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Atividades e Notíciários

Abertura

IHGB Comemorará este Ano seu 175º Ano de Fundação

Em plena e ininterrupta atividade, o IHGB prepara-se para iniciar, em março, as atividades de seu 175º ano de fundação.

A sessão de abertura, em 13 de março, terá como conferencista o sócio titular e embaixador Luiz Felipe de Seixas Corrêa, presentemente servindo no consulado brasileiro em Nova Yorque, que falará sobre “A política externa do Brasil em tempos de transformação: tradição, continuidade e mudança”.

Já, na semana seguinte, serão retomadas as sessões de quarta-feira da Comissão de Estudos e Pesquisas Históricas - CEPHAS, às 15 horas, abertas, como sempre, ao público. Na sua pauta de trabalhos, desde logo, uma, que fala especialmente ao quadro social: a referente ao Projeto Memória dos Sócios, lançado em 2002, e cujos trabalhos de levantamento e entrevistas acham-se a cargo de comissão composta pela sócia Vera Lucia Cabana de Andrade e pela professora Maria do Carmo Wolny, oportunidade em que falarão, os sócios Arno Wehling, Lucia Maria Paschoal Guimarães e Vera Lucia Cabana de Andrade e será lançado o livro contendo o depoimento prestado à referida comissão por nosso decanoLuiz de Castro Souza.

Alguns seminários já se acham programados, em parcerias que se vão tornando habituais: Brasil-Portugal, em comemoração ao Ano de Portugal no Brasil, com o Real Gabinete Português de Leitura e o Liceu Literário Português, em abril; Jerônimo de Albuquerque e a conquista do Maranhão, em junho, com a Diretoria de Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha, e Os vice-reis no Rio de Janeiro: 250 anos (1763-2013), em outubro, com o Museu Histórico Nacional, IHGRJ e UFF, além do Projeto Interdisciplinar História e Literatura, em abril.

Ano de efemérides, como o 250º ano de nascimento de José Bonifácio e o bicentenário de nascimento do Visconde de Mauá, sem falar de outros tantos centenários muitos dos integrantes do atual quadro social (vide destaque na seção Notícias de Sócios), o Instituto delas participará com outras tantas celebrações e registros.

Treze sócios eleitos na AGE de 14/12/2012 membros honorários e correspondentes, e alguns mais dos anos anteriores, por seu turno, tomarão posse, enriquecendo os anais do Instituto com as conferências de praxe e, assim. se chegará ao ponto alto do calendário deste ano de particular significação para a história do Instituto, com a Sessão Magna comemorativa dos profícuos 175 anos de seu trabalho em prol dos estudos históricos e da identidade nacional e do jubileu de ouro de seu decano Luiz de Castro Souza.

Na oportunidade será lançada a Brasiliana IHGB, ora em preparo por Bia e Pedro Corrêa do Lago, cobrindo as raridades bibliográficas, hemerográficas, fotográficas, arquivísticas e museológicas do acervo do Instituto.

Abertura

Instituto Abre o Ano Social com Reflexão sobre a Política Externa Brasileira

volume 280 abertura 1

O Instituto realizou, em 13 de março, em seu Salão Nobre, a sessão inaugural de suas atividades sociais, com a conferência do embaixador Luiz Felipe de Seixas Corrêa, sobre o tema “A política externa do Brasil em tempos de transformação: tradição, continuidade e mudança”.

Seixas Corrêa traçou um abrangente panorama da atuação da diplomacia brasileira ao longo da história do país e de sua contribuição para a construção da própria identidade brasileira. E mostrou como a diplomacia brasileira, sem jamais perder o foco nos objetivos nacionais de desenvolvimento e de ampliação da inserção do Brasil no mundo, sempre buscou compatibilizar os elementos de tradição, continuidade e transformação.

Demonstrou, ainda, como a consolidação da democracia no país deu credibilidade às suas postulações externas e, ao mesmo tempo, permitiu que o país ocupasse posições de preeminência na condução de praticamente todas as chamadas questões globais.

Tal desempenho, sublinhou Seixas Corrêa, acarreta desafios cada vez maiores, diante de um mundo em permanente transformação, a que o Brasil tem sabido responder com maturidade, coerência e fina sintonia com seus objetivos permanentes.

O presidente Arno Wehling cumprimentou o conferencista pela contribuição que trouxe ao estudo do tema e lembrou os laços que unem o Instituto ao Itamaraty, desde os tempos do Barão do Rio Branco, presidente do IHGB e patrono da diplomacia brasileira.

A sessão contou com a presença do ex-chanceler Luiz Felipe Lampreia, de numerosos convidados e representantes de instituições culturais e foi seguida de coquetel no terraço.

Abertura

Um Visitante Ilustre

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Foto: Augusto Malta

Arquivos não guardam apenas documentos manuscritos. Muitas vezes são verdadeiras caixas pretas repletas de segredos, quando não verdadeiros cofres de tesouros.

Ainda este mês, a coluna de Ancelmo Goes, na edição de 26, deO Globo, revelou a descoberta feita, no Arquivo do Instituto, pela pesquisadora Regina Wanderley, de um “desenho inédito com lindo texto dos “imprudentes antropófagos” Tarsila do Amaral e Oswald de Andrade” ao casal Prudente de Moraes Neto, o combativo jornalista Pedro Dantas, do Diário de Notícias.

Agora outra preciosidade saltou do fundo das gavetas: duas fotos de ninguém menos do que Stefan Zweig (1881-1942), em visita ao Instituto, na tarde de 23 de agosto de 1936 (R.IHGB, v. 71, 1939, p. 494).

Ditas fotos, ora publicadas, registram o autor de Brasil país do futuro, o biógrafo de Maria Antonieta e Fouché, o romancista de assinalados méritos e trágico fim, na 1ª foto, ao lado de Max Fleiuss, Afonso Celso, Manuel Cícero Pregrino e Luís Felipe Vieira Souto, na sala de sessões, e, na 2ª, em grupo, no salão de entrada do antigo Silogeu, colhidas pela câmera de Augusto Malta (página 2).

Dois novos achados, que se vêm somar à sua máscara mortuária, exposta no Museu, aos 39 títulos de sua autoria existentes em nossa biblioteca, e a um manuscrito de três páginas, que pertenceu à coleção de Luis la Saigne, fundador da Mesbla, referente à participação de Chamberlain na reunião com Hitler, em Munique, a lembrarem-no à posteridade na Casa da Memória Nacional.

282 abertura2
Foto: Augusto Malta

Abertura

Seminários Brasil – Portugal e História & Literatura Mobilizaram o Instituto em Abril

Com numerosa assistência, os Seminários “Brasil-Portugal” e “História & Literatura” mobilizaram as atenções do Instituto no mês de abril.

volume 281 abertura 1

O primeiro teve lugar nos dias 2 a 4, em comemoração ao Ano de Portugal no Brasil. Promovido pelo IHGB, em parceria com o Real Gabinete Português de Leitura e o Liceu Literário Português e a chancela do Comissariado Geral Português, contou com a presença do cônsul-geral de Portugal no Rio de Janeiro, Nuno de Melo Belo, e da professora Manuela Mendonça, presidente da Academia Portuguesa da História.

Os trabalhos foram abertos pelo presidente Arno Wehling, que destacou a significação do evento para as relações luso-brasileiras e recordou as iniciativas semelhantes realizadas por ocasião das celebrações dos Anos da França e da Itália no Brasil.

volume 281 abertura 2

“Pero Vaz de Caminha o primeiro português que escreveu sobre o Brasil” foi o tema da conferência inaugural, a cargo de Manuela Mendonça, a qual abordou as raízes genealógicas do autor da “certidão de batismo do Brasil”, seguindo-se-lhe seis sessões de comunicações, coordenadas por Maurício Vicente Ferreira e Edivaldo Boaventura (1º dia), Manuela Mendonça e José Arthur Rios (2º dia) e Afonso Arinos e Cybelle de Ipanema (3º dia).

volume 281 abertura 3

No 1º dia, a mesa-redonda da manhã teve por expositores Fernando Lourenço Fernandes e Armando de Senna Bittencourt, que discorreram, respectivamente, sobre “Mareantes e cartógrafos: o Brasil nos mapas portugueses do século XVI” e “O poder naval português como origem da Marinha do Brasil”, e, a da tarde, Guilherme de Andrea Frota e Jonas Correia Neto, com os temas “A ação militar de Portugal na preservação das terras do Brasil” e “O espírito militar português na formação histórica do Exército brasileiro” (1ª parte), e José Arthur Rios e Ismênia de Lima Martins, que falaram sobre “Estruturas agrárias Portugal e Brasil século XIX” e “Os portugueses e os “outros” no Rio de Janeiro – relações sócio-econômicas dos lusos com os nacionais e demais imigrantes: 1890-1920” (2ª parte).

No 2º dia, uma sessão matutina e duas vespertinas. Na da manhã, fi zeram-se ouvir Lucia Maria Bastos Pereira das Neves e Arno Wehling, abordando os temas “Linguagens do liberalismo em Portugal e no Brasil” e “Da Casa de Suplicação ao Supremo Tribunal de Justiça – continuidade e ruptura da justiça portuguesa no Brasil” e, nas da tarde, Domício Proença Filho e João Cezar de Castro Rosa, sobre “A realidade linguageira no Brasil nos tempos coloniais” e “José de Alencar e um projeto de Brasil” (1ª parte) e Alberto da Costa e Silva e Edivaldo Boaventura, com as comunicações “Os lusodescendentes de Antônio Sérgio” e “Professores portugueses na Bahia na segunda metade do século XX” (2ª parte).

E, no último dia, duas sessões pela manhã e outras duas à tarde, com os comunicadores Antonio Celso Alves Pereira “Relações luso-brasileiras: 1889-1928” e Marcos Azambuja “Brasil e Portugal: distanciamentos e aproximações - O fim do Império e a promessa da Europa” , na 1ª das matutinas, e Carlos Francisco Moura “Brasileiros nos extremos orientais do Império” e Lucia Maria Paschoal Guimarães “Por uma nova Lusitânia: o projeto da revista Atlântida -1915-1920”, na 2ª, e, na 1ª das sessões vespertinas, Vasco Mariz e Tania Bessone falaram sobre “A música no Rio de Janeiro no tempo de d. João” e “Livreiros portugueses e brasileiros: relações atlânticas através de impressos” e, na 2ª, Myriam Andrade Ribeiro de Oliveira e Dora Alcântara sobre “Profissionais portugueses na arquitetura religiosa no Brasil setecentista” e “Azulejos e espaços religiosos portugueses em terras brasileiras”.

Todas as mesas foram seguidas de debates. Coube aos presidentes do Instituto e da Academia Portuguesa proferirem as palavras de encerramento dos trabalhos e de agradecimento à participação de todos.

Uma exposição de livros, documentos e fotografias do acervo do Instituto ilustrou o evento no Salão Barão do Rio Branco, contiguo ao Salão Nobre.

volume 281 abertura 4

O segundo dos Seminários teve a coordenação do escritor Cláudio Murilo Leal, da Academia Carioca de Letras, e foi aberto pelo presidente Arno Wehling na tarde do dia 15, prosseguindo com sessões vesperais nos quatro dias subsequentes.

volume 281 abertura 5

Focado no binômio História e Literatura, dedicou seu 1º dia ao tema do “Indianismo”, com as comunicações de Kaori Kodama (Casa de Oswaldo Cruz) e Alcmeno Bastos (UFRJ); o 2º, às “Memórias do Rio de Janeiro”, com Nireu Cavalcanti (UFF) e Ricardo Cravo Albin (ACL); o 3º, à “Guerra dos Canudos”, com José Arthur Rios e Cláudio Murilo Leal (ACL); o 4º, à “Escravidão e Abolição no Brasil”, com a participação de Eduardo Silva e Flávia Amparo (UFF) e o 5º, à Inconfidência Mineira, ficando o aspecto histórico a cargo de José Murilo de Carvalho e o literário com Teresa Cristina Meireles de Oliveira (UFRJ), que o abordou a partir dos romanceiros de Cecília Meireles e Stella Leonardos.

Todas as mesas-redondas foram igualmente seguidas de debates.

volume 281 abertura 6

Abertura

Prato Amostra, Uma Raridade Museológica

volume 283 abertura 1
Foto: Magda Beatriz Vilela

Uma das últimas aquisições do Instituto para seu acervo museológico – o prato amostra cuja imagem ora reproduzimos – é uma peça emblemática do universo das chamadas louças brasonadas.

Trata-se de peça extremamente rara, que sequer figura nas coleções do Museu Histórico Nacional e do Museu Imperial, e da qual presentemente se conhece apenas mais um exemplar, que, como a denominação sugere, destinava-se a oferecer, nas casas importadoras de louças européias, no Rio de Janeiro, modelos de iniciais, monogramas e coroas para decoração de serviços de porcelana.

Sua serventia era evidente, pois dispensava a ida do interessado às próprias manufaturas, bastando encomendá-las, a gosto, no comércio importador, dada a variada tipologia de modelos que ali se oferecia.

Por outro lado, a própria disposição com que tais adereços figuram no prato, à volta do brasão imperial, ornado com os ramos de fumo e café, por si só já traduz o que com elas eventuais adquirentes pretendiam mostrar a familiares, convivas e serviçais: a identificação com a Corte, em torno da qual se propunham gravitar, a prova do reconhecimento de serviços e da nobilitação do sangue, às vezes desprovido de maiores foros, e, mesmo no caso de não titulares, o toque diferenciador de requinte social.

O hábito de brasonar, aqui tomado lato sensu (pois se trata de iniciais, monogramas e coroas e não de escudos), na realidade, não se limitou às porcelanas. Brasonou-se tudo. De papéis de carta a mobiliário. De cristais a sinetes. De louças de quarto a encadernações de livros. De cartões de visita a talheres. De leques a arreios de montaria. De frontões de solares a pedras tumulares. E, em vários casos, com os próprios brasões de armas.

Tratava-se, na verdade, de um novo paradigma de viver e receber, como Wanderley Pinho bem destacou em seu Salões e Damas do Segundo Reinado, aqui introduzido a partir da vinda da Família Real, e que teve larga aceitação na chamada aristocracia brasileira, conhecendo-se, presentemente, mais de 220 serviços de tais louças, sendo que 56 titulares, em levantamento feito, em 2000, tiveram mais de uma baixela. Quem deles fazia uso, pelo só fato de tê-los, já dava provas de um “pertencer”, como bem assinalou Dominique Poulot em seminário no MHN.

Francisco Marques dos Santos, que teve em seu acervo tal exemplar, o expôs na Exposição de Louça Brasonada realizada, em 1943, no Museu Nacional de Belas Artes (lote 146), reproduzindo-o, posteriormente, no livroAs Artes Plásticas no Brasil, coordenado por Rodrigo Mello Franco de Andrade (1952). De então até o presente, tal peça simplesmente havia desaparecido do mercado.

Tal prato, pelas informações que agrega, reveste-se, pois, de particular importância para os estudos de louça histórica no Brasil.

Abertura

As Variações de uma Coleção – I

Quando se fala de coleções de porcelana, o que vem à lembrança são os serviços de mesa encomendados pela Casa Imperial e por membros da chamada aristocracia brasileira, mas há outros tipos de louça, de valor histórico, que igualmente se prestam, embora em quantidade menor, à formação de coleções, como os das louças iconográficas e os de peças comemorativas, ambos de carater puramente decorativo.

volume 285 abertura 1
Fotos: Ivanoé

Do primeiro desses segmentos, o Instituto possui, em porcelana holandesa Petrus Regout, de Maestricht, três belos pratos vazados na aba, com as armas da República, e as efígies dos três primeiros presidentes, e dois outros, no mesmo estilo, mas sem as armas oficiais, com os retratos de Carlos Gomes e Paes de Carvalho (Foto1), que parecem fazer parte de uma encomenda da colônia paraense, pois, segundo informação de Eldino Brancante, também Serzedelo Corrêa e Veiga Cabral, figuras de primeira plana na Belém da virada do século XX, foram nela incluídos (1).

volume 285 abertura 2

Menos requintada do que a anterior, mas no mesmo gênero e época, são os pratos em pó de pedra, na manufatura de Sarreguemines, cuja série abre-se, nostalgicamente, com D. Pedro II (já nominado, simplesmente, D. Pedro de Alcântara) e D. Teresa Cristina, e prossegue com os presidentes da República até Afonso Pena e figuras outras como o marechal Machado Bittencourt, o almirante Saldanha da Gama, o prefeito Pereira Passos e Santos Dumont, encerrando-se, já no final da década de 20, com Washington Luis (2).

volume 285 abertura 3

Desta série o IHGB possui os dos ex-imperadores, os dos presidentes Prudente de Morais e Washington Luís e o de Santos Dumont (Foto 2). Integram, ainda, a coleção do IHGB um prato com a efígie da imperatriz Leopoldina, de uma série comemorativa do Centenário da Independência (da manufatura Candal, de Vila Nova de Gaia), e um prato com o retrato de Getúlio Vargas, da época do Estado Novo (Foto 3).

volume 285 abertura 4

E até mesmo uma rara xícara, em porcelana sem marca, de um serviço de mesa completo, com o retrato do arquiteto Antonio Januzzi (Foto 4), autor dos projetos de diversos imóveis da Avenida Central. Nem se pense, porém, que a moda tenha vindo com a República, pois, já no tempo do II Reinado, havia jarrões e ânforas (e até mesmo cristais) com os retratos da família imperial e serviços de chá com os do general Osório e do visconde Vieira da Silva.

volume 285 abertura 5

Do segundo segmento, o IHGB possui exemplares, em porcelana da Companhia das Índias, do serviço “Viva a Independência” (Foto 5) e do chamado prato do “Versinho”, em porcelana atribuída à manufatura de Valenciennes, comemorativo da mesma efeméride (3); os referentes à série “Victorias brasileiras” na Guerra do Paraguai (em louça W & T - Tunstall); os alusivos ao IV Centenário do Descobrimento do Brasil (da fábrica Vista Alegre) e aos dos centenários de falecimento do marquês de Pombal, em louça de Sacavém (1882), e de nascimento José Mariano Carneiro da Cunha (1950), entre outros (Foto 6); da Copa do Mundo de 1950 (cinzeiro) e das comemorações do IV Centenário do Rio de Janeiro (prato), em porcelana nacional (Foto 7).

volume 285 abertura 6

Três outros segmentos poderiam, ainda, ser mencionados, mas, até o momento, não figuram na coleção do IHGB: o de louças de iconografia urbana, os de iconografia militar e naval e os de reclame (jornais e casas comerciais) do primeiro quartel do século passado.

E há, também, um outro, o das porcelanas dos palácios do governo, de que o Instituto possui uma cremeira, em porcelana branca filetada em ouro, com as armas da República, recém-proclamada, da manufatura de Jean Pouyat, Limoges, que pertenceu ao Palácio do Itamaraty (Foto 8).

(1) O Brasil e a Cerâmica Antiga. São Paulo: Cia. Litográfica Ypiranga, 1981.
(2) Não foram localizados, até o momento, em coleções públicas ou particulares, de exemplares com os retratos dos demais presidentes.
(3) Louça da Independência do Brasil. Anais do Museu Histórico Nacional, v. 23, 1972.

Abertura

Seminário Celebra o IV Centenário da Conquista do Maranhão

284 abertura1
Fotos: Ivanoé
284 abertura2

Os quatrocentos anos da conquista do Maranhão aos franceses, na célebre batalha de Guaxenduba, foi lembrado em Seminário promovido pelo Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro em parceria com a Diretoria de Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha, na tarde de 17 de julho, na sede do IHGB.

O ato foi aberto com alocução do presidente Arno Wehling, seguindo-se a 1ª Sessão de Comunicações, com sua fala intitulada Nas origens do Maranhão: o Governo da Conquista – A perspectiva da história institucional, e a do professor Luiz Fabiano de Freitas Tavares, do Programa de Pós-Graduação em História da UFF, sob o tema Ecos de Guaxenduba: representações francesas da batalha.

Após o tempo reservado para debates e café, realizou-se a 2ª Sessão de Comunicações, que teve por expositores os sócios Armando de Senna Bittencourt e Vasco Mariz, que discorreram, respectivamente, sobre O Comando do Mar e Jerônimo de Albuquerque, o herói de Guaxenduba, igualmente seguida de debates.

A presidência das 1ª e 2ª sessões esteve a cargo de Armando de Senna Bittencourt e Arno Wehling, tendo o evento sido encerrado com um coquetel no terraço do IHGB.

Abertura

Instituto Celebra os 175 Anos de Fundação

volume 287 abertura 1
Fotografias: Ivanoé

Com a presença de 42 sócios, representantes de instituições culturais e numerosos convidados, realizou-se, em 23 de outubro, no Salão Nobre, a Sessão Magna comemorativa dos 175 anos de fundação do Instituto.

A mesa diretora foi integrada pelo presidente e 1ª secretária, pelo presidente do IBRAM, Angelo Oswaldo de Araújo Santos, pelos presidentes dos Institutos Históricos do Espírito Santo e Rio de Janeiro, Getúlio Marcos Pereira Neves e Paulo Knauss, pelo príncipe D. Manuel de Orleans e Bragança, pelo 1º vice-presidente do Instituto de Minas Gerais, Gilberto Madeira Peixoto, pelo secretário perpétuo do Instituto de Pernambuco, Reinaldo Carneiro Leão, e pelo presidente do Instituto de Petrópolis, Luiz Carlos Gomes.

volume 287 abertura 2

A sessão foi aberta pela execução do Hino Nacional Brasileiro, pela Banda do Batalhão de Guardas – Batalhão do Imperador, seguindo-se a leitura das Efemérides Brasileiras, do Barão do Rio Branco, alusivasà data.

Em sua fala, o presidente Arno Wehling discorreu sobre o papel do Instituto
como lugar de produção do conhecimento, desde a primeira sessão quando o
fundador e secretário perpétuo, Januário da Cunha Barbosa, traçou um paralelo entre a mão de obra escrava, africana, e a dos naturais da terra, no tocante à agricultura.

Lembrou a figura do Visconde de São Leopoldo, primeiro presidente, que discutiu o papel das ideias da Ilustração na criação do Instituto e a preocupação com a construção da identidade nacional.

volume 287 abertura 3

Destacou, ainda, nas atividades do IHGB, a fundação da Escola de Altos Estudos, depois intitulada Faculdade de Letras, Ciências Políticas e Sociais, a interlocução com os Institutos Históricos das antigas províncias e, já agora também, com os institutos municipais, traduzida em sucessivos Colóquios, a realização e a participação em congressos das Academias Iberoamericanas de História, a organização de seminários e cursos, a atividade semanal da CEPHAS, a constituição dos acervos bibliográfico, hemerográfico, arquivístico, iconográfico, cartográfico e museológico, as dezenas de publicações, a formação de um quadro acadêmico de corte variado nas diversas áreas de interesse do Instituto, e, já agora, a instalação de núcleos para desenvolvimento de projetos de pesquisa por membros do Instituto e pesquisadores convidados - uma atualização, sem dúvida. da proposta dos fundadores de coligir, metodizar e divulgar a história brasileira.

volume 287 abertura 4

Coube à 1ª secretária Cybelle de Ipanema apresentar o relatório de atividades no exercício e ao orador Alberto da Costa e Silva proferir o elogio dos sócios falecidos no exercício 2012-2013 e de integrantes do Quadro Social cujo desaparecimento só então veio a ser de conhecimento do Instituto.

A sessão foi seguida de recepção no terraço,quando foram lançados os números 458 e 459 da Revista, distribuídos aos presentes.

Seminário Internacional Os Vice-Reis no Rio de Janeiro - 250 Anos
volume 287 abertura 5

Em parceria com o Museu Histórico Nacional, o Instituto Histórico e Geográfico do Rio de Janeiro e o Programa de Pós-Graduação em História da UFF, o Instituto realizou, de 7 a 10 de outubro, o Seminário Internacional Os Vice-Reis no Rio de Janeiro - 250 anos.

O evento desdobrou-se em 4 conferências e 10 mesas-redondas, seguidas de debates, e contou, ainda, com a inauguração da exposição “Há 250 anos. De Salvador para o Rio de Janeiro”, no MHN.

As conferências ficaram a cargo de (1) Maria Beatriz Nizza da Silva (Os vice-reis e as diretrizes ilustradas da Coroa), na abertura, (2) António Manuel Hespanha (Esboçando um Estado “pos feudal” – As leituras dos juristas e burocratas dos finais do século XVIII), (3) Richard Graham (O vice-rei e a (des)união do Brasil), (4) Arno Wehling (O ofício de vice-rei no Estado do Brasil, 1763-1808) e (5) Washington Fajardo (Rio de Janeiro hoje: Patrimônio da Humanidade).

volume 287 abertura 6
volume 287 abertura 7

Das mesas-redondas participaram, (6) Nireu Cavalcanti (UFF), José Pessoa (UFF), Maria Regina Celestino (UFF), na de Espaços e referências urbanas; (7) Regina Wanderley (UERJ), Fabiano Vilaça (UERJ) e Adriana Barreto de Souza (UFRJ), na de Política e governança; (8) Maria de Lourdes Viana Lyra, Airton Seelaender (UFSC) e Arno Wehling, na de Sede do estado do Brasil; (9) Synésio Góes Filho, Fernando Camargo (UFPel) e Adler Fonseca de Castro (IPHAN), na de Território e defesa do Brasil; (10) Leila Algrant (UNICAMP), Jean Marcel França (UNESP) e Alberto da Costa e Silva (A Cidade dos vice-reis e sua Gente); (11) Neusa Fernandes (IHGRJ), William Martins (UFRJ) e Guilherme Pereira das Neves, na de Religião e Sociedade); (12) Fábio Pesavento (ESPM/ES), Carlos Gabriel Guimarães (UFF) e José Jobson de Arruda, na de O Comércio dos Homens); (13) Domício Proença Filho (ABL), Myriam Andrade Ribeiro e Vasco Mariz, na de As Letras e as Artes); (14) Lucia Guimarães, Paulo Knauss e Isabel Lenzi, na de Historiografia das comemorações, e (15) Cybelle de IpanemaLuiz de Castro Souza Vera Lucia Tostes, na de Memórias de 1963.

volume 287 abertura 8

Na oportunidade foi lançados o livro anual do Museu Histórico Nacional (2012).

volume 287 abertura 9

Abertura

Seminário História e Jornalismo

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O Instituto realizou, em 23 de setembro, no âmbito das atividades de sua Diretoria de Cursos, o Seminário História e Jornalismo, sob a coordenação acadêmica do escritor Cláudio Murilo Leal.

Dividido em quatro sessões de comunicações, o evento contou com a participação de membros do IHGB, jornalistas e estudiosos da história da imprensa no Brasil, que discorreram sobre A era Kubitscheck (Murilo Melo Filho), A revista Manchete (Arnaldo Niskier), A Independência do Brasil (Isabel Lustosa), A imprensa na era da Independência: o Reverbero Constucional Fluminense (Cybelle de Ipanema), O movimento sindical (Murilo Leal), A imprensa operária (Alexandre Fontes), O Jornal do Commercio (Cícero Sandroni) e a Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (Arno Wehling).

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Abertura

Arte e Leilão no Terraço do IHGB

volume 289 abertura 1
Foto: Onze Dinheiros

Aproveitando o recesso de verão, o IHGB alugou seu panorâmico terraço, de 5 a 12 de fevereiro, para a realização de exposição e leilão de obras de arte da Coleção Márcia de Moura Castro.

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Foto: Onze Dinheiros

Filha de Marcos e Ana Amélia Carneiro de Mendonça – ele, o grande historiador da Amazônia pombalina e nosso confrade, e ela figura de destaque nos meios culturais do Rio de Janeiro - Márcia, já familiarizada com a arte brasileira, que vira na casa de seus pais, mudou-se para Minas Gerais e pôs-se a organizar sua própria coleção, tornando-se profunda conhecedora do mobiliário e da imaginária brasileira dos tempos coloniais.

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Divulgação

Sua coleção de ex-votos e de “santos de casa”, temas de dois de seus livros, integra hoje a coleção do IPHAN. O restante do que lhe tocou por herança de família, foi objeto do leilão realizado no IHGB, pelo Onze Dinheiros Escritório de Artes, do antiquário Paulo Roberto Souza e Silva, do Rio de Janeiro. Dentre as verdadeiras joias ali praceadas, encontravam-se um relógio de coluna policromada, fabricado em 1776 em Vila Rica, quatro pinturas sobre madeira representando “Os Quatro Continentes”, que figuraram na Exposição “Brasil 500 anos”, realizada em Nova York, três esculturas em cedro e um oratório em madeira atribuídos ao Aleijadinho, prataria brasileira e portuguesa do século XVIII, mobiliário da mesma época, potes de farmácia do século XIX, além de louças e cristais, dentre os quais cinco raras peças do serviço brasonado do Barão de Vargem Alegre, uma das quais adquirida pelo IHGB.

O evento serviu para divulgar o terraço do Instituto como local privilegiado para a realização de eventos culturais e para atrair um público que se pode transformar, a partir de afinidades várias, em parceiro da Casa da Memória Nacional.

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