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Atividades e Notíciários

Abertura

Recordando San Tiago Dantas no Seu Centenário

268 abertura 1
Do livro Atualidade de San Tiago Dantas

O Instituto realizou, em 23 de novembro, sessão especial da CEPHAS em comemoração do centenário de nascimento de San Tiago Dantas, o jurista, intelectual e estadista, cuja figura marcou, de modo especial, a vida pública brasileira do terceiro quartel do século passado.

Coube a Marcílio Marques Moreira traçar-lhe o perfil, em conferência intitulada “San Tiago: demasiado cedo ou tarde demais?”, onde assinalou as fulgurações de uma inteligência infelizmente incompreendida pelos políticos de seu tempo. E mostrou-nos um San Tiago à frente dos “ismos” de sua época e preocupado em buscar consenso para a construção de políticas capazes de ajudar o país a enfrentar as desigualdades sociais e os desafios da modernidade.

268 abertura 2
Foto: Ivanoé

Marcílio lançou luz sobre uma personalidade a todos os títulos fascinante, pela inteligência, pelo espírito público, pelo senso ético, cedo chamado à notoriedade, pelas funções exercidas na imprensa, na cátedra universitária e no serviço público, mas a quem o destino, quando afi nal chegara à maturidade, acabou por não lhe permitir chegar ao poder para o qual, de sobejo, se qualificara.

E, em texto à altura do homenageado, repassou-lhe os lances principais da trajetória intelectual e política, como advogado notável, delegado brasileiro em organismos e reuniões internacionais, duas vezes deputado federal, candidato derrotado a vice-governador de Minas Gerais, na chapa de Tancredo Neves, ministro das Relações Exteriores no 1º gabinete parlamentarista, posteriormente indicado, sem sucesso, para a presidência do Conselho de Ministros e, finalmente, Ministro da Fazenda, no governo já então presidencialista de João Goulart.

San Tiago – lembrou Marcílio - buscou o poder para fazer-se instrumento de suas nobres aspirações, mas a radicalização política, primeiro, e a doença, depois, não lho permitiram. Pouco antes de seu falecimento, foi eleito “Homem de Visão 1963”, oportunidade em que proferiu notável discurso, ainda hoje lembrado pelo descortínio das idéias, e, assim, passou à história como modelo de homem público.

Mas este registro não estaria completo sem uma alusão à obra prima de sua produção literária – D. Quixote: um apólogo da alma ocidental – em cuja saga, como bem viu Marcílio, San Tiago soube captar a lição evangélica de que, mais que a eficiência, vale “a simples entrega de si mesmo, para operar pelo exemplo e pela germinação”.

Abertura

O Sesquicentenário do Mais Antigo dos Institutos Estaduais

269 abertura 1

O Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano deu início, na noite de 27 de janeiro, às comemorações dos 150 anos de sua fundação, com uma sessão magna no Teatro Santa Isabel, no Recife, sob a direção de sua presidente, desembargadora federal Margarida Cantarelli, que discorreu sobre a trajetória da Casa da Memória Pernambucana.

269 abertura 2

Fundado em 28 de janeiro de 1862, por um grupo de idealistas preocupados com a preservação da história e da cultura locais, liderados por Joaquim Pires Machado Portella, o Instituto Arqueológico seguiu os passos da matriz nacional, lançando-se à recolta, estudo e divulgação das fontes documentais e tradições do passado pernambucano, detendo hoje um extraordinário acervo sobre o período holandês, uma rica biblioteca e uma coleção de telas e peças históricas do mais alto valor, em sua sede na Rua do Hospício, onde passou a funcionar a partir de 1920.

Coube ao presidente Arno Wehling proferir a conferência de abertura das referidas comemorações, quando destacou o papel do Instituto Pernambucano na construção da identidade local e regional e a afinidade “com o discurso corrente no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e com a expressão romântica, nacionalista e historista que, à época, eram as referências maiores da cultura brasileira“.

E, depois de percorrer-lhe a trajetória, assinalou as duas linhas mestras de sua contribuição à cultura pernambucana – a de pensar Pernambuco e a do compromisso humanista – assinalando, ao mesmo tempo, os desafios da hora presente para a consecução de tais valores e finalidades - a conservação e ampliação dos acervos, a pesquisa, o patrimônio cultural e a memória.

E, fazendo eco às palavras de José Avelino Gurgel do Amaral, orador da Associação Onze de Agosto, da Faculdade de Direito, que, citando Lopes de Mendonça, afirmara, na sessão inaugural, que “o estudo do passado não é somente uma revelação de saudade; é também uma arrojada aspiração de esperança”, conclamou os presentes, como o fizera Machado Portella na sessão inaugural, a confiar e prosseguir.

A sessão foi encerrada com a entrega da Medalha Comemorativa da efeméride a diversas personalidades e a execução do concerto de músicas de autores pernambucanos a cargo do pianista Marco Caneca.

Após a solenidade, a Diretoria do Instituto aniversariante ofereceu aos seus convidados, no foyer do Teatro, concorrido coquetel.

O ato contou com a presença de representantes dos governos estadual e municipal, do presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco, do senador Marco Maciel, ex-vicepresidente da República, do presidente do Instituto Histórico do Espírito Santo, Getulio Pereira Neves, e dos vice-presidentes dos da Paraíba, Humberto Fonseca de Lucena, e Rio Grande do Norte, Jurandi Navarro.

Na manhã seguinte, data da fundação, teve lugar a Missa Solene mandada dizer pelo Instituto na Basílica de Nossa Senhora do Carmo, anexa ao Convento do Carmo onde aquele fora fundado, ocasião em que foi inaugurada uma placa alusiva à data, seguida de almoço de confraternização do quadro social.

Na tarde de 29, encerrando o tríduo, teve lugar, na Concatedral da Madre de Deus, o concerto comemorativo, a cargo da Orquestra Sinfônica Jovem do Conservatório Pernambucano de Música, sob a regência do maestro José Renato Accioly, apresentando peças de compositores locais.

O aniversário do Instituto teve ampla repercussão na imprensa e televisão de Recife, foi objeto de destaque na edição de janeiro da Revista de História da Biblioteca Nacional e de moção de congratulações do Conselho Nacional de Política Cultural, do MinC.

As comemorações desdobrar-se-ão em diversas iniciativas ao longo do ano.

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O Barão do Rio Branco no Centenário de Seu Falecimento

271 abertura 1

O Brasil e, de modo especial, o Itamaraty, o Exército, o IHGB e a Academia de Letras (de que foi um dos fundadores), comemoram, este ano, o centenário de falecimento de um de seus maiores vultos – José Maria da Silva Paranhos Junior, o barão do Rio Branco, transcorrido em 10 de fevereiro, no Rio de Janeiro.

Natural desta cidade, onde nasceu em 20 de abril de 1845, fez o curso de humanidades no Colégio Pedro II, concluiu seu bacharelado em Direito pela Faculdade do Recife em 1866, depois de havê-lo começado na de São Paulo.

Iniciou sua vida profissional como professor de Corografia e História do Brasil no Colégio Pedro II. Foi promotor público em Nova Friburgo e deputado geral por Mato Grosso (1869-1875). Em 1871, fundou o jornal A Nação, onde se alinhou com a causa da Abolição. Exerceu também as funções de cônsul geral do Brasil em Liverpool, representante do Brasil na Exposição Internacional de São Petersburgo, superintendente geral do Serviço de Imigração, em Paris, ministro plenipotenciário nos Estados Unidos, ministro na Alemanha e chanceler nos governos Rodrigues Alves, Afonso Pena, Nilo Peçanha e Hermes da Fonseca (1902-1912).

Em 1880, D. Pedro II agraciou-o com o título do Conselho e a comenda da Ordem da Rosa. Oito anos após, a princesa Isabel conferiu-lhe o título de barão do Rio Branco.

Seu nome acha-se ligado, entre outras, às grandes questões de limites enfrentadas pelo Brasil – Palmas (Argentina), Amapá (Guiana Francesa), Acre (Bolívia) –, assim como à assinatura do Tratado de Condomínio da Livre Navegação, da Lagoa Mirim (Uruguai). De seu período à frente do Itamaraty é também a participação do Brasil na III Conferência Americana, no Rio de Janeiro, e na II Conferência da Paz, na Haia, onde se fez representar por Rui Barbosa, e as gestões junto à Santa Sé para criação do primeiro cardinalato brasileiro.

Rio Branco ingressou no IHGB com 22 anos, como sócio correspondente (1867), passando a honorário (1895) e benemérito (1906), sendo eleito presidente em 1907 e reconduzido, em 1909, já como presidente perpétuo, cargo em que permaneceu até falecer. Coube-lhe dar início à construção do antigo Silogeu, sede do IHGB de 1913 a 1972.

Max FleiussNelson CostaTavares de LyraVieira Fazenda e, mais recentemente, João Hermes Pereira de Araujo detiveram-se, nas páginas de nossa Revista, sobre sua presença no IHGB.

Dentre suas obras merecem destaque o Esboço biográfico do general José de Abreu, barão do Serro Largo (R.IHGB, 31, 1868), Anotações à obra A Guerra da Tríplice Aliança, de L. S. Schneider, 2v. (1875 – 1876), Le Brésil à l’Exposition Internationale de St. Petersburg (1884), Esquisse de l´histoire du Brésil (1889) e Efemérides brasileiras (1892), sua obra mais conhecida, além dos numerosos trabalhos de sua ação diplomática reunidos nos nove volumes de suas Obras completas, publicadas pelo Ministério das Relações Exteriores (1945-1948).

Os jornais e revistas da época, mostraram a enorme multidão que se formou à saída do féretro do Palácio do Itamaraty rumo ao Cemitério São Francisco Xavier.

Em sua homenagem, o IHGB realizará, em parceria com a Fundação Alexandre de Gusmão, o Seminário Barão Rio Branco – 100 anos de Memória, de 8 a 10 de maio próximo.

Abertura

“Jesuítas por Dentro da Ordem” e na História do IHGB

volume 273 abertura 1

Com a primeira parte desse título, aRevista de História da Biblioteca Nacional, em sua edição de junho, publicou substancioso dossiê sobre os jesuítas e seu papel na História do Brasil.

Fundada em 1534 por Inácio de Loyola (1491-1556), para fazer frente à Reforma Luterana, a chamada Companhia de Jesus viria a ter, quinze anos após, importante protagonismo na história da então recém descoberta colonia portuguesa.

Ronaldo Vainfas, entre outros articulistas, recordou, na citada edição, a epopeia missionária dos inacianos, começada, no Oriente português, com Francisco Xavier, seguida na China por Matteo Ricci, estendida ao Japão por Luís Fróes, continuada no Congo e Angola e trazida para o Brasil por Nóbrega e Anchieta.

Dotados de sensibilidade e senso prático, fizeram do aprendizado das línguas dos nativos o segredo de sua catequese e acabaram, no Brasil, por ajudar a Coroa portuguesa na conquista da terra. Mas não lhes foi fácil a caminhada, encontrando, dentro e fora da Igreja, resistências e incompreensões, que chegaram a custar-lhes, nos tempos de Pombal, a extinção da própria Ordem. Mas venceram.

volume 273 abertura 2

E fundaram colégios por todos os continentes, formaram professores e intelectuais e fizeram escola no campo filósófico e teológico, atingindo a culminância, na oratória sacra, com Antonio Vieira. E chegaram até mesmo a ser os fundadores de uma bem sucedida experiência civilizacional e comunitária com os índios guaranis, na localidade de Sete Povos das Missões, no Rio Grande do Sul. Sem falar nas igrejas que, Brasil afora, lhes guardam a memória.

E, se sombras houve em sua obra, ela há de ser vista, sob pena de incorrer em verdadeiro anacronismo, como escreveu, na referida edição, o historiador Mario Fernandes Correia Branco, no contexto de sua época e, não, com “as percepções filhas do cientificismo e netas da Ilustração”, como ainda hoje soe acontecer.

volume 273 abertura 3
foto: Magda Beatriz Vilela

Centro de referência da história brasileira, o IHGB guarda, em seu acervo, inúmeros testemunhos da presença jesuítica: fragmento de madeira da cruz do adro da primeira igreja da Vila de São Vicente, São Paulo, ao marco de pedra da velha igreja do Morro do Castelo, dos códices da Coleção Manuel Barata referentes às primitivas sesmarias na ilha de Joanes, conscadas em 1759, à rara edição da Explicacion de el Catechismo en lengua guarani por Nicolas Yapuguai com direccion del P. Paulo Restivo de la Compañia de Jesus, de 1724.

volume 273 abertura 4
foto: Sérgio Luiz da Silva

Também em nossa Revista a obra da Companhia, em suas diversas frentes, foi objeto de nada menos de 41 matérias e, ainda em 2003, o centenário de seu colégio, no Rio de Janeiro, deu ensejo a uma solene comemoração em nosso calendário de atividades.

O quadro social, por outro lado, registra, ao longo de seus 173 anos, a presença de vários membros da Companhia de Jesus, merecendo especial menção os padres Serafim Leite, autor da história da Ordem em dez volumes, Leonel Franca e Fernando Bastos de Avila e, nos dias de hoje, José Carlos Aleixo e Jesus Hortal Sánchez.

Abertura

Seminário Internacional Assinala o Centenário de Falecimento de Rio Branco

272 abertura 1
fotografias: Ivanoé

Anunciado em nossa última edição, realizou-se de 8 a 10 de maio, o Seminário Internacional Barão do Rio Branco – 100 anos de memória, promovido pela Fundação Alexandre de Gusmão, do Ministério de Relações Exteriores, através de seus Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais e Centro de História e Documentação Diplomática, e o IHGB.

Patrono da diplomacia brasileira e ex-presidente do IHGB, Rio Branco teve vida e obra abordados em 24 comunicações a cargo de historiadores, diplomatas e professores do Brasil, Uruguai e Estados Unidos.

O 1º dia de atividades realizou-se no Palácio Itamaraty, RJ, onde aquele, por sinal, falecera em 12 de fevereiro de 1912, tendo o embaixador Georges Lamazière, Diretor do Instituto Rio Branco, presidido a sessão inaugural.

Sete temas foram a seguir abordados: a mocidade do Barão e sua nomeação para a carreira diplomática (Vasco Mariz), o Barão chefe de missão (Luiz Felipe Seixas Corrêa), o emprego do poder militar como estratégia (Armando de Senna Bittencourt), seus fins de semana em Copenhagen: política externa ou interna? (Emb. Gonçalo Mello Mourão), Acre, o momento decisivo (Emb. Rubens Ricupero), os belgas em Descalvado e na fronteira oeste do Brasil (Prof. Domingos Sávio da Cunha Garcia) e a demarcação de fronteiras (Prof. Dauberson Monteiro da Silva).

272 abertura 2
fotografia: Ivanoé

No 2º dia, os trabalhos foram realizados no IHGB, tendo a primeira comunicação ficado a cargo do Ministro da Defesa e ex-Chanceler Celso Amorim, que discorreu sobre a atualidade de Rio Branco na ótica de um seu sucessor.

272 abertura 3
fotografias: Ivanoé

Seguiram-se sete outras abordagens – Rio Branco, geógrafo (Prof. Antonio Carlos Robert Moraes), Rio Branco e a política internacional de sua época (Prof. Clodoaldo Bueno) e Rio Branco e a geração de 1870 (Min. Luís Cláudio Villafañe Gomes dos Santos), História e Estado em Rio Branco (Arno Wehling), a 1ª Conferência de Paz da Haia (Carlos Henrique Cardim), a 2ª Conferência (Antonio Celso Alves Pereira), diplomacia da saúde nos tempos do barão e nos dias hoje (Prof. Paulo Buss) e os seus colaboradores e fiéis escudeiros (Lucia Maria Paschoal Guimarães).

272 abertura 4
fotografia: Ivanoé

No 3º e último dia, as sessões voltaram a ser realizadas no Palácio Itamaraty. Oito temas: ruptura e tradição em uma ideologia americanista (Prof. Helder Gondim da Silveira), o Tratado de Retificação de Limites do Rio Jaguarão e da Lagoa Mirim (Prof. Gerardo Caetano), a economia nos tempos do Barão (Min. Paulo Roberto de Almeida), Rio Branco e o monroismo e o pan-americanismo (Emb. Gelson Fonseca Junior), a construção do Estado Nacional Brasileiro em sua dimensão econômica (Prof. Steven Topik), Rio Branco, inventor da História (Synesio Goes Filho), a cronologia na galeria Amoedo do Itamaraty (Cons. Guilherme Frazão Conduru) e repensando o Barão (Emb. Fernando Reis).

Ao final dos trabalhos matinais e vespertinos, foram abertos espaços para debates.

As sessões tiveram por moderadores os embaixadores José Vicente de Sá Pimentel, Georges Lamazière, Alberto da Costa e Silva, Marcílio Marques Moreira, Maurício Eduardo Cortes Costa e Marcos de Azambuja.

Abertura

A Igreja, o Rio de Janeiro e o IHGB perdem seu cardeal

volume 274 abertura 1
Foto: Arquidiocese do Rio de Janeiro

Eleito, em 1971, sócio honorário do IHGB, Dom Eugenio de Araujo Sales, falecido em 9 de julho, foi o 7º ocupante do sólio episcopal do Rio de Janeiro a integrar a Casa da Memória Nacional e a ela deu repetidos testemunhos de apreço.

Os mais antigos ainda se recordam de sua presença austera em diversas solenidades aqui realizadas, assim como nas das posses dos chefes de estado investidos na presidência de honra do Instituto. Sem falar-se na reiterada deferência com que se fazia representar nas demais atividades da Casa, primeiramente por monsenhor Guilherme Schubert e depois por monsenhor Maurílio Cesar de Lima.

Fez também doação ao Instituto do Missal utilizado pelo papa João Paulo II na Missa celebrada no Aterro do Flamengo por ocasião do Encontro Mundial das Famílias (1997).

O Instituto, por seu turno, homenageou-o quando de seus 80 anos, com uma sessão solene, e por ocasião de seu 90º aniversário, quando a Diretoria compareceu, incorporada, a seu gabinete, para outorgar-lhe o colar acadêmico (distinção que fez questão de destacar em seu blog) e, ainda agora, às suas exéquias.

Comprometido com o aggiornamento da Igreja, empenhou-se na aplicação das reformas introduzidas pelo Concílio Vaticano II. Ordenou os primeiros diáconos, confiou, em Natal, a administração de paróquias a freiras, e, já no Rio, promoveu cursos de atualização para bispos e encontros de formadores de opinião, fundou a Rádio Catedral, o Conselho Cultural e o Museu de Arte Sacra da Arquidiocese e implementou sucessivos planos de ação pastoral.

E fez da plena sintonia com o magistério pontifício o norte de sua atuação.

Dentre suas muitas realizações no campo social vale recordar o lançamento da Campanha da Fraternidade, quando arcebispo de Natal, hoje assumida pela CNBB, a criação do Movimento de Educação de Base, através do rádio, e dos primeiros sindicatos rurais, e, no Rio de Janeiro, das Pastorais Carcerária, das Favelas e do Menor, o apoio aos moradores da comunidade do Vidigal contra a tentativa de remoção e a fundação da Casa de Amparo aos portadores do vírus do HIV.

No campo político, acolheu, sem alarde, perseguidos dos regimes militares do Cone Sul e, com o auxílio da Caritas Internacional e do Comitê de Refugiados da ONU, salvou levas deles. E, aqui mesmo, ajudou a localizar prisioneiros, visitou presos políticos, sem contudo permitir que a imagem da Igreja fosse instrumentalizada pelo governo ou contra ele.

“Pastor intrépido” e “referência da Igreja no Brasil” , como definido por Bento XVI, “um homem de Deus” no dizer de D. Orani, seu sucessor, “amado pelo povo do Rio de Janeiro”, como sublinhado pelo governador Sergio Cabral, a morte de Dom Eugenio constitui-se para o Brasil na perda da “mais importante referência moral” e de um “intrépido defensor dos pobres e dos perseguidos em momento de confusão de valores e de ideias”, como destacou Célio Borja.

Por isto, as palavras que deixou, em seu testamento espiritual, como timbre de uma nunca desmentida coerência e fidelidade ao Evangelho, dão a exata dimensão de sua vocação sacerdotal: “Consagrei-me à Igreja e renovo esta doação integral. Nunca me arrependi de tê-la feito. Tudo o que escrevi, disse e ensinei fica submetido ao Magistério eclesiástico. Deverá ser corrigido, em caso de discrepância da minha parte. Reafirmo minha Fé Católica. Creio em tudo que a Igreja ensina e como ela o ensina”.

Dom Eugenio contava 91 anos, sendo 70 de sacerdócio, 58 de episcopado, 43 de cardinalato. Foi administrador apostólico de Natal, arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, e arcebispo do Rio de Janeiro, por 30 anos.

Abertura

Instituto Histórico de Sergipe Celebra seu Centenário

volume 275 abertura 1
Foto: Sérgio Silva

Com a presença dos chefes do Executivo, Legislativo e Judiciário do Estado, do prefeito de Aracaju, do presidente do IHGB e demais autoridades, o Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe comemorou, em 6 de agosto, o centenário de sua fundação.

Aberta com o Hino Nacional, a solenidade teve lugar na sede do Instituto, e foi assinalada pela cunhagem da medalha comemorativa, com que foram agraciados os representantes dos poderes estaduais, o presidente do IHGB e autoridades, e pelo lançamento do livro História da Casa de Sergipe, de autoria de José Ibarê Costa Dantas.

Usaram da palavra, o presidente da Casa, Samuel de Barros Medeiros Albuquerque, o presidente do IHGB,Arno Wehling, e representantes do Governo.

A seguir, os presidentes do IHGB e do Instituto de Sergipe procederam ao descerramento da placa alusiva à efeméride, encerrando-se a solenidade com a execução do Hino estadual.

Em sequência, teve lugar a instalação do III Congresso Sergipano de História e do III Encontro Estadual de História da Associação Nacional de Pesquisadores Universitários de História – ANPUH/SE, cabendo ao professor Arno Wehling a conferência de abertura, sobre o tema Os Institutos Históricos e Geográficos e a Sociedade Brasileira Contemporânea.

A sessão foi encerrada pelo presidente Samuel Albuquerque, prosseguindo os eventos acima nos dias posteriores.

volume 275 abertura 2

Abertura

Seminário Contestado, Leituras e Significados

volume 276 abertura 1
Fotos: Ivanoe

Capítulo quase desconhecido, senão propositalmente encoberto, da história republicana, a chamada Guerra do Contestado, envolvendo os estados de Santa Catarina e Paraná e, depois, o próprio Exército, a completar 100 anos, foi tema do Seminário promovido, em 26 e 27 de setembro, pelo IHGB em parceria com o Instituto de Geografia e História Militar do Brasil
e o apoio dos Institutos Históricos dos estados acima referidos.

volume 276 abertura 2

Considerada, por muitos, como o maior conflito na história da República, com quatro anos de duração, mais de 15.000 mortos e pronunciado acento messianísta, a guerra do Contestado foi analisada em duas conferências e nove mesas redondas, por especialistas e membros das instituições patrocinadoras.

A conferência de abertura, após os discursos dos presidentes Arno Wehling e Aureliano Pinto de Moura, a cargo deste último, abordou o papel do Exército brasileiro na mencionada Insurreição, seguindo-se a 1ª das mesas, com as comunicações de José Murilo de Carvalho (O Contestado e os povos da Primeira República) e Paulo Pinheiro Machado, da UFSC (Centenário do movimento do Contestado: memória, história e historiografia).

volume 276 abertura 3
volume 276 abertura 4

A 2ª contou com as comunicações de Ernani Costa Straube (A região do Contestado à vista dos mapas), Augusto César Zeferino, do IHGSC (O acervo documental do IHGSC sobre o Contestado) e Miguel Frederico Espírito Santo, do IHGRS (O Contestado e o Rio Grande do Sul).

No dia subsequente, coube a Guilherme de Andrea Frota e Marcio T. Bettega Bergo, do CEPHiMex, a abordagem, na 3ª mesa, dos temas “O quadro santo e as intervenções estaduais” e “Guerra do Contes-tado: transição de uma era” e, na quarta e última, a Gunter Axt, da UFSC, e Marco Antonio da Silva Mello, da UFRJ, “As memórias do Gen. Vieira da Rosa como fonte para o estudo da Guerra do Contestado” e “A ideologia da terra e o paradigma do milênio na Guerra Santa do Contestado”.

Todas as sessões foram seguidas de debates, com numerosas e enriquecedoras intervenções.

A conferência de José Arthur Rios encerrou os trabalhos do Seminário, tratando do papel do Messianismo no conflito em questão.

Abertura

A Celebração dos 174 Anos de Fundação

volume 277 abertura 1
Fotos: Ivanoe

O Instituto comemorou, em 24 de outubro, seu 174º aniversário de fundação, transcorrido no domingo 21, com a presença de 39 sócios, autoridades, representantes de instituições culturais e convidados.

A Mesa diretora foi composta pelo presidente Arno Wehling, pelo representante do chanceler Antonio Patriota, embaixador Valter Pecly Moreira, chefe do Escritório de Representação do Ministério das Relações Exteriores no Rio de Janeiro, pelo embaixador Maurício Eduardo Côrtes Costa, pelo presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo, Getúlio Marcos Pereira Neves, pelo representante da Academia Nacional de Medicina, professor Pietro Novelino, e pelo decano do IHGB, Luiz de Castro Souza, além da 1ª secretária Cybelle de Ipanema.

Executado o Hino Nacional pela banda do 1º Batalhão de Guardas, Batalhão do Imperador e lidas as Efemérides, do Barão do Rio Branco, alusivas à data, o presidente proferiu sua oração, enfocando o significado do tempo, através das diversas culturas, para instituições que se propõem a lidar com a história e a memória.

Porque elas, conforme destacou, fazem a mediação entre o homem singular e sua circunstância e o tempo longo, criando o que Ortega y Gasset chamou de uma “comunidade de consciências”, não apenas num determinado espaço, mas no tempo, assegurando que homens de diferentes épocas tenham entre si um nexo de continuidade.

Dita continuidade, por seu turno, carece de ações que garantam a sobrevida das ações individuais e as tornem mais inteligíveis, como a coerência com os valores da instituição em suas diferentes historicidades, a adaptação às circunstâncias do presente, a percepção da própria complexidade e a cultura de nosso próprio “universo de experiências”.

Na fidelidade a esse ideário, concluiu, reside o sucesso do incansável labor do Instituto em pensar o Brasil nesses 174 anos de existência e a própria perenização de seus membros, à medida que cada um deles, em maior ou menor grau, contribuiu para essa comunidade de consciências que o distingue das demais instituições e lhe proporciona o espírito de seu ethos.

volume 277 abertura 2

A seguir, a 1ª secretária procedeu à leitura do relatório das atividades desenvolvidas no exercício iniciado em 21 de outubro de 2011 e o orador Alberto da Costa e Silva, ao elogio dos sócios Max Justo Guedes, Enélio de Lima PetrovichAziz Nacib Ab’ Saber,Augusto Carlos da Silva TellesDom Eugenio de Araujo Sales, (cinco) falecidos no período.

Ao final da solenidade, o presidente Arno Wehling convidou os presentes para o descerramento da placa em homenagem ao Barão do Rio Branco, cujo nome passará a designar o saguão do Salão Nobre.

No ato de descerramento da placa, o presidente destacou a significação da homenagem a Rio Branco, historiador, diplomata e ex-presidente do Instituto (1907-1912), cujo centenário de falecimento transcorreu no corrente ano e a quem este deve assinalados serviços. Em nome do Itamaraty falou o embaixador Valter Moreira, sublinhando os laços que unem a Chancelaria brasileira ao IHGB a partir da figura de Rio Branco, seguindo-se o descerramento da placa pelo decano Luiz de Castro Souza.

A solenidade foi encerrada pelo tradicional coquetel no terraço.

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Abertura

A Sessão Itinerante de Homenagem a D. Pedro II

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Fotos: Ivanoé

A 4ª sessão itinerante da CEPHAS, este ano realizada em 5 de dezembro, seguiu a tradição iniciada em 2009: sócios e frequentadores assíduos do IHGB deslocaram-se, em ônibus especial, para a cidade serrana a fi m de comemorar, no Museu Imperial, o aniversário de D. Pedro II, patrono de ambas as instituições, transcorrido no dia 2.

Recebidos pelo diretor do Museu, Maurício Vicente Ferreira Junior, os participantes foram convidados a conhecer o trabalho de restauração da Berlinda de D. Pedro II – coche feito na Inglaterra, utilizado na cerimônia de sua coroação e em ocasiões solenes – e pronta para ser exposta ao público.

Em seguida, dirigiram-se ao auditório para a realização da sessão, a qual foi antecedida pela cerimônia de doação ao Museu Imperial de duas peças do acervo do Museu de Armas Ferreira da Cunha – uma espingarda de caça, que pertencera ao imperador menino, e uma espada de corte, outrora do Conde D’Eu – entregues pelo dirigente do referido Museu, Sérgio Henrique Ferreira da Cunha.

Coube ao presidente Arno Wehling, também atuante como presidente da sessão e conferencista, discorrer sobre o tema “Dom Pedro II: ser imperador no Brasil”, o que fez centrando a análise no papel desempenhado pelo imperador em relação às estruturas de poder então vigentes, consubstanciadas no modelo monárquico constitucional, modificado, na década de 1840, com a criação da presidência do Conselho de Ministros e mediante o qual o Poder Executivo foi exercido por este continuando o Poder Moderador a caber ao imperador como árbitro das opções políticas e das situações de conflito entre os demais poderes.

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Arno Wehling analisou também as estratégias do modelo unitário vigente no Império, bem como a questão do equilíbrio da representação das diferentes províncias; apontou fatos pessoais e políticos que podem ter marcado a personalidade e a formação humanista do imperador; demarcou os períodos de apogeu, de crise e declínio de seu reinado e ressaltou o papel decisivo que teve na consolidação da unidade do Estado e na defesa da estabilidade e da integridade nacionais.

A sessão contou com a presença do presidente do Instituto Histórico de Petrópolis, Luiz Carlos Gomes, e foi seguida de um lanche oferecido pela direção do Museu Imperial.

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