Uma tribuna para que os sócios possam publicar visões, análises, ensaios de conjuntura ou outros conteúdos relevantes do ponto de vista histórico ou cultural alinhados à missão institucional.
No dia 7 de maio de 1991, a caminho de completar 60 anos, no seu alto posto na Embaixada Brasileira em Washington, Marcilio recebe um telefonema de um ministro do Governo Collor, sondando-o , em nome do Presidente , se ele aceitaria o convite para ser o Ministro da Economia, Fazenda e Planejamento.
Os 150 anos de fundação do Instituto Histórico, Arqueológico e Geográfico de Goiana, a mais antiga instituição municipal desta natureza no Brasil, constituem uma efeméride. Efeméride local sem dúvida, mas igualmente pernambucana e brasileira, pois se insere num vigoroso movimento cultural que se iniciou em 1838, com a fundação do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e prosseguiu em 1862, com a instalação do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano.
Na véspera de minha primeira viagem aos Estados Unidos, em 1963, recebi de Dick Moneygrand — que iniciava suas pioneiras pesquisas no Brasil — um conselho inesquecível. “Na América” — recomendou — “faça sempre o contrário do que manda seu brasileiro coração. Coma a pizza com a mão; não se preocupe com desodorantes, mas pinte o cabelo; obedeça ao que estiver escrito, jamais encoste a mão no seu interlocutor e não olhe fixamente para uma mulher bonita. Seja compulsivamente pontual e, acima de tudo, note bem” — recomendou meu amigo com ênfase — “acalme-se quando sua reclamação for importante. Quanto mais difícil for seu problema, mais calmo você deve ficar. Lembre-se de que, nos Estados Unidos, não existe o vosso nervoso e recorrente ‘Você sabe com quem está falando?’.”
Nossa Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro comemora, com muita justiça e gratidão, o centenário de seu 5º arcebispo metropolitano, o Cardeal Eugenio de Araujo Sales, no dia 8 de novembro, com missa solene de Ação de Graças pela sua vida abençoada.
O nome e a lembrança de Roberto Cavalcanti de Albuquerque – falecido no dia 29 de agosto passado – têm para mim ressonâncias e lembranças que o patriotismo pernambucano e o afeto insistem em guardar. De fato, nos freqüentamos quase nada, embora eu o conhecesse desde março de 1965, quando cursei o primeiro ano da Faculdade de Direito do Recife. Juntamente com Vamireh Chacon, também nosso colega aqui no IHGB, Roberto era encarregado da cadeira de Economia Política.
Afonso Arinos começa o seu discurso de posse na Academia Brasileira de Letras com uma declaração de modéstia – não é incomum nessas ocasiões – que, no entanto contém uma auto-descrição de pungente realidade:
Carlos Francisco Theodoro Machado Ribeiro de Lessa nasceu no dia 30 de julho de 1936 na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Carioca, carioquíssimo que unia a sua denominação patrícia ao fervor e a voracidade com que amava a sua cidade, sua memória e a sua maneira de ser. Atributos, aliás, que fazia valer em tudo o que se metia.
A revolução constitucionalista do Porto desencadeada em agosto de 1820 foi uma ação civil e militar que não pode ser vista apenas como um movimento a favor do liberalismo e do constitucionalismo. Liberal, constitucional e maçom certamente ela foi, mas seu desencadeamento, na ótica dos historiadores portugueses, ligou-se diretamente à tutela que os ingleses exerciam em Portugal através do exército comandado por lord Beresford, à presença da Corte no Brasil e às condições econômicas criadas pela abertura comercial na antiga colônia. Os três fatores implicavam numa dependência do país que afetava não apenas a consciência nacional, afirmada na guerra contra Napoleão, como interesses concretos em que se mesclavam poder e recursos financeiros.
Bastante excepcional foi, no Brasil, o processo de valorização de seu Patrimônio Cultural, por ter sido protagonizado por artistas e intelectuais, adeptos do movimento moderno, diferentemente do que vigorava na Europa.
Todos sabemos que o Algarve é a província mais meridional de Portugal, e foi o último território tomado aos árabes na reconquista cristã.
Mas por que os Reis de Portugal se intitulavam "Reis de Portugal e dos Algarves d´aquém e d´além-mar", sempre no plural?