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Atividades e Notíciários

Abertura

O IHGB Sobe a Serra para Homenagear seu Patrono

247 abertura1
Fotografias: Ivanoé

Na data aniversária de D. Pedro II, 2 de dezembro, o Instituto, a convite do Museu Imperial, deslocou-se a Petrópolis para realizar, no Museu Imperial, sua sessão da CEPHAS, a primeira, por sinal, extra muros. A data assinalava também o início das comemorações dos 70 anos daquela instituição.

274 abertura2
>

Os trabalhos foram abertos pelo diretor do Museu, Maurício Vicente Ferreira Junior, que destacou a significação de ambas as efemérides e da presença do IHGB, instituição irmã no culto da memória do imperador, manifestando o desejo de que tal iniciativa pudesse repetir-se a cada ano.

A seguir, procedeu ao relançamento do ex libris do Museu Imperial, criado na década de 1940, pelo então diretor Alcindo Sodré, convidando o príncipe D. Pedro Carlos de Orléans e Bragança, filho de nosso saudoso confrade D. Pedro Gastão, para fazer a colagem do mesmo no catálogo da exposição ‘Retratos no estrangeiro: o Brasil imperial nos ateliês franceses’, de autoria de Maria de Fátima de Moraes Argon e Maria Inez Turazzi, então lançado.

Na segunda parte da sessão, já sob a presidência de Arno Wehling, foi dada a palavra a Pedro Karp Vasquez, que proferiu a palestra ‘D. Pedro II, o imperador professor’. Citando contemporâneos e historiadores vários, Pedro Vasquez apresentou um personagem que viveu à frente do seu tempo, que possuía a melancolia dos superdotados e o interesse genuíno pelo saber, que se comprazia em educar as filhas, assistir aulas e concursos do Colégio Pedro II, custear, de seu próprio bolso, a construção de escolas públicas e a concessão de bolsas de estudo no exterior a estudantes de Artes.

Ao encerrar a sessão, Arno Wehling felicitou o palestrante pelo destaque dado à visão global do imperador, mostrando-o não apenas como um erudito, mas como um intelectual dotado de senso crítico e capacidade de avaliação.

 247 abertura3
Fotografia: Ivanoé

A sessão, bastante concorrida, foi também prestigiada pelos príncipes D. Francisco e D. Manuel, por nosso consócio D. João de Orleans e Bragança, pelo secretário de Turismo, Gastão Reis, representando o prefeito de Petrópolis, pelo vice-presidente do Instituto Histórico
local, Luís Carlos Gomes, por 15 outros sócios do IHGB, membros da administração do Museu Imperial e do IHP, frequentadores da CEPHAS e convidados.

Ao final, a direção do Museu ofereceu coquetel, no Galpão das Carruagens.

 

Abertura

Conferência de Marcílio Moreira Abre o Ano Social

249 abertura 1
Fotografias: Ivanoé

O Instituto deu início às atividades sociais de 2010 com a conferência do ministro Marcílio Marques Moreira sobre Divisores de águas na trajetória das políticas comerciais brasileiras:da Abertura dos Portos à Rodada de Doha.

O ato teve lugar no dia 24 de março, às 17 horas, no Salão Nobre, com a presença de numerosas personalidades do meio acadêmico e empresarial do Rio de Janeiro, além de grande número de integrantes do quadro social.

Marcílio, ex-ministro da Fazenda no governo Collor e ex-embaixador em Washington, discorreu sobre a evolução do comércio no Brasil, da chegada da corte portuguesa aos dias atuais, destacando-lhe os pontos de expansão e estrangulamento.

Na 2ª. parte da sessão, o presidente Arno Wehling fez entrega aos sócios titulares Alberto da Costa e SilvaArmando de Senna Bittencourt, Arnaldo NiskierJoão Maurício de Araújo Pinho e Marcos Guimarães Sanches dos ofícios das credenciais de sócios correspondentes da Real Academia de la História, da Espanha, em decorrência do Convênio de Reciprocidade firmado pelo IHGB com aquela instituição.

O ato contou com a presença de 35 sócios e numeroso público e foi prestigiado por autoridades e representantes da área cultural, dentre os quais o embaixador António Almeida Lima, cônsul de Portugal no Rio de Janeiro, os ex-ministros João Paulo dos Reis Veloso, presidente do Fórum Nacional de Estudos Brasileiros, e Célio Borja, e o presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro, José Luiz Alquéres, além dos diretores do Museu Imperial, Maurício Vicente Ferreira Junior, da Fundação Casa de Rui Barbosa, José Almino Alencar, e dos diretores do Serviço de Documentação da Marinha, Armando de Senna Bittencourt, e da Bibliex, Josevaldo Souza Oliveira.

Após a solenidade foi servido um coquetel no terraço.

Abertura

Lançamento de Livro Sobre o IHGB Assinalou a Posse da Nova Diretoria

248 abertura 1
Fotografias: Ivanoé
 
248 abertura 2

Em concorrida solenidade no Salão Nobre, aberta com um minuto de silêncio pelas vítimas do terremoto do Haiti, a diretoria, encabeçada por Arno Wehling, e tendo nas 1ª, 2ª e 3ª vice-presidências Victorino Chermont de Miranda, Max Justo Guedes e Afonso Arinos de Mello Franco, nas 1ª e 2ª secretarias Cybelle de Ipanema e Elysio de Oliveira Belchior, na tesouraria Fernando Tasso Fragoso Pires e como orador José Arthur Rios, tomou posse para o biênio 2010-2011.

No mesmo ato, foram também empossados os integrantes dos Conselhos Fiscal e Consultivo, os membros das Comissões Permanentes e os diretores adjuntos.

O presidente, em sua fala, assinalou o compromisso do IHGB com a ética e com o binômio tradição e renovação e conclamou o quadro social a prosseguir na consecução dos objetivos buscados pelos fundadores e pelas gerações que construíram a grandeza do Instituto, nos seus 171 anos de existência.

Dentre as manifestações recebidas, registrou-se a do vice-presidente da República, José Alencar.

Após os cumprimentos na Sala Imperial, seguiu-se o coquetel de confraternização no terraço e a distribuição do livro De formigas, aranhas e abelhas – Reflexões sobre o IHGB, de autoria de Arno Wehling.

O livro articula diversas mensagens de natureza conceitual, por ele desenvolvidas em anteriores pronunciamentos, acerca da identidade do IHGB, sua missão na cultura e no universo intelectual do Brasil e seu compromisso humanista, servindo, igualmente, de subsídio às instituições congêneres, nas respectivas esferas de atuação. Temas como tradição e inovação, construção das identidades regionais, acervos e pesquisa, pluralismo corporativo e pluralismo intelectual, convivência e sociabilidade, tão presentes no fazer dos institutos históricos brasileiros, estão ali postos como verdadeiro norte para todos os que a eles se dedicam.

Traz, também, um anexo, com informações-chave, sobre sua história, evolução estatutária, publicações, premiações, diretorias, quadro social, atividades e outros dados.

O título do livro, tirado do aforismo 95 do Novum Organon, de Francis Bacon, remete para a intersecção de eruditos, ensaístas e cientistas sociais na formação e no funcionamento dos institutos históricos, à imagem do que acontece, no plano da natureza, com formigas, aranhas e abelhas. Justificando-o, escreveu o autor: “emprestei a Bacon o aforismo 95 porque, sendo uma das pedras angulares da epistemologia moderna, na qual também se assentou o conhecimento histórico, permitiu-me, por meio de uma glosa livre, afirmar a convivência no IHGB das três configurações intelectuais. É um argumento que valoriza a tradição do Instituto, mas que rompe deliberadamente com a presunção cientificista do monopólio do conhecimento por uma certa visão, determinista e mesmo sectária, da ciência”.

Abertura

Memorabília Eleitoral

250 abertura 1

Em mais um ano de eleições, vale a pena lembrar as campanhas de outrora. Eleições de um tempo que não contava com a propaganda eleitoral gratuita, os debates televisivos, a cédula única, o voto eletrônico e a internet, e tinha nos comícios, nos comitês eleitorais, na distribuição de cédulas e no uso de buttons o forte da propaganda eleitoral.

Quem não se recorda dos postes e árvores cobertos de cartazes e faixas, das cabines eleitorais com cédulas dos vários candidatos (a cédula única só veio a ser adotada em 2001) das flâmulas, medalhas, caixinhas de fósforo, discos com jingles e outros souvenirs de campanha?

Testemunhos despretensiosos e efêmeros de tais prélios, ficaram eles, quando não descartados no dia seguinte às eleições, relegados ao fundo das gavetas de um que outro colecionador ou eleitor apaixonado, à espera de um descarte inconsequente que, mais dia menos dia, os levaria ao socavão dos bric-à-brac ou, simplesmente, ao lixo. E, no entanto, como são importantes, pelas informações que encerram, e poéticos até, pelas lembranças que despertam!

Atento a essa realidade, o IHGB vem, já há algum tempo, recolhendo-os em feiras e leilões de antiqualhas. E, graças a isso, tem hoje uma coleção de mais de 100 exemplares do mais emblemático desses itens – o dosbuttons de propaganda política (desde a campanha civilista até a eleição de 2002), expostos na ante-sala do Salão Nobre, hoje proibidos pela legislação eleitoral.

Também já abordamos, em edição anterior deste informativo (231/jul. 2008), a coleção de discos de propaganda política, que vimos recolhendo, com discursos memoráveis e marchas e refrões de campanha.

Nesta edição, voltamo-nos para os cartazes, flâmulas, medalhas, volantes, cédulas eleitorais de antigos pleitos (estas, sem dúvida, o mais efêmero dos itens de tal universo) e artigos assemelhados, reproduzindo, aqui, alguns de seus exemplares. Manifestos e programas dos tempos de Arthur Bernardes, do brigadeiro Eduardo Gomes e do marechal Lott, volantes da Aliança Liberal e das candidaturas de Julio Prestes, Cristiano Machado, Getúlio e Leonel Brizola, cartazes das campanhas presidenciais, entre outras, de Armando de Salles Oliveira, Getúlio Vargas, JK, Jânio Quadros e Ademar de Barros, lenço e flâmulas de propaganda do Brigadeiro, de Cristiano Machado, Juarez Távora, Carlos Lacerda e Tenório Cavalcanti, entre outras, medalhas e distintivos com as efígies de Luís Carlos Prestes, Plínio Salgado, Getúlio Vargas, Eduardo Gomes, Adhemar de Barros e JK, volantes e santinhos, selos das eleições de 1930 e 1950, réplicas de cédulas monetárias e bônus de campanha, caixas de fósforo, além das extintas cédulas de votação, que o eleitor devia levar consigo no ato de votar, para não correr o risco de só encontrar, na cabine eleitoral, as do candidato adversário.

Mas não apenas as cédulas individuais marcaram época. Flâmulas e caixinhas de fósforo não sobreviveram às eleições de 1950 e 1955 e os próprios cartazes, que cobriam árvores, postes e muros acabaram proibidos pela legislação eleitoral, na década de noventa, assim como os buttons. Apenas os santinhos e folhetos de propaganda resistiram ao tempo e desafiam, em nossos dias, o mundo virtual. Também eles enriquem o acervo do Instituto, com exemplares das campanhas de Lula e Alkmin, Eduardo Paes e Fernando Gabeira.

Em suma, um variado repertório de lembranças de nossa história política, á espera de novas incorporações que o venham a enriquecer e de um olhar capaz de resgatar-lhe a significação para os estudos históricos.

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Abertura

Presidente do IBRAM Fala no IHGB sobre a Política Nacional de Museus

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foto Ivanoé

Em concorrida sessão, no dia 12 de maio, o presidente do recém criado Instituto Brasileiro de Museus – IBRAM, José do Nascimento Junior, órgão ligado ao Ministério da Cultura, realizou palestra, no Instituto, sobre a Política Nacional de Museus.

José do Nascimento, que, além de museólogo, é também doutor em História Social, destacou o compromisso do IBRAM com a preservação da Memória Nacional, enfatizando o compromisso do governo federal de dotar os museus brasileiros de recursos adequados para poderem desenvolver seus programas de ação, especialmente no plano da capacitação técnica de seu pessoal e da segurança de seus acervos.

Enfatizou também o empenho do MinC em apoiar o surgimento de novos museus, em cidades e comunidades que ainda não os tenham, como forma de valorizar a auto-estima de seus habitantes, ressaltando ser a memória da coletividade uma dimensão fundamental da própria cidadania. E ofereceu ao Instituto o apoio logístico e técnico de que venha a necessitar para as atividades de seu Museu.

O ato contou com a presença dos diretores do Museu Imperial, Mauricio Vicente Ferreira Junior, Museu da República, Magaly Cabral, Fundação Casa de Rui Barbosa, José Almino de Alencar, Museu da Marinha, Armando de Senna Bittencourt, Museu do Primeiro Reinado, Marcos Guimarães Sanches, Museu Castro Maia, Vera de Alencar, Museu da Justiça, Antonio Izaias da Costa Abreu, e representantes do Museu Nacional, Museu Histórico Nacional, Museu de Astronomia, UFRJ e BNDES.

Ao final da palestra, o presidente Arno Wehling declarou estar certo de que a formação profissional de José do Nascimento o credenciava de sobejo para as funções em que se acha investido e manifestou a esperança de que o estreitamento dos laços entre o IHGB e o IBRAM venha a produzir bons resultados com vistas aos objetivos que ambos perseguem.

Após a sessão, José do Nascimento percorreu as instalações do Museu e participou de coquetel no terraço, onde recebeu cumprimentos de sócios e convidados.

Abertura

O Centenário de Tancredo Neves no Instituto

252 abertura 1
foto Ivanoé

Tancredo Neves, o político que marcou a vida pública brasileira dos anos Vargas à Nova República – ex-ministro da Justiça, ex-primeiro ministro no regime parlamentarista, ex-governador de Minas e presidente eleito em 1985, – foi lembrado pelo Instituto, na sessão de 30 de junho, comemorativa do centenário de seu nascimento e dos vinte e cinco anos de sua morte.

José Murilo de Carvalho, proferindo aplaudida conferência, analisou-lhe a figura à luz dos “estilos mineiros de fazer política”, alinhando uma plêiade de homens públicos oriundos de Minas Gerais como Bernardo Pereira de Vasconcelos, Honório Hermeto Carneiro Leão,Teófilo Ottoni, Ouro Preto, Afonso Pena, Cesário Alvim, João Pinheiro, Benedito Valadares, José Maria Alckmin e Juscelino Kubitscheck, enfocando origens familiares, formação profissional e cultural.

E apontou, como um dos traços fortes da atuação do homenageado, a sensibilidade em relação à questão social e o senso pragmático que fez dele um grande negociador que não abdicou dos valores e princípios da liberdade e da democracia, fugindo ao estereotipo do político mineiro, preocupado apenas com a conquista e manutenção do poder.

Abertura

Joaquim Nabuco

Folheto do curso Joaquim Nabuco: intelectual e homem de ação

Assinalando o centenário de falecimento de Joaquim Nabuco, transcorrido em 17 de janeiro do corrente ano, o Instituto promoveu, de 5 a 8 de julho, sob a coordenação de Antônio Celso Alves Pereira, o curso ‘Joaquim Nabuco: intelectual e homem de ação’, compreendendo sete conferências e uma mesa redonda sobre diferentes aspectos da presença daquele no cenário brasileiro do ultimo quartel do 2º Reinado e na primeira década do regime republicano.

Ricardo Vélez Rodríguez estudou-lhe a contribuição para o pensamento brasileiro, José Arthur Rios, a influência haurida no pensamento liberal inglês, Isabel Marson (IFCH – UNICAMP) as figurações da escravidão e da Revolução em sua obra e José Almino Alencar, sua obra historiográfica. Já Eduardo SilvaRoberto Cavalcanti e Maria Emília Prado (UERJ) analisaram-lhe a militância abolicionista, o empenho pelas reformas sociais e o projeto nacional que subjazia à sua praxis.

‘Nabuco e as relações internacionais’, por seu turno, foi o tema da mesa redonda, coordenada por Arno Wehling e integrada por Vasco Mariz e Antônio Celso, o primeiro a evocar-lhe a ação como diplomata e o segundo, o papel desempenhado em relação à Conferência da Haya de 1907.

O curso contou com expressiva participação de público e de estudantes universitários e suscitou interessantes debates ao fi m de cada uma das apresentações.

Nabuco, recebido no Instituto em 1896 e seu orador no ano de 1897, voltará a ser homenageado pela Casa, em 22 de setembro próximo, em sessão conjunta com a Academia Brasileira de Letras, de que foi um dos fundadores, quando se farão ouvir, pelos respectivos corpos acadêmicos,Evaldo Cabral de Mello e Alberto Venancio Filho.

Abertura

Gilberto Freyre na FLIP 2010 e no IHGB

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Gilberto Freyre (1900-1987), consagrado autor de Casa grande & senzala e fundador do Movimento Regionalista, foi o homenageado da oitava edição da Feira Literária Internacional de Parati, realizada de 4 a 8 de agosto naquela cidade.

À conta disso, seu nome foi tema de mesas redondas (Além da casa grande, com Alberto da Costa e Silva, Maria Lucia Pallares-Burke e Ângela Alonso e mediação de Lilia Schwarcz; Repensando Freyre, com Peter Burke, Joaquim Falcão e Rosa Maria Araujo, e Gilberto Freyre e o século XXI, com José de Souza Martins, Peter Burke e Hermano Vianna), argumento de filme (Gilberto Freyre, o Cabral moderno, de Nelson Pereira dos Santos) e lançamento de livro, com leitura de trechos (De menino a homem, de sua autoria) e ocupou as páginas dos cadernos literários dos principais jornais. Fernando Henrique Cardoso, seu crítico dos anos 50 e 60, revisitou-o com um novo olhar, na conferência ‘Casa grande & senzala: um livro perene’, com que abriu o evento; Edson Nery da Fonseca seu conterrâneo, destacou-lhe a visão generalista que lhe permitia transitar da sociologia para a antropologia, sem deixar-se aprisionar nos jargões científicos (Prosa & Verso) e Raimundo Carrero, a busca continuada da excelência literária e do leitor comum (Ideias & Livros), ambos de 31 de julho.

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Hoje transformado em verdadeira unanimidade, e com muitos escritos ainda por organizar, Freyre foi também lembrado por duas facetas em que é menos conhecido: a de poeta e pintor. Nery levou para a FLIP o poema “Bahia de todos os santos e de quase todos os pecados”, escrito por Freyre em 1926, muito antes, como destacou, da exaltação dos valores baianos por Ary Barroso e Dorival Caymmi, e chamou a atenção para a íntima ligação de sua pintura com a sua visão de sociólogo, “porque pintava casas grandes, senhoras de engenho, o capelão da casa grande, os assuntos eram sempre estes”.

Eleito sócio honorário do Instituto em 1954 e passando a correspondente em 1976, Freyre nele se acha presente não apenas em 80 títulos de sua obra, como também nas páginas de sua revista, com um sugestivo artigo sobre a obra de Pedro Calmon, onde se auto-intitula “um sociólogo da história” (R.IHGB, 147(351), abr./jun. 1986), e, ainda, na sua coleção de telas, com a pintura do Castelo da Torre de Garcia d’Ávila, oferecida ao Instituto por Marcos Carneiro de Mendonça e ora aqui reproduzida e cuja temática confirma a opinião acima referida.

Abertura

Coleção do IHGB é matéria de reportagem em O Globo

255 abertura 1

O acervo de memorabília eleitoral do IHGB foi matéria de reportagem na seção de História de O Globo, de 25 de setembro.

Focando num tempo em que a propaganda política não dispunha dos recursos midiáticos de hoje, o jornalista Renato Grandelle trouxe à lembrança dos leitores jingles e marchinhas de campanha, flâmulas, caixas de fósforo, buttons, cartazes, volantes e cédulas eleitorais (estas, antecedentes remotos da cédula única e. mais ainda, das urnas eletrônicas), que falam de campanhas memoráveis e grotescas pantomimas, obtidos pelo IHGB em leilões e feiras de antiguidades.

Sem os recursos da TV, e notadamente os debates e as redes da internet, a arena política limitava-se aos comitês eleitorais espalhados pelos bairros e aos grandes comícios, onde a oratória e o carisma tinham grande peso. Sem falar-se, é claro, na difusa propaganda nos postes, árvores e muros da cidade.

Quem não se lembra dos slogans “O preço da liberdade é a eterna vigilância” e “Ele voltará”, das campanhas do Brigadeiro e de Getúlio Vargas; do “Cinquenta anos em cinco”, das metas de JK; do “Não desespere, Jânio vem aí”; do “Caminhão do Povo” e do “Mudar para salvar”, das campanhas lacerdistas, e até mesmo do “Desta vez, vamos”, do sempre candidato Adhemar? E da marchinha “Bota o retrato do velho outra vez/bota no mesmo lugar” e dos jingles “Varre varre vassourinha” e “ … é Jango é Jango, é Jango Goulart” ?

Quem não se recorda do homem das “Mãos Limpas”, num tempo em que ainda não se cogitava das Fichas Sujas, e do “Homem da Lurdinha e da Capa Preta”, espécie de Robin Hood da Baixada fluminense, a disputar o governo da Guanabara? E dos lenços brancos do Brigadeiro, da vassoura janista, da espada de ouro do marechal Lott e das pilastras do Alvorada, da frustrada campanha JK-65 ? Pois estão todos, de alguma forma, lá.

Isabel Lustosa, autora do livro Histórias de Presidentes, ouvida pelo repórter, ajudou a contextualizar tais lembranças, destacando que “os candidatos se deslocavam país afora de trem e navio de cabotagem, uma embarcação que usava o litoral para cumprir pequenos trajetos. Havia o rádio, e os partidos eram muito bem estruturados, mesmo nos estados mais distantes. A campanha, por isso, contagiava todo o país, mesmo sem o aparato da grande mídia existente hoje”.

Recordar é viver, hão de, uma vez mais, concluir os que tiverem lido a matéria. Mas, quem quiser travar um contato mais direto com tal acervo, poderá visitar a exposição que será inaugurada, no saguão do Salão Nobre do IHGB, a partir de 21 de outubro e permanecerá aberta até dezembro, sobre as campanhas políticas antes da TV. Afinal, estamos em ano eleitoral e o IHGB é a Casa da Memória Nacional!

Abertura

IHGB Comemora 172 Anos de Fundação

256 abertura 1
Foto: Ivanoé

Realizou-se, em 21 de outubro, às 17 horas, a Sessão Magna comemorativa do 172º ano de fundação do Instituto.

A mesa diretora foi integrada pelo presidente Arno Wehling, o embaixador da Espanha no Brasil, Carlos Alberto Alonso Zaldvar, o cônsul geral daquele país no Rio de Janeiro, Francisco Jose Viqueira Niel, o abade emérito do Mosteiro de São Bento, D. Roberto Lopes, representando o arcebispo do Rio de Janeiro, D. Orani João Tempesta, o diretor da Bibliex, cel. Josevaldo Souza Oliveira, o presidente do Real Gabinete Português de Leitura, Antonio Gomes da Costa, o presidente do Instituto Histórico de Petrópolis, Luiz Carlos Gomes, e o decano do Quadro Social, Luiz de Castro Souza, e pela 1ª secretária, Cybelle de Ipanema.

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Foto: Ivanoé

O Hino Nacional foi executado pela Banda do 1º Batalhão de Guardas – Batalhão do Imperador. Lidas as Efemérides, do Barão do Rio Branco, relativas ao dia, o presidente pronunciou o discurso de saudação.

Traçou, então, um paralelo entre as duas éticas que Max Weber sinalizou no século passado: a da convicção e a da responsabilidade, a primeira, no campo da memória social, a serviço da coesão do grupo, e a segunda, no campo da história, comprometida com a fidelidade às fontes e com a coerência de sua fundamentação teórica. E lembrou que “ao construirmos o conhecimento histórico sob a ética da responsabilidade estamos exercendo nossa liberdade, pois o subtraímos da doxa e descobrimos novos elementos e novas relações no passado que aplicamos no presente e projetamos para o futuro. Se, ao contrario, buscarmos no passado a mera confirmação de uma tese e de uma convicção, então eliminaremos a diferença que nos vivifica e com isso esterilizaremos nossa própria vida”.

A seguir, o embaixador da Espanha e o cônsul geral no Rio de Janeiro fi zeram a entrega dos diplomas de sócios correspondentes aos eleitos, no exercício, para os quadros de emérito e titular do Instituto, Walter Fernando Piazza, Alberto da Costa e Silva, Antonio Gomes da Costa,Arnaldo Niskier, João Maurício Pinho e Marcos Guimarães Sanches, os dois primeiros representados, respectivamente, por Eduardo Silva e Alberto Venancio Filho.

A 1ª secretária procedeu à leitura do relatório de atividades no período e o orador, José Arthur Rios, ao elogio dos sócios falecidos no período, Maria Thetis Nunes, Luiz Hugo Guimarães, Joaquim Victorino Portella Ferreira Alves, Lucinda Coutinho de Mello Coelho, Wilson Martins,José Ephraim Mindlin e Claude Lévi Strauss, destacando-lhes dados biográficos e a produção científica.

Ao final da solenidade, sócios e convidados reuniram-se no terraço para o tradicional coquetel de confraternização.

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