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Enlace de civilizações Batistério romano de Butrint, considerado um dos maiores do período da antiguidade tardia e medieval, com a fonte batismal ao centro cercada por sete círculos, totalizando oito, o número cristão da eternidade e da salvação, tema do seu mosaico expresso como a água do batismo e da vida. (Sítio arqueológico de Butrint, Sarandë, Albânia)

A História está longe de ser um mero saber do passado. As reconstruções desse passado que ela procede em dado tempo e espaço influem na construção do futuro por atitudes, ideias e decisões que assumimos no presente. O pensar histórico é, portanto, intrinsecamente prospectivo.

 

O final do século XX, encerrado com o colapso da União Soviética, acontecimento tomado por Fukuyama como sinal do fim da História, foi uma época de grandes livros, em que inteligências como Raymond Aron, Norberto Bobbio e Tony Judt fizeram a tomada de contas de uma era de rupturas poucas vezes vistas.

 

Outros autores estenderam seu olhar ao passado mais distante para ousarem prescrutar o século em que vivemos. Recuando ao XVI, Paul Kennedy havia previsto o fim da União Soviética em “Ascenção e Queda das Grandes Potências” e Samuel Huntington produziu aquela que talvez tenha sido a obra mais impactante daquele fin de siècle, “O Choque de Civilizações”, na qual antecipou o cenário das primeiras décadas do século inaugurado no 11 de Setembro.

 

O que hoje reverbera como recuo da democracia, ameaça civilizacional e desconstrução da ordem mundial Huntington antecipou ao alertar que a sobrevivência do Ocidente depende “de os ocidentais aceitarem que sua civilização é singular e não universal, e se unirem para renová-la e preservá-la diante dos desafios por parte das sociedades não ocidentais”.

 

Entretanto, o tempo em que percebemos o que nos acontece é demasiado estreito e inseguro, na medida em que o próprio entendimento de civilização vem sendo esquecido. Torna-se necessário ir além da visão de momento, buscando referências de pensamento que se elevem além do seu próprio tempo.

 

Dois dos maiores historiadores do século XX fizeram isso: Fernand Braudel e Arnold Toynbee, as referências estruturais de “O Choque de Civilizações”.

 

Braudel não é somente a perspectiva civilizacional pelo espaço. Mais até do que pela sua obra mais famosa “O Mediterrâneo e o Mundo Mediterrânico”, Braudel desenvolveu sua história das continuidades por outra obra de ainda mais fôlego “Civilização Material, Economia e Capitalismo: séculos XV a XVIII”, desdobrada em três volumes: I) as Estruturas do Cotidiano, o possível e o impossível; II) Os Jogos das Trocas; III) O Tempo do Mundo, escrita entre 1952 e 1979. Nela conclui que, no final dos anos 70, a continuidade dizia respeito apenas ao Ocidente, desaparecido o capitalismo de uma grande parte da Terra pelas “experiências dramáticas levadas a termo nos países socialistas”. Assim, no que diz respeito às civilizações, a longa investigação de Braudel terminou por assinalar a singularidade do Ocidente pela continuidade da evolução social e econômica na direção do capitalismo, contrastada com a de outras sociedades, nas quais, em verdade, o capitalismo jamais deitou raízes profundas, do que as “experiências traumáticas dos socialismos” e as formas deterioradas de capitalismo de Estado são emanações de outras descontinuidades.

 

Toynbee é autor do mais amplo e profundo estudo comparativo de civilizações. Em “Um Estudo da História”, escrito entre 1920 e 1972, cobrindo um período de 5.500 anos, Toynbee, historiador da humanidade, identificou trinta e quatro civilizações, desenvolvidas e abortadas, entre elas a ocidental, cuja antecessora é a helênica, à qual está afiliada através da Igreja.

 

Assumindo que sociedade é “o conjunto de relações entre os seres humanos” e que a cultura – “regularidades no comportamento interno e externo dos membros de uma sociedade” - incorpora valores, Toynbee define civilização em termos espirituais, uma conclusão que dá significado à sua assertiva de que é impossível a civilização ocidental deixar de ser cristã.

 

A continuidade pela História empresta a cada civilização um caráter único, em cujo meio floresce uma cultura. Levar isso em conta é útil para compreender o mundo multicivilizacional em tumulto no qual vivemos e para evitar outros fracassos como o primeiro sofrido pelo Ocidente no século XXI: o multiculturalismo.

 

Reconhecer a civilização, no dizer de Huntington, como “o mais alto agrupamento cultural e o mais amplo nível de identidade cultural” pode evitar o próximo desengano do Ocidente: o identitarismo. Afinal, a partir da admoestação de Claude-Levi Strauss de que “não se pode observar, isto é, verdadeiramente compreender nenhuma cultura a menos que se esteja firmemente enraizado na própria cultura”, conclui-se que cada civilização tem o seu caráter que só pode ser compreendido a partir dela mesma.

 

Mais prudente é reconhecer que, pertencendo a uma humanidade comum, somos produto de uma continuidade que permeia a nossa existência e condiciona a nossa vida social, coexistindo com outras culturas ao redor do mundo.

E já será muito.

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