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Atividades e Notíciários

 

Abertura

Colóquio Luso-Brasileiro "Bicentenário da Transferência da Corte Portuguesa para o Brasil"

 229 abertura1

Dando seqüência à jornada tripartite de celebrações do bicentenário da transferência da Corte portuguesa para o Brasil, iniciada em novembro de 2007, em Lisboa, na Academia Portuguesa da História, retomada, no início de maio, em Salvador, no Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, realizou-se, de 19 a 21 de maio, no IHGB, a última fase, com um Colóquio Luso- Brasileiro, reunindo historiadores das três instituições e pesquisadores especialmente convidados.

A conferência de abertura coube ao professor Arno Wehling, presidente do IHGB, que falou sobre Themis na monarquia tropical: a estrutura da Justiça no Brasil joanino, a do 2º dia à professora Manuela Mendonça, presidente da Academia Portuguesa da História, que falou sobre Um reino na Europa e um rei na América, e a de encerramento ao embaixador Alberto da Costa e Silva, presidente da Comissão para as Comemorações da Chegada de D. João e da Família Real ao Rio de Janeiro, da Prefeitura do Rio de Janeiro, que discorreu sobre D. João, Carlos Magno e os reis do Congo.

Foram realizadas cinco mesas-redondas, tendo por temas "A nova sede da monarquia: a inversão brasileira", com a participação de Maria de Lourdes Viana Lyra, Luis Felipe Seixas Correa Antonio Pedro Vicente; "A economia e o livre comercio", com exposições de Elysio de Oliveira BelchiorFrancisco Vinhosa e Hélio Leôncio Martins; "A sociedade e as novas relações estabelecidas", com Mary Del PrioreLilia Schwarcz e Miguel Monteiro; "A metropolização da cidade do Rio de Janeiro", com comunicações de Leila Mezan Algranti, Mauricio Abreu e Carlos Alberto Figueiredo, e "A circulação das idéias", com comunicações de Cybelle de IpanemaIsabel Lustosa e Tânia Maria Bessone.

Tais sessões foram presididas, respectivamente, por Manuela Mendonça, Edivaldo M. BoaventuraMarilda CiribelliConsuelo Pondé de Sena e Miguel Monteiro.

Ao final do primeiro dia, a Diretoria do IHGB ofereceu aos participantes um coquetel no terraço.

229 abertura2 
foto: Ivanoé

Na tarde do 2º dia, com a presença do cônsul de Portugal no Rio de Janeiro, embaixador Antonio José de Almeida Lima, do representante do prefeito César Maia, Sr. Paulo Bastos, e do presidente do Real Gabinete Português de Leitura, Antonio Gomes da Costa, foi lançada a edição brasileira de O Rio de Janeiro no século XVI, de Joaquim Veríssimo Serrão, quando também fizeram uso da palavra os presidentes do IHGB e da APH, evento este seguido do descerramento da placa de bronze comemorativa pelo cônsul português.

À noite do mesmo dia, os presidentes do Real Gabinete Português de Leitura e do Liceu Literário Português, Antonio Gomes da Costa e Francisco Gomes da Costa, ofereceram um jantar aos expositores do Colóquio, na sede da Federação das Associações Portuguesas, em Laranjeiras.

E, no dia 22, com a agenda livre, os participantes, ciceroneados pelo almirante Armando de Sena Bittencourt, tiveram oportunidade de conhecer a baía de Guanabara, em passeio turístico organizado pela Diretoria do Patrimônio Histórico e Cultural da Marinha.

O Colóquio teve o apoio da Prefeitura do Rio de Janeiro e o apoio do Real Gabinete Português de Leitura e do Liceu Literário Português.

 

Abertura

A Louça Joanina na Coleção do Instituto

 230 abertura

Tema controverso para historiadores e colecionadores é o dos serviços de mesa trazidos pelo Príncipe Regente, quando da transferência da Corte para o Brasil, ou aqui adquiridos para uso da Casa Real. E a razão de tal fato é a ausência, ou pelo menos a não localização até a presente data, aqui ou em Portugal, de documentação idônea, seja pelo desaparecimento dos arquivos dos Condes de Redondo, em que, segundo consta, existiria minucioso inventário das peças embarcadas com a Família Real, seja pela lacônica descrição das alfaias dos Paços Imperiais, quando do Leilão de 1890.

Eldino Brancante, José Roberto Teixeira Leite e Nuno de Castro, atendo-se aos serviços de Companhia das Índias, contabilizam dez. Gastão Penalva e Alcindo Sodré, louvados no acervo das coleções Carlos Frederico da Silva, hoje no Museu Imperial, e Andrade Pinto, doada por este ao Instituto, que incluem porcelanas européias, chegam a um pouco mais.

Dos oito serviços de jantar da Companhia das Índias tidos como de D. João VI - Galos (A), Pavões, Corças, Correios, Pastores (B), das Rosas, Vista Grande (C) e Vista Pequena - o Instituto possui exemplares dos primeiro, quinto, sétimo e oitavo, assim conhecidos em razão dos padrões de decoração. E, dos doze serviços de porcelana européia, oito - Reino Unido(D) e Camaristas, em porcelana francesa, Espinha de peixe e os chamados 'de barra bordeaux' (F), 'sépia e verde' e "de barra rosa", em porcelana possivelmente também francesa, o de "Wedgwood" (E) e o conhecido também como "das Rosas", em porcelana inglesa.

De todos esses, o mais significativo é o do chamado Reino Unido, por ter as armas portuguesas do período em que o Brasil foi elevado a reino, com Portugal e Algarves (1815), em peças com e sem decoração de paisagens, sendo o Instituto, ao que consta, a única instituição a ter um exemplar com marca de fábrica, a célebre manufatura de 'Mme. la Duchesse d'Angoulême', à Paris' então dirigida por P. L. Dagoty e E. Honoré. Tal serviço, juntamente com um de chá, em tom vermelho-ocre, de Companhia das Índias, presenteado a D. João VI pelo imperador da China, do qual existem exemplares nas coleções dos Museus Histórico Nacional e Imperial, e outro, em porcelana européia, de cor verde, na coleção do Palácio de Queluz, em Lisboa, são os únicos serviços armoriados, que se conhecem, do período joanino.

A bibliografia especializada registra, ainda, um serviço de chá, em Companhia das Índias, com as efígies do Príncipe Regente e de D. Carlota Joaquina, ao que parece comemorativo do casamento.

Coincidem, todavia, os estudiosos - Wanderley Pinho e Newton Carneiro, à frente - em que a chegada da Corte despertou, na burguesia local, o gosto pela mesa requintada, substituindo os velhos pratos de metal e de barro, encontradiços nos inventários da Colônia, pelo luzido acabamento das peças de porcelana, primeiramente do Oriente e, já no segundo quartel do século XIX, da Europa. A partir daí, os nobilitados pela Coroa passaram também a assinalar seus serviços com escudos, coroas e monogramas, dando origem às hoje disputadas coleções de louça brasonada, de que o Instituto e os museus Histórico Nacional, Imperial e de Arte da Bahia possuem expressivas coleções.

Abertura

Os Registros Sonoros na Coleção do IHGB

 231 abertura

Dentre as raridades que o IHGB possui em seu acervo estão os registros sonoros de antigas campanhas eleitorais, de eventos históricos e de vozes de figuras de destaque na vida pública brasileira.

São 23 discos de vinil, que, além de resgatarem vultos e fatos marcantes da história nacional, têm o condão de nos transportar, no tempo, a momentos ainda bem vivos na memória de muitos.

Um apanhado de alguns de seus títulos é suficiente para demonstrar o valor de tal fonoteca: discursos de Getulio Vargas, na escadaria do Palácio Tiradentes, quando de sua posse, em 1951, na presidência da República1;marchas, sambas e hinos das campanhas presidenciais de Eduardo Gomes (Salve o Brigadeiro e Asas do Brasil), Getulio (Às urnas, Avante brasileiros,A voz do povo) e Adhemar de Barros (Mensagem ao Sul)2; Carlos Lacerda, no Caminhão do Povo (1954)3, nas convenções da U.D.N.(1960), que lançaram as candidaturas de Janio Quadros à presidência (Rio - Cidade indomável) e a sua própria ao governo da Guanabara (Fala da manhã que nasce)4; Afonso Arinos, na Câmara dos Deputados, sobre o 11 de novembro (A voz do silêncio, 1955); e Tancredo Neves, no comício das Diretas Já e em sua campanha presidencial (1984)5; gravações de pronunciamentos de Rui BarbosaRio BrancoWashington Luis,Oswaldo AranhaRondon e Roquette Pinto, ao vivo; do Hino Nacional entoado pelos pracinhas da FEB, na Catedral de Pisa, no Dia da Vitória; da ‘Carta Testamento’, de Getulio Vargas, na interpretação de Silvino Neto6, e da inauguração da Adutora do Guandu (Água, afinal!).

A estes podem somar-se, já em fitas cassetes, os discursos dos presidentes José Sarney e Fernando Henrique Cardoso, em suas posses como presidentes de honra do IHGB, assim como os dos presidentes Jorge Sampaio e Aníbal Cavaco Silva, de Portugal, em iguais circunstâncias.

Abertura

A Coleção de Leques Históricos do Instituto

 232 abertura

Pequena, mas expressiva, é a coleção de leques históricos do Instituto.

Oriundo de tempos remotos, e figurando até mesmo em pinturas murais do Egito e da Assíria, o leque firmou-se na China, passou à Europa na Idade Média, conquistou-lhe os salões com Catarina de Médicis e chegou ao Brasil com a corte joanina, no início do século XIX.

De formato, material e decoração diversos – havia-os em folha ou disco, plissados, franzidos e em forma de bandeira ou ventoinha; de plumas, penas, papel, madrepérola, marfim ou xarão; pintados, rendados ou ornamentados – e fixados entre duas varetas externas, servia de abano contra os rigores do clima, complemento à indumentária feminina e instrumento, por excelência, de galanteria e sedução.

Escragnolle Doria, um dos melhores conhecedores de nossa vida social, citando um velho cronista francês, viu nele “uma forma de linguagem”. Linguagem, dizia ele, essencial à mulher que aspirasse entrar em salões, pois servia, à perfeição, aos “amáveis ou pérfidos engenhos da faceirice”.

Desde o século XVII, em França, ao que informa a literatura especializada, passou o leque a abrigar, em sua decoração, quadros célebres, temas satíricos e representações históricas, representação esta iniciada, no Brasil, com os fatos ligados à chegada da Família Real e os sucessos que se lhe seguiram.

Variada é a lista de efemérides em tal suporte, a começar com os comemorativos da chegada da Família Real ao Rio de Janeiro, da abertura dos portos, da coroação de D. João VI e da elevação do Brasil a Reino Unido de Portugal e Algarves, todos de procedência provavelmente chinesa, encontrados nas coleções de nossos principais museus.

Seguem-se os do reconhecimento da Independência do Brasil pelo plenipotenciário Charles Stuart, da Inglaterra (antiga coleção da viscondessa de Cavalcanti, hoje no IHGB), apontado por Max Fleiuss, em artigo na Ilustração brasileira, n. 3, de julho de 1935, como o de maior importância, e do qual o barão do Rio Branco mandou, inclusive, fazer uma cópia para o Palácio do Itamarati; o da organização política do Império (proveniente da mesma coleção); o da sagração e coroação de D. Pedro I (da antiga coleção Andrade Pinto, como o precedente hoje também no IHGB); os da coroação e maioridade de D. Pedro II (da coleção do Museu Imperial), da própria proclamação da República (coleção do Museu Histórico Nacional) e tantos mais.

Além desse primeiro núcleo, possui, ainda, o IHGB exemplares, em número de seis, de um segundo grupo, de leques pintados, que pertenceram à princesa Isabel, e um terceiro, de peças outras, em número de quatro, destacando-se um de madrepérola e marfim, com elementos fitomorfos e folha de renda irlandesa, com o monograma coroado da baronesa de Javari, adquirido à família Dodsworth Martins.

Escragnolle Doria dedicou-lhes a melhor das elegias, nas páginas da Revista da Semana, de 15 de janeiro de 1921, quando escreveu: “Velhos leques históricos, repousais em caixas de veludo, de vidro, até em quadros, lembrando asas de grandes borboletas mortas. Quanto vós exprimis!”
Banido dos salões pelos ventiladores, os leques caíram em desuso e viraram peças de museu. Belas peças, por sinal, como o próprio Museu Nacional de Belas Artes se incumbiu de mostrar em pioneira exposição, em dezembro de 1944, e o IHGB exibe em seu museu.

Abertura

IHGB Sedia Premiação do Concurso de Redação Sobre os 200 Anos de Chegada da Família Real

 233 abertura1

Em solenidade realizada em 24 de setembro, no Salão Nobre do Instituto, o jornal Folha Dirigida, o IHGB e o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Rio de Janeiro (Sinepe-Rio) e com o apoio do Liceu Literário Português e do Real Gabinete Português de Leitura, realizaram a premiação dos vencedores do Concurso de Redação, que promoveram, sobre ‘A chegada da corte portuguesa e a transição para a Independência’.

 233 abertura2

O concurso contou com a participação de 22.714 alunos da 8ª série do ensino fundamental e das três séries do ensino médio da rede pública e particular do Rio de Janeiro. Destes, cem tiveram os textos incluídos na Coletânea que foi lançada na ocasião. Aos cinco primeiros colocados foram ainda conferidos prêmios especiais - notebook, computador, câmera digital, MP4 Player e scanner. Todos os participantes receberam também livros dos organizadores.

Além dos representantes das instituições promotoras, a mesa diretora dos trabalhos contou com a presença das professoras Sonia Maria Souza Rosas, representante da Secretaria Municipal de Educação, Maria de Lourdes de Aguiar Freyre, da Fundação Cesgranrio, do Sr. Horacio França Rolim de Freitas, representante do Liceu Literário Português e do Real Gabinete Português de Leitura.

233 abertura3 

Os cinco primeiros colocados foram os alunos Felipe Rembold Petraglia (Colégio São Bento), Julia Esteves Abreu (Colégio Andrews), Helena Zani Morgado (Colégio Santo Inácio, Guilherme Cinti Allevato (Colégio São Bento) e João Victor Barbosa de Mello (Colégio Pedro II – Niterói).

Entrevistado pela Folha Dirigida, o presidente Arno Wehling destacou que a importância para a História brasileira do período fora bem percebida e expressada pelos participantes e recordou a lição de Chesterton: “aqueles que melhor perceberam o futuro tinham os olhos fixos no passado”.

 

Número 234

Abertura

IHGB Comemora 170 Anos

234 abertura1
Foto: Ivanoé

Realizou-se, em 21 de outubro, a Sessão Magna comemorativa do 170º aniversário de fundação do Instituto.

A solenidade foi aberta com a execução do Hino Nacional pela Banda do 1º Batalhão de Guardas Batalhão do Imperador e a leitura das Efemérides do barão do Rio Branco. O presidente Arno Wehling pronunciou o discurso memorativo, detendo-se, este ano, no papel da sociabilidade na vida institucional.

“A própria natureza de uma academia - acentuou - envolve a idéia de união e esta por sua vez tem como corolários o convívio e a sociabilidade. Bernardin de Saint-Pièrre fala da indispensabilidade de “reunir as verdades dispersas por toda a terra”. Xavier Heuschling, no Dictionnaire générale de la politique, de 1864, afirma ser necessária “a unidade na multiplicidade: tal é a lei da natureza, na ordem intelectual e moral, como na ordem material. Daí também a necessidade da reunião dos homens que pensam, para concentrar num local comum suas idéias isoladas e esparsas”.

Seguiu-se a leitura do Relatório de Atividades do ano social, pela 1ª. secretária Cybelle de Ipanema, e o elogio dos sócios falecidos no período pelo orador José Arthur Rios. Foram, então, lembrados D. Pedro Gastão de Orléans e BragançaOdilon Nogueira de MatosArivaldo Silveira FontesFrieda WolffJosé Fortuna Andréa dos SantosJohn W. Foster DullesBraz Augusto Aquino BrancatoMaria Cecília Ribas Carneiro e Nicia Vilela Luz.

234 abertura2 
Foto: Ivanoé

A seguir, foram homenageados os funcionários com mais tempo de casa: Everaldo C. Santana (20 anos), José Luiz de Souza (27), Pedro Tórtima (30 anos), Maura Corrêa e Castro, Célia da Costa e Lúcia Alba da Silva (34 anos) e Anésio Ignácio S. Filho (42 anos), visto na foto, os quais receberam do presidente, sob aplausos, placas alusivas.

O ato contou com a presença do cônsul de Portugal no Rio de Janeiro, embaixador Antonio Almeida Lima, de nosso sócio correspondente em Portugal, D. Carlos Tasso de Saxe-Coburgo e Bragança, do presidente do Real Gabinete Português de Leitura, Antonio Gomes da Costa, de Jaime Antunes da Silva, diretor-geral do Arquivo Nacional, do decano do Instituto, Luiz de Castro Souza, de Reinaldo Carneiro Leão, representante do Instituto Arqueológico Pernambucano, o mais antigo dos estaduais, do jornalista Adolfo Martins, diretor do GrupoFolha Dirigida, todos à Mesa, das delegações participantes do IV Colóquio dos Institutos Históricos Brasileiros e de sócios e convidados.

Na oportunidade foi também descerrada, pelo decano do Instituto, uma placa comemorativa dos 170 anos, com os nomes dos 27 fundadores e do patrono do Instituto, D. Pedro II.

Ao final, a diretoria ofereceu a autoridades, sócios, convidados e funcionários um coquetel no terraço.

 

Abertura

O Centenário de Claude Lévi-Strauss

235 abertura 

Pela terceira vez, em seus cento e setenta anos de existência, o IHGB assiste sócios seus transporem, em plena lucidez, a marca dos 100 anos: a primeira, em 1906, com seu sócio honorário o visconde de Barbacena; a segunda, em 1997, com seu então decano Barbosa Lima Sobrinho, e a terceira, em 28 do corrente, com seu sócio correspondente estrangeiro Claude Lévi-Strauss.

Saudado pelos meios acadêmicos da França e do Brasil como um dos ícones da Antropologia do século XX, Lévi-Strauss foi homenageado, em Paris, no Museu do Quai de Branly, por 100 personalidades que leram textos de sua autoria, enquanto fotos de suas viagens pelo mundo eram projetadas nas paredes do museu.

Nascido na Bélgica e formado em Filosofia, esteve no Brasil, na década de 30 do século passado, quando realizou trabalhos de campo, primeiramente, com os índios bororós e, depois, com os nhambiquaras de Mato Grosso, cuja cultura viria a marcar profundamente seu pensamento, levando-o a fazer da distinção rousseauniana entre ‘estado de sociedade’ e ‘estado natural’ um instrumento de método para suas pesquisas.

Considerado o pai da Antropologia Estrutural, é autor de clássicos como As estruturas elementares do parentesco (1949), Antropologia Estrutural(1958) e O pensamento selvagem (1962) e de textos outros ligados ao período em que viveu no Brasil – Tristes trópicos, Saudades do Brasil eSaudades de São Paulo, cidade em que iniciou sua carreira universitária, lecionando, de 1935 a 1938, Sociologia na USP.

Sua contribuição à diversidade cultural – ele, que, há 70 anos, fora voz solitária a denunciar os riscos da globalização para as identidades nacionais (discurso que Milton Santos viria a retomar, quando o fenômeno já assumira as proporções hoje conhecidas) – foi destacada pelos estudiosos de sua obra, como Wicktor Stoczkowski, seu colega no Laboratório de Antropologia Social do Collège de France, em entrevista ao caderno ‘Prosa & Verso’, de O Globo, de 15 de novembro, comemorativo do centenário.

No Brasil, dois eventos assinalaram a data: o lançamento, pela UFMG, do livro Lévi-Strauss – Leituras brasileiras, organizado pelos antropólogos Ruben Caixeta de Queiroz e Renarde Freire Nobre, e o seminário promovido pela USP, de 28 de novembro a 7 de dezembro. A citada edição do ‘Prosa & Verso’ informa, ainda, o lançamento, em Paris, do filme ‘Trópico da saudade’, de Marcelo Flores, e a tradução de sua obra completa, para a Cosac Naif, por Beatriz Perrone-Moisés.

No IHGB, coube a Maria Beltrão, sua ex-aluna, recordar-lhe a figura na sessão da CEPHAS, de 1 de outubro, e em artigo em O Globo, de 30 de novembro, sob o título ‘O caminhante solitário faz 100 anos’.

Abertura

Presidentes de Honra, Uma Galeria Ilustre

237 abertura
Visita do Rei Alberto ao Instituto Histórico e 
Geográfico Brasileiro em 21 de setembro de 1920

Desde cedo, sentiu o Instituto necessidade de dispor, em seu Estatuto, sobre o lugar de honra que deveria caber, em seu organograma, aos príncipes da Família Imperial brasileira e soberanos e príncipes estrangeiros, a quem, no exercício de sua alta representação cultural, quisesse distinguir.

E isto porque o seu Estatuto de fundação, não cogitando sequer do patrocínio que pouco depois fora pedir ao Imperador menino, ficara silente quanto a tal matéria. Já em 1839, porém, havendo aquele aceito o título de Protetor e passando o Instituto a gozar da proeminência de todos sabida, tornou-se imperioso regular a matéria, o que foi feito na sessão de 3 de junho de 1841, criando-se uma categoria especial de sócios, denominada de presidentes honorários, a ser constituída pelos príncipes da Família Imperial e integrantes das casas soberanas estrangeiras, com quem o Instituto quisesse “ter essa contemplação” (RIHGB, 3, p. 247-248), alteração essa aprovada por D. Pedro II em 28 do mesmo mês (Idem, p.347-348).

O primeiro a integrar a galeria foi o rei D. Fernando, de Portugal (1841), seguindo-se-lhe o príncipe de Joinville e o conde d’Áquila, cunhados de D. Pedro II, e o príncipe real da Dinamarca, que viria depois a reinar com o nome de Cristiano IX (todos em 1843), o príncipe D. Afonso (1845), o duque de Saxe e o conde d’Eu (1864), respectivamente filho e genros de D. Pedro (*).

O Estatuto de 1890, atento à realidade do país criada pelo regime republicano, deu nova configuração à referida categoria, destinando-a ao presidente da república e chefes de estado estrangeiros (art. 4º, § 5º). Com a reforma de 1912, a investidura em questão passou a ser tratada como distinção honorífica e não mais como categoria associativa (art. 15), estendendo-se a possibilidade de sua concessão a ex-presidentes efetivos do próprio Instituto, critério ratificado pelos Estatutos posteriores, com pequenas variações de redação, até a presente data.

Ao longo do período, foram distinguidos com essa condição mais três reis e 11 presidentes de nações estrangeiras (*).

Portugal encabeça a lista, com cinco investidos - o rei D. Carlos (1896) e os presidentes Craveiro Lopes (1957), Américo Tomás (1971), Jorge Sampaio (1999) e Cavaco Silva (2008) -, seguido pela Argentina, com quatro - Miguel Juarez Celmán (1889), Julio Roca (1899), Saenz Peña (1911) e Agustín Justo (1934).

França, Estados Unidos da América e Suíça figuram, cada um, com um representante - Sadi Carnot (1892), Grover Cleveland (1896) e Walter Hauser (1900) - e Bélgica e Espanha com os reis Alberto I (1920) e Juan Carlos I (1983).

Dos 35 presidentes brasileiros, 23 foram investidos em tal condição(*): Deodoro da Fonseca (1891), Prudente de Morais (1894), Campos Sales (1899), Rodrigues Alves (1902), Afonso Pena (1907), Nilo Peçanha (1909), Hermes da Fonseca (1911), Wenceslau Braz (1915), Epitácio Pessoa (1919), Artur Bernardes (1923), Washington Luís (1927), Getulio Vargas (1934), Eurico Dutra (1947), Café Filho e Juscelino Kubitscheck (1961), Castelo Branco (1964), Costa e Silva (1967), Garrastazu Médici (1970), Ernesto Geisel (1974), João Figueiredo (1978), José Sarney (1987), Fernando Collor (1991) e Fernando Henrique (1999), estando o Instituto no aguardo de agenda do Planalto para investidura do presidente Luis Inácio Lula da Silva, nos termos do art. 8º do Estatuto.

Já no tocante aos ex-presidentes do Instituto, apenas Américo Jacobina Lacombe foi investido em tal condição (1991).

Em 1972, o Instituto, por deliberação de sua Assembléia Geral de 26 de julho, dando interpretação analógica ao art. 4º de seu e Estatuto, conferiu ao professor Marcelo Caetano, então primeiro ministro de Portugal, com visita oficial marcada ao Brasil, o título de vice-presidente honorário (RIHGB, 297, p.299).

(*) Pesquisa de Célia da Costa, chefe da Hemeroteca.

 

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Diretor Geral do Inepac abre o Ano Social do Instituto

238 abertura1
Foto Ivanoé

As atividades do ano social foram abertas em 25 de março com uma conferência do diretor geral do Instituto Estadual de Patrimônio Artístico e Cultural – INEPAC, Marcus Monteiro, sobre o tema “O INEPAC e o inventário do patrimônio histórico do Rio de Janeiro: conhecer para preservar”.

Marcus Monteiro fez ampla exposição sobre os trabalhos que o referido órgão vem realizando para proteção do patrimônio histórico fluminense, com especial destaque para dois dos projetos em andamento: os inventários das fazendas de café da antiga província do Rio de Janeiro e da arte sacra fluminense.

Do primeiro, destacou o minucioso levantamento arquitetônico e histórico levado a efeito pelos técnicos do órgão em 100 fazendas da região, cujas sedes foram devidamente descritas e fotografadas, além de terem suas plantas de situação levantadas, e do segundo, o inventário da imaginária sacra das diversas igrejas e capelas do estado, com a localização e recuperação, inclusive, de exemplares extraviados. Igualmente, a reedição, agora ilustrada, de dois livros de fundamental importância para o conhecimento daquele patrimônio: o tomo X do Santuário Mariano, de frei Agostinho de Santa Maria (1723), e As visitas pastorais de Monsenhor Pizarro (1794-1795), cujos originais se acham na Cúria Metropolitana do Rio de Janeiro. Anunciou, também, para breve o lançamento de novo projeto, em DVD, cobrindo o que restou das quatro cidades invisíveis do Rio de Janeiro – Estrela, Iguaçu, Santo Antônio de Sá e São João Marcos – tragadas pelo progresso.

238 abertura2
Foto Ivanoé

Ao final da solenidade, o presidente Arno Wehling fez a entrega aos historiadores Kenneth Light e Eugênio Ferraz, vistos nas fotos, respectivamente, da medalha e diploma de menção honrosa da 2ª edição do Prêmio Pedro Calmon, outorgado pelos Institutos Históricos Estaduais, quando de seu IV Colóquio, pelos livros: A viagem marítima da família real: a transferência da Corte Portuguesa para o Brasil e Monumentos históricos fazendários.

238 abertura3
Foto Ivanoé

Em seguida, os convidados foram recepcionados com um coquetel no terraço.

O ato foi prestigiado por numerosos representantes de instituições culturais, destacando-se os presidentes das fundações Alexandre Gusmão e Casa de Rui Barbosa, os diretores dos Museus Imperial e da Marinha, o superintendente da VI Região do IPHAN, os presidentes da Academia Brasileira de Filologia e do Colégio Brasileiro de Genealogia, além do Cônsul Geral de Portugal no Rio de Janeiro, do presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo, de membros do Conselho Estadual de Tombamento e de inúmeros sócios e convidados.

O IHGB recebeu, ainda, numerosas mensagens de congratulação, destacando-se a do presidente da República, em exercício, José Alencar, dos presidentes da Câmara dos Deputados e do Supremo Tribunal Federal, do governador Sergio Cabral, dos ministros da Justiça e Educação, dos presidentes da Assembléia Legislativa e do Tribunal de Justiça do estado, da secretária de Educação, do vice-prefeito e dos presidentes da ABL e da FIRJAN.

PRESIDENTES DE HONRA, UMA GALERIA ILUSTRE - Errata:
Na matéria de capa do número 237 de nosso Noticiário, constou, por lapso, haver o presidente da Guatemala, Manuel Cabrera, sido eleito Presidente de Honra, do IHGB, em 1904 quando, em verdade, o foi para o quadro de sócios correspondentes.

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