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Atividades e Notíciários

Abertura

HGB Homenageia D. Helder Câmara por seu Centenário

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Foto Ivanoé

O Instituto realizou, em 15 de abril de 2009, concorrida sessão de sua Comissão de Estudos e Pesquisas Históricas – CEPHAS, em comemoração ao centenário de nascimento de D. Helder Câmara, transcorrido em 9 de fevereiro, com a participação do jornalista e escritor Luís Paulo Horta, de Marina Martins de Araújo, presidente do Banco da Providência, do sociólogo Luís Carlos Mancini, dos professores Candido Mendes de Almeida e Tarcisio Padilha e do deputado Alessandro Molon, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro.

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Foto Raul Moreira-UCAM

O coordenador do evento, Victorino Chermont de Miranda, disse haver o Instituto chamado a si tal comemoração para quebrar o silêncio que, com exceção da PUC, se fez, no Rio de Janeiro sobre a data, numa estranha repetição do ocorrido no regime militar, ressaltando a significação da figura do homenageado.

Os cinco palestrantes convidados discorreram então sobre as diversas facetas da personalidade de D. Helder, destacando-lhe o papel na história da Igreja (Luís Paulo Horta), a ação social (Marina Martins de Araújo), a capacidade de trabalho e a liderança (Luís Carlos Mancini), o profetismo (Candido Mendes), a espiritualidade (Tarcisio Padilha) e a luta pelos direitos humanos e pela paz (Alessandro Molon).

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Foto Ivanoé

Durante mais de três horas, os presentes tiveram oportunidade de reviver importantes momentos da vida da Igreja e do próprio país, onde a figura e ação de Dom Helder funcionaram como verdadeiro fio condutor: a realização do XXXVI Congresso Eucarístico Internacional, a criação da Cruzada São Sebastião, da Feira da Providência e do Banco da Providência, os tempos do Concílio Ecumênico e o alinhamento de Dom Helder com os esforços do “aggiornamento” da Igreja, sua luta pelos direitos humanos, suas campanhas em prol da Paz nos foros internacionais, o cerco da censura, o veto do governo brasileiro à sua indicação para o Prêmio Nobel da Paz, o malogro do cardinalato, as decepções da emerência, mas, sobretudo, o extraordinário carisma de um homem, em que muitos, nas mais longínquas latitudes, identificaram a figura do justo, do servo fiel e do santo.

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Na oportunidade, foi apresentado, também, pela gerente de Projetos Sociais do Banco da Providência, Teresinha Nascimento, um vídeo sobre as atividades e programas desenvolvidos pela entidade nos seus já quase 50 anos.

Encerrando os trabalhos, depois das intervenções do plenário, o presidente Arno Wehling destacou a significação do evento, para as atividades do Instituto, tendo em vista o papel de D. Helder na vida da Igreja e na própria história do Brasil da segunda metade do século passado, tão bem atestado pelos diversos participantes.

O evento foi incluído nas agendas culturais da imprensa carioca, no noticiário da rádio MEC e no próprio site da CNBB.

Abertura

A CEPHAS e seu Fundador

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Foto Ivanoé

Criada em 1962, por inspiração de Marcos Carneiro de Mendonça, para organização das comemorações do bicentenário da transferência da capital da Bahia para o Rio de Janeiro (1963) e da passagem do IV Centenário da fundação da Cidade do Rio de Janeiro (1965), e posteriormente transformada em fórum permanente de investigações históricas, aberto a pesquisadores estranhos ao quadro social (1967), a desde então chamada Comissão de Estudos e Pesquisas Históricas – CEPHAS passará agora a funcionar à sombra do retrato de seu fundador e ex-presidente.

O ato de inauguração do retrato, na sala das sessões, teve lugar no dia 13 de maio, na presença de familiares do homenageado, que, juntamente com o decano do Instituto, Luis de Castro Souza, descerraram a tela a óleo em que aquele é visto ostentando o colar da Academia Portuguesa da Historia, de que era acadêmico de numero.

A tela, de autoria de seu neto, Luiz Philippe Carneiro de Mendonça, é datada de 1991, mede 92 x 112 cm e foi por este oferecida ao Instituto.

Marcos Carneiro de Mendonça (1894-1988) ingressou no Instituto como sócio efetivo em 1951, alçando sucessivamente os quadros de benemérito e grande benemérito.

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Foto Ivanoé

Pesquisador de reconhecidos méritos, publicou, entre outros, os seguintes títulos:O Intendente Câmara (1933), O Marquês de Pombal e o Brasil (1960), A Amazônia na era pombalina (1963), Erário Régio(1968), Raízes da formação administrativa do Brasil, séculos XVI – XVIII (1972) e A Independência e a Missão Rio Maior(1984).

Era membro também do Conimbricensis Institute, da Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro, dos Institutos Históricos de Minas Gerais, Petrópolis, Niterói e Guarujá e do Centro de Estudos da Marinha, de Portugal. Foi presidente da Sociedade Capistrano de Abreu.

Falaram, na oportunidade, recordando a figura do homenageado, o decano Castro Souza, o presidente Arno Wehling e o autor da tela, que disse de sua satisfação em ver o retrato de seu avô incorporado à galeria de honra da Casa que ele tanto prezou

Abertura

IHGB Comemora o Ano da França no Brasil
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Foto Ivanoé

O IHGB associou-se às comemorações do Ano da França no Brasil com a realização, de 2 a 5 de junho, do Seminário Brasil-França.

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Sob a coordenação do embaixador Vasco Mariz, o evento reuniu numeroso público em torno de nove mesas-redondas, num abrangente arco que cobriu desde a chegada de Villegagnon (Vasco Mariz) e La Ravardière (Lucien Provençal) até o legado da presença francesa na literatura (Claudio Murilo Leal), nas artes (Maria Elisabeth Santos Peixoto e Paulo Knauss), na música (Luiz Paulo Horta), na ciência (Ronaldo Mourão) e nos ordenamentos institucional (Arno Wehling), econômico (Roberto Fendt) e jurídico (Célio Borja) brasileiros.

Episódios marcantes como a Missão Artística (Pedro Corrêa do Lago), a Missão Hidrográfica (Lucien Provençal) e a Missão Militar (Jonas de Morais Correia Neto); o papel da cultura francesa na formação da Universidade brasileira (José Arthur Rios) e na Faculdade Nacional de Filosofia (Maximiano de Carvalho e Silva); a política externa do Brasil e a França (Marcos Azambuja), figuras emblemáticas como Saint-Hilaire (José Arthur Rios), o conde d’Eu (Mary del Priore) e Levi-Strauss (Maria Beltrão), e até mesmo capítulos pouco conhecidos das relações franco-brasileiras, como a presença de corsários franceses na costa brasileira (Paulo Knauss), a expedição abortada do conde d’Estaign (Maria Fernanda Bicalho), a aventura do L’Espoir (Fernando Lourenço Fernandes), a conquista de Caiena (Nilson Vieira de Mello), a influência de Tocqueville (Ricardo Vélez Rodríguez) e as tentativas de aproximação de Napoleão com a Revolução Pernambucana de 1817 (Vasco Mariz), prenderam a atenção dos participantes ao longo de 25 comunicações.

O ato de encerramento contou com a presença do cônsul geral da França no Rio de Janeiro, Hugues Goisbault e do presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo, Getúlio Marcos Pereira Neves (foto pag. anterior). Na oportunidade, foi entregue a cada um dos conferencistas a medalha comemorativa especialmente cunhada para assinalar o Ano da França no Brasil, pela Câmara de Comércio França-Brasil, uma das patrocinadoras do evento.

O Seminário contou, ainda, com o patrocínio do Consulado Geral da França no Rio de Janeiro e da Associação dos Membros da Legião de Honra no Brasil.

Associando-se às homenagens, a diretora de Projetos Especiais do IHGB, Maria Beltrão, ofereceu, no dia 2 de junho, em sua residência, uma recepção aos participantes do Seminário, tendo o coquetel programado pelo Consulado da França, para a data de encerramento, sido cancelado em razão do acidente com o avião da Air France.

Abertura

O Centenário de Américo Lacombe

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O historiador e acadêmico Américo Jacobina Lacombe (1909 - 1993), cujo centenário de nascimento transcorreu em 9 de julho, foi tema do seminário “História, narrativas e documentos”, organizado pela Fundação Casa de Rui Barbosa e pelo IHGB.

A abertura dos trabalhos teve lugar, na FCRB, em 7 de julho, com palestra do presidente do IHGB, Arno Wehling, que falou sobre “Américo Jacobina Lacombe e a abordagem hermenêutica da história do Brasil”, seguida de duas mesas-redondas sobre os temas “A historiografia brasileira e as suas narrativas” e “Lacombe e os documentos”.

Na primeira, sob a coordenação de José Almino de Alencar, presidente da FCRB, fizeram-se ouvir Temístocles Cezar, da UFRGS (Ser historiador no século XIX: a historiografia brasileira entre os antigos e os modernos), Lucia Maria Paschoal Guimarães (Vivência política, nacionalismo e objetividade científica: aspectos da historiografia brasileira no alvorecer do século XX) e Ângela de Castro Gomes, do CPDOC/FGV (O IHGB e a história dos anos 1920) e, na segunda, sob a coordenação de Ana Pessoa, Lucia Maria Velloso, da FCRB (Os arquivos de Lacombe), Rejane Magalhães, da FCRB (Lacombe e a edição de Rui Barbosa) e Eduardo Silva (Lacombe e os documentos da escravidão).

No segundo dia dos trabalhos, já no IHGB, teve lugar uma terceira mesa-redonda, com os depoimentos de Rachel Valença (FCRB), Isabel Lustosa(FCRB), Irapoan Cavalcanti (Ebape/FGV), José Arthur RiosAlberto Venancio Filho e Guilherme Frota sobre a figura do homenageado.

Filhos e netos de Lacombe estiveram presentes à sessão, que contou com a presença de numerosos sócios do Instituto e do presidente da FCRB, José Almino de Alencar, autor, ele próprio, de estudo sobre a vida e a obra de Lacombe, apresentado em conferência na Academia Brasileira de Letras, por ocasião das homenagens daquela Casa ao seu centenário.

Américo Lacombe ingressou no IHGB em 1945 como sócio efetivo, passou a benemérito em 1968 e a grande benemérito em 1971. Vice-presidente (1969-1985) e, depois presidente (1985-1993). Em 1991, foi eleito presidente honorário, distinção excepcional, prevista no Estatuto para contemplar o presidente da República, chefes de estado estrangeiros e ex-presidentes do Instituto, mas só conferida, no tocante a estes, até hoje, a ele.

Abertura

Euclides da Cunha e o IHGB
 243 abertura
Carta agradecendo a eleição de sócio ao IHGB

Euclides da Cunha, cujo centenário de falecimento se comemora, este ano, não é apenas o escritor, o cientista social e o grande intérprete de nossa civilização. É o verdadeiro gênio da raça.

Por isto, não faltam, neste centenário, simpósios, conferências, artigos, expo-sições, lançamentos e relançamentos de obras suas e sobre sua vida. Euclides e Canudos... Euclides e a Amazônia... Euclides e o positivismo, o Exército e a Academia. Euclides engenheiro, jorna-lista e poeta, cantado em prosa e verso nos suplementos literários, nas acade-mias e universidades. Esmiuçado, debatido, glorificado.

Nesta edição, queremos lembrá-lo como um dos nossos, para além de sua caderneta de campo, item obrigatório de todas as mostras, ainda agora figurando na exposição ‘Euclides, o brasileiro’, recém-inaugurada na ABL.

Euclides teve sua indicação para o quadro de sócios correspondentes em 6 de março de 1903, por proposta de Souza Pitanga, Rocha PomboLiberato de Castro, Belisário Pernambuco, Max Fleiuss,Thaumaturgo de Azevedo Henrique Raffard, que a ele se referiram, a propósito do então recém lançamento de Os Sertões, como “um observador erudito, um cientista aplicado e um historiador independente”.

Encaminhada a proposta à Comissão subsidiária de História, mereceu em 19 do mesmo mês, entusiástica acolhida pelo relator, Conde de Affonso Celso, em parecer também firmado por Max Fleiuss, ressaltando o valor científico, histórico, moral e literário de sua obra.

Em 2 de dezembro, a Comissão de Admissão de Sócios, em manifestação de Antônio de Paula Freitas e do conselheiro Manuel Francisco Correia, ratificou a indicação, sendo a proposta votada em sessão de 24 de abril e sufragada à unanimidade.

Em 10 de julho, em carta ao secretário Henrique Raffard, Euclides agradeceu a eleição, vindo a empossar-se em 20 de novembro, sendo recebido pelo conselheiro Manuel Francisco Correia. Euclides, em sua fala, abordou as vicissitudes de nossa formação política, deixou transparecer uma ponta de ceticismo quanto ao novo regime, declarando-se identificado com os propósitos da Casa e dela traçando um dos mais belos retratos:

“De feito, estas estantes iludem miraculosamente o encerro das paredes que nos cercam; têm a transparência ideal, e cheia de esplendores, dos próprios livros que as atestam; e dão aos escassos metros quadrados desta sala uma amplitude de quatro séculos, [...] porque a mesma realidade tangível nos ensina que, ao pisarmos as velhas tábuas desta casa, andamos sobre um trecho da terra misteriosa e sagrada de nosso passado”.

“Aqui se conjugam, sem o emperramento de irritantes atritos, sem o dispersivo das paixões, e sem que os apequene a lógica caturra dos tempos, os efeitos máximos dos quatrocentos anos da nossa vida; passa intacta e intangível, sobranceira a um tempo ao livre arbítrio dos homens e aos caprichos da Providência, a diretriz do nosso futuro [...]. E mesmo para os mais desalentados, salteados de assombros ante a situação presente, para os que prefiguram todos os desastres rompentes desta crise, mesmo para esses, há neste recinto no esplendido isolamento deste cordão sanitário de milhares de livros, um admirável e consolador exílio, um degredo que lhes permite ligar a vi da objetiva transitória à grande vida imortal da Pátria [...].

Três anos após, Euclides passou a sócio efetivo, tendo publicado, em nossa Revista, os estudos intitulados ‘Rio abandonado’ (n. 68, 1905) e ‘Da Independência à República’ (n. 69, 1906).

Abertura

O 7 de Setembro nas Coleções do Instituto

 245 abertura

 A data magna do país tem, nas coleções do Instituto, alguns ícones preciosos – a coleção doReverbero Constitucional Fluminense, os pratos de porcelana comemorativos da Independência, os leques, de seda pintada e procedência possivelmente chinesa, celebrando o reconhecimento pela Inglaterra (ver edição n. 190 deste Noticiário), mas nenhum, por certo, sobreleva em importância o autógrafo do Hino da Independência, posto em música para canto e grande orquestra, de autoria do próprio d. Pedro I, que aqui reproduzimos.

A música, segundo a tradição, teria sido composta, no próprio dia da Independência, em São Paulo, e foi, durante algum tempo, a melodia do hino do Brasil. Com o desgaste da figura de seu criador, acabou, no entanto, substituída.

A mencionada partitura veio ter ao Instituto, em 1861, por doação do maestro Francisco Manuel da Silva.

Augusto Bracet (1881-1960) imortalizou a cena da composição, em 1922, na tela “Os primeiros sons do Hino da Independência”, cujo original integra a coleção do Museu Histórico Nacional.

Abertura

O Instituto Comemora 171 Anos

 245 abertura

Cumpriu-se, uma vez mais, em 21 de outubro, o velho ritual da celebração da data aniversária do Instituto.

Ritual que já o estatuto aprovado em 17 de novembro de 1838 estabelecia, em seus artigos 25 e 26, em termos pétreos: “Art. 25 – No dia 21 de outubro se for domingo, ou no primeiro que se seguir, quando aquele caia em dia de trabalho, haverá assembleia geral pública aniversária da fundação do Instituto Histórico, a qual constará da reunião de todos os membros sob a direção do seu presidente”.

E prosseguia, no artigo subsequente: “Art. 26 – Nesta assembleia, o presidente fará um discurso de abertura, findo o qual o primeiro secretário lerá o relatório em que exponha os trabalhos do Instituto durante o ano social; e logo depois o orador recitará o elogio dos membros falecidos, indicando os seus serviços mais transcendentes em favor da sociedade, ...”.

O presidente Arno Wehling, invocando o aforisma 95 de Francis Bacon, em seu Novum Organon, quando cotejava o trabalho de formigas, aranhas e abelhas no reino animal, comparou-o ao papel de eruditos, ensaístas e cientistas sociais na produção do conhecimento e afirmou: “Se há um pluralismo corporativo e um pluralismo de posições intelectuais a ser cultivado no Instituto, também existe a necessidade de um pluralismo metodológico. A intersecção de eruditos, ensaístas e cientistas sociais pode gerar resultados enriquecedores para o conhecimento histórico. Instituições desse tipo podem e devem abrigá-los em seu seio, compatibilizando as contribuições de formigas, aranhas e abelhas”.

A 1ª secretária, Cybelle de Ipanema, focou, em seu relatório, as principais realizações do exercício, tanto no plano acadêmico quanto administrativo, e José Arthur Rios evocou, com a mestria de sempre, as figuras das sócias correspondentes Carmen Maria Radulet (Italia) e Altiva Pilatti Balhana (Curitiba, PR) e da sócia emérita Lygia da Fonseca Fernandes da Cunha, ex-diretora de nossa Biblioteca, falecidas no ano corrente.

A mesa diretora dos trabalhos foi integrada pelo cônsul geral de Portugal, embaixador Antônio Almeida Lima, pelos presidentes da Academia Brasileira de Letras e da Academia Nacional de Medicina, Cícero Sandroni e Pietro Novellino, pelo diretor do Arquivo Nacional, Jaime Antunes da Silva, e pelo representante do Comando Militar do Leste – PDC, além do presidente e 1ª secretária. O ato contou com a presença de trinta sócios.

Como de praxe, foram os trabalhos abertos com a execução do Hino Nacional, desta feita pela Banda do 1º Batalhão de Guardas – Batalhão do Imperador. Ao final, sócios e convidados confraternizaram, no terraço, em coquetel oferecido pela diretoria do Instituto.

Abertura

Diplomática, uma Coleção Quase Esquecida

 246 abertura

Visualmente belos, os diplomas de outrora ganharam foros de coleção, menos pelo seu valor informativo do que pelo apuro de sua produção gráfi ca.

Litografados, primeiramente em pergaminho, depois em papel, pintados à aquarela ou guache, com cercaduras e alegorias de variada inspiração, trazem a marca de artistas e oficinas gráficas, cuja produção, por si só, justifica sua preservação. Henrique Bernardelli, E. Bevilacqua e Theodoro Braga são exemplos do primeiros, Leon de Rennes, Leopoldo Heck e G. Leusinger, dos segundos.

Somem-se a isto as informações institucionais neles contidas, as titulações biográficas e os próprios autógrafos de seus expedidores e se terá um manancial de informações de inegável utilidade para os estudos históricos, a atestar a serventia da diplomática como disciplina auxiliar da História.

O Instituto reúne, em sua coleção, cerca de 750 exemplares de variadas procedências e fundos –  Januário da Cunha Barbosa do (IHGB), D. Pedro II (pour le Développement de l'Instruction et l’Education Populaires),visconde de Ouro Preto (Sociedade Propagadora Belas Artes do Rio de Janeiro), Epitácio Pessoa (Associación Uruguay-Brasil), José Carlos de Macedo Soares (Academia Nacional de Letras-Montevideo), Francisco Negrão de Lima (Tribunal Regional Eleitoral da Guanabara).

O mais antigo de seus ítens é o diploma passado a Joaquim da Costa e Sá pela Sociedade Literária Tubucciana em Vila de Abrantes, 30 de setembro de 1802. Assinado por Raimundo José da S. Perez de Milão – Presidente. Diogo Soares da Silva e Bivar – Secretário.

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O IHGB Sobe a Serra para Homenagear seu Patrono

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Fotografias: Ivanoé

Na data aniversária de D. Pedro II, 2 de dezembro, o Instituto, a convite do Museu Imperial, deslocou-se a Petrópolis para realizar, no Museu Imperial, sua sessão da CEPHAS, a primeira, por sinal, extra muros. A data assinalava também o início das comemorações dos 70 anos daquela instituição.

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Os trabalhos foram abertos pelo diretor do Museu, Maurício Vicente Ferreira Junior, que destacou a significação de ambas as efemérides e da presença do IHGB, instituição irmã no culto da memória do imperador, manifestando o desejo de que tal iniciativa pudesse repetir-se a cada ano.

A seguir, procedeu ao relançamento do ex libris do Museu Imperial, criado na década de 1940, pelo então diretor Alcindo Sodré, convidando o príncipe D. Pedro Carlos de Orléans e Bragança, filho de nosso saudoso confrade D. Pedro Gastão, para fazer a colagem do mesmo no catálogo da exposição ‘Retratos no estrangeiro: o Brasil imperial nos ateliês franceses’, de autoria de Maria de Fátima de Moraes Argon e Maria Inez Turazzi, então lançado.

Na segunda parte da sessão, já sob a presidência de Arno Wehling, foi dada a palavra a Pedro Karp Vasquez, que proferiu a palestra ‘D. Pedro II, o imperador professor’. Citando contemporâneos e historiadores vários, Pedro Vasquez apresentou um personagem que viveu à frente do seu tempo, que possuía a melancolia dos superdotados e o interesse genuíno pelo saber, que se comprazia em educar as filhas, assistir aulas e concursos do Colégio Pedro II, custear, de seu próprio bolso, a construção de escolas públicas e a concessão de bolsas de estudo no exterior a estudantes de Artes.

Ao encerrar a sessão, Arno Wehling felicitou o palestrante pelo destaque dado à visão global do imperador, mostrando-o não apenas como um erudito, mas como um intelectual dotado de senso crítico e capacidade de avaliação.

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Fotografia: Ivanoé

A sessão, bastante concorrida, foi também prestigiada pelos príncipes D. Francisco e D. Manuel, por nosso consócio D. João de Orleans e Bragança, pelo secretário de Turismo, Gastão Reis, representando o prefeito de Petrópolis, pelo vice-presidente do Instituto Histórico
local, Luís Carlos Gomes, por 15 outros sócios do IHGB, membros da administração do Museu Imperial e do IHP, frequentadores da CEPHAS e convidados.

Ao final, a direção do Museu ofereceu coquetel, no Galpão das Carruagens.

 

Abertura

Conferência de Marcílio Moreira Abre o Ano Social

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Fotografias: Ivanoé

O Instituto deu início às atividades sociais de 2010 com a conferência do ministro Marcílio Marques Moreira sobre Divisores de águas na trajetória das políticas comerciais brasileiras:da Abertura dos Portos à Rodada de Doha.

O ato teve lugar no dia 24 de março, às 17 horas, no Salão Nobre, com a presença de numerosas personalidades do meio acadêmico e empresarial do Rio de Janeiro, além de grande número de integrantes do quadro social.

Marcílio, ex-ministro da Fazenda no governo Collor e ex-embaixador em Washington, discorreu sobre a evolução do comércio no Brasil, da chegada da corte portuguesa aos dias atuais, destacando-lhe os pontos de expansão e estrangulamento.

Na 2ª. parte da sessão, o presidente Arno Wehling fez entrega aos sócios titulares Alberto da Costa e SilvaArmando de Senna Bittencourt, Arnaldo NiskierJoão Maurício de Araújo Pinho e Marcos Guimarães Sanches dos ofícios das credenciais de sócios correspondentes da Real Academia de la História, da Espanha, em decorrência do Convênio de Reciprocidade firmado pelo IHGB com aquela instituição.

O ato contou com a presença de 35 sócios e numeroso público e foi prestigiado por autoridades e representantes da área cultural, dentre os quais o embaixador António Almeida Lima, cônsul de Portugal no Rio de Janeiro, os ex-ministros João Paulo dos Reis Veloso, presidente do Fórum Nacional de Estudos Brasileiros, e Célio Borja, e o presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro, José Luiz Alquéres, além dos diretores do Museu Imperial, Maurício Vicente Ferreira Junior, da Fundação Casa de Rui Barbosa, José Almino Alencar, e dos diretores do Serviço de Documentação da Marinha, Armando de Senna Bittencourt, e da Bibliex, Josevaldo Souza Oliveira.

Após a solenidade foi servido um coquetel no terraço.

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