardavam um papel periférico para a economia brasileira, mecanismos mantidos e reproduzidos internamente por facções poderosas e beneficiárias da elite econômica nacional.

Por oposição, militava pela reorientação das políticas governamentais que deveriam procurar iniciar ou dirigir os investimentos de maneira a garantir um crescimento do país, mais independente e equânime quanto à distribuição de seus resultados entre a população brasileira. Talvez possa por isso tudo ser considerado um filho temporão do ISEB; e certamente um cepalino de primeira grandeza.

¹Sá Earp, Fábio. Carlos Lessa – Memória do IE-UFRJ, R. Econ. contemp., Rio de Janeiro, v. 14, n. 2, p.
423, maio/ago. 2010
²Op.cit. p.424.
³Op.cit. 424.

Aliás, foi ao trabalhar no escritório da CEPAL no Rio de Janeiro que produziu os dois livros que o tornaram conhecido como economista:

Quinze anos de política econômica, em que analisava o processo de industrialização brasileiro desde o final da Segunda Guerra Mundial até 1960, uma deliberada continuação da Formação econômica do Brasil, de Furtado.

O outro livro escrito o manual Introdução à economia — uma abordagem estruturalista, em colaboração com Antonio Barros de Castro. Foi provavelmente a sua obra mais conhecida. Reimpresso em dezenas de edições, o popular Castro & Lessa ficou aqui considerado por muitos como uma espécie de alternativa crítica ao obrigatório e inescapável Introdução à economia do americano e futuro prêmio Nobel Paul Samuelson.

Convivi esporadicamente com Carlos Lessa, mais como ouvinte do que como conversante, situação, aliás, ao mesmo tempo confortável e privilegiada, pelo que aprendi. No entanto, dele guardei vívida uma cena comovente: vejo-o adentrando o velório de Celso Furtado na Academia Brasileira de Letras, com um pequeno grupo de jovens. Trazia nas mãos como uma oferenda a bandeira do Brasil. Dirigiu-se a Rosa d’Aguiar a viúva do economista, e com a sua permissão cobriu o corpo de seu amigo e mentor com o pavilhão pátrio, em um gesto de respeito – e por que não dizer? – de patriota a patriota.

Porque, para que o patriotismo não seja o último refúgio do canalha, como na conhecida frase de Samuel Johnson (no Brasil, ele é o primeiro, emendou Millôr Fernandes) é preciso que ele não seja seqüestrado por nenhuma facção ideológica.

 

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