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Meu artigo de hoje é especial. Dele, muito pouco é escrito por mim, quase todo ele é transcrição de notícia antiga, publicada no republicaníssimo (e hoje decadentíssimo) jornal “O Estado de S. Paulo”, no dia 15/11/1921. Naquele dia, a República brasileira celebrava seu 32º. aniversário; na véspera, falecera em Paris a Princesa Isabel. Vejamos, na ortografia original, o texto que fala por si e dispensa comentários:

“PRINCEZA IZABEL - Paris, 14 - Urgente - Falleceu hoje de manhan no Castello D´Eu a condessa D´Eu. Sua Altesa contava 75 annos de edade. A morte da Princeza Izabel vae ecoar dolorosamente em todo o Brazil, onde a sua lembrança permanecia, ha trinta e dois annos, entre perennes effusões de sympathia e de saudade.

Deram-lhe, a 13 de Maio de 1888, por idéa de José do Patrocinio, o suave cognome de Redemptora. Sob esse cognome, como sob uma auréolahieratica, ficou pairando na consciencia brazileira até hoje, a sua benevola imagem de senhora, de mãe e de princeza. Todos a evocavam com respeito, muitos com ternura, não poucos com intensa devoção. Para todos, portanto, a noticia que hoje se estampa será uma surpresa triste, para muitos uma rajada de amargas emoções.

Com isso, termos, por parte de toda a população que já ultrapassou o cabo dos quarenta annos, uma silenciosa romaria subjectiva pelo passado a dentro. Voltar-se-a aos tempos que precederam de perto o dia da “lei aurea”, que foi tambem, sob outro aspecto, o “dia da Princeza”.

O Brazil todo estremecia sob os choques da campanha abolicionista cada vez mais activa e mais audaciosa e da reacção escravista, cada vez mais desorientada e mais incapaz. A situação tornara-se tensissima. Tensissima, sobretudo, para o Throno.

Politicos ponderados e habeis, como Cotegipe - o chefe do ultimo gabinete antes do libertador - collocavam o problema, para a Monarchia, nos seguintes e claros termos: ou resistir e comtemporisar, ou cahir. Outros políticos não menos illustres, mas no campo adverso, punham a questão nesta dualidade: abolição, ou revolução... Eram dois dilemmas oppostos, ambos serios, ambos fundamentados, ambos reclamando solução, mas solução por actos, que não por formulas e palavras, e por actos decisivos, que não por passos protelatorios.

As duas espadas de dois gumes, apontadas para o Throno vacillante, brilhavam sobre a cabeça de uma fraca mulher... Dentro da alma dessa fraca mulher desencadearam-se as tempestades mais tremendas, que vinha sentindo a (...) consciencia injuncções contrarias que se cruzavam, acompanhadas de ameaças igualmente temerosas, e tudo pondo em tumulto os sentimentos mais profundos da Regente, as suas responsabilidades moraes mais diversas – perante o pae ausente e valetudinario, perante a familia, perante a humanidade, perante as instituições e perante o pais...

Pois, esse passo temivel, diante do qual tremiam os homens mais costumados ao manejo do leme governamental entre procella e arrecifes, por temporaes desfeitos, nesse passo a illustre senhora se manteve firme e serena, entre as ameaças e as intimativas, entre os apodos e as recriminações, com um sorriso nos labios – um sorriso de quem cumpre singelo dever da vida commum, aquelle sorriso brando e maternal que ficou inseparavel da sua imagem, na memoria dos brazileiros.

Não é, pois, verdade, como insinuam ou affirmam tantos, que a princeza Izabel não tivesse outro merecimento, que o de sanccionar uma situação irremediavel. Hoje,
vistas as coisas na perspectiva da historia, a situação nos parece ter sido irremediavel, como pareceu á maior parte dos que a olhavam no momento. Ninguem sabe, porem, o que teria acontecido se houvesse uma resistencia forte por parte do Throno, appellando para a collaboração dos reaccionarios, que não faltavam, e para a habilidade e energia de algum politico destemido e astucioso. Mas, pondo de lado esta questão, fica sempre a maneira superior, a singela firmeza, a calma segurança, diremos o heroismo com que essa fragil senhora, bastante inteligente para comprehender tudo, se conduziu em tão angustiosa conjunctura.

O titulo que lhe deram, de Redemptora, foi bem dado. Não foi ella, certo, quem, por um acto de sua alta benignidade, deliberou conceder a liberdade aos captivos. Mas foi ella - e isto não lhe poderão negar jamais - quem, num momento diffi cillimo para a sua consciencia e para o seu coração, num momento de intrincadissima dificuldade e de perigos terriveis, soube, com um sorriso nos labios, digna filha de reis, acalmar sob uma chuva de flores, uma tempestade onde se jogava a propria existencia da sua Casa e da Monarchia...

É preciso reconhecer que ella foi grande, e reverentemente guardar a sua memoria sagrada - sobretudo agora que a nobre senhora, longe do seu paiz que amou tanto, paira para a eternidade morrem os echos das tempestades passadas!” [até aqui, a trancrição.]

Trata-se, como veem os leitores, de um texto insuspeito, que faz justiça à Princesa. Reconhece seu papel eminente na aprovação e, afinal, na promulgação da Lei Áurea. Já em 1870, quando se debatia a Lei do Ventre Livre, o procedimento da Princesa foi idêntico.

Armando Alexandre dos Santos - É doutor na área Filosofia e Letras, membro do círculo Monárquico de Piracicaba.

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