Uma tribuna para que os sócios possam publicar visões, análises, ensaios de conjuntura ou outros conteúdos relevantes do ponto de vista histórico ou cultural alinhados à missão institucional.
A História está longe de ser um mero saber do passado. As reconstruções desse passado que ela procede em dado tempo e espaço influem na construção do futuro por atitudes, ideias e decisões que assumimos no presente. O pensar histórico é, portanto, intrinsecamente prospectivo.
Decisões erradas na área de energia deixarão ônus a ser carregado pelos próximos 30 anos ou mais.
O festival de decisões erradas que vem sendo tomadas nos últimos tempos na área de energia vai deixar uma herança maldita para quem terá que pagar por elas.
Meu artigo de hoje é especial. Dele, muito pouco é escrito por mim, quase todo ele é transcrição de notícia antiga, publicada no republicaníssimo (e hoje decadentíssimo) jornal “O Estado de S. Paulo”, no dia 15/11/1921. Naquele dia, a República brasileira celebrava seu 32º. aniversário; na véspera, falecera em Paris a Princesa Isabel. Vejamos, na ortografia original, o texto que fala por si e dispensa comentários:
Parecia improvável que aparecesse no Brasil alguém com a coragem ou a irresponsabilidade de defender o nazismo. Pois é que isso surgiu, na pessoa do podcaster Monark (Bruno Aiub), com o apoio do deputado federal Kim Kataguiri (Podemos-SP).
O estrago que a polarização vem causando parece não ter fim.
Marco Maciel
Em 12 de junho de 2021, aos 80 anos, morria Marco Maciel. Advogado e político, foi deputado, governador de Pernambuco, senador e serviu como o 22.º vice-presidente da República de 1995 a 2003. Ao percorrer seu imenso currículo no portal da Academia Brasileira de Letras, onde ocupava a cadeira 39, vejo em primeiro lugar na lista de títulos que lhes foram outorgados - e tenho certeza que agradaria a Maciel tê-lo aqui citado – o de Tricolor do Século dado pelo Santa Cruz Futebol Clube, o time das massas populares, da “poeira”, como era chamado o povo pobre do Recife, pelo menos à época em que o nosso futuro sócio correspondente ingressava na Faculdade de Direito, no final da década de 1950.
Depois de circular na rede como importante descoberta da troca de cartas em tupi entre indígenas no Nordeste brasileiro do século XVII, um artigo originalmente publicado no jornal da USP serviu de base para matéria veiculada no Jornal Nacional em 12 de novembro, 6a feira, na qual os índios são apresentados como os derrotados de uma História contada pelos vencedores.
No dia 24 de maio se comemorou o centenário de nascimento de um grande amigo e mestre muito querido. Refiro-me ao Dr. José Arthur Rios, do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, falecido em 2017, aos 96 anos de idade, lúcido e ativo, cheio de projetos.
Para esta edição comemorativa da centésima edição da Revista HC tivemos a honra de contar com um artigo do professor e historiador Jali Meirinho, membro emérito do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina. Ele apresenta uma retrospectiva do surgimento das grandes Revistas de História do mundo e do Brasil. Neste contexto o professor Jali comenta a importância da HC nos seus 15 anos de circulação.
Por quais astúcias da teimosia do ausente – belo título de um de seus poemas – vim a tomar ciência tardiamente da obra de Ida Vitale? Por um imprevisto prosaico, digamos assim. Eu conheço a editora e tradutora da recém publicada antologia poética de Vitale, seu primeiro livro no Brasil: Não sonhar flores. Vem sob a rubrica da Roça Nova e é servida por uma bela e exímia tradução de Heloisa Jahn; tradução “sem tirar nem por”. E, no entanto, há pouco tempo ela recebeu o Prêmio Miguel de Cervantes, 2018, o mais prestigioso da língua espanhola.